E se eu não for um herói.... E se eu for o vilão?

Com sol nascendo lentamente no horizonte, as primeiras luzes entravam pelas janelas do castelo de Norton já avisando que o dia começou. Os soldados já estavam no pátio se preparando para a batalha. Baldur Blackwood, o mestre ferreiro, fazia os últimos ajustes na armadura do rei Erus.

Baldur: — Majestade, esta armadura foi forjada com cada pedaço de minha alma. Que ela lhe proteja no calor da batalha.

Erus: — Agradeço, meu amigo. Sua habilidade é uma bênção para Norton. Hoje lutaremos lado a lado como irmãos.

Ambos entenderam suas responsabilidades ali, e então saíram para se preparar.

Os exércitos de Norton e Eskarmif se encontrariam numa grande planície. O Rei Erus e seus comandantes montaram em seus cavalos, prontos para liderar seus homens.

Erus: — Homens de Norton! Hoje defendemos nossas terras, famílias e nosso lar. À batalha!!

Com um último olhar para o castelo, o exército de Norton cavalgaram em direção ao campo de batalha.

O campo de batalha era uma vasta planície, envolta por colinas suaves e florestas escuras ao fundo. O exército de Norton se posicionou estrategicamente, haviam arqueiros nas colinas e a infantaria formando uma linha defensiva.

Reginald: — Mantenham suas posições! Não permitam que nos flanqueiem!

Os soldados de Eskarmif surgiram no horizonte, suas armaduras brilhavam sob o sol da manhã. Na frente dos soldados havia um guerreiro montado em um cavalo com uma armadura azul escura, adornada com detalhes que capturavam as fases da lua em relevo. O Rei Estorf, que usava uma armadura impressionante, refletindo o emblema dourado da lua crescente. Sua lança de aço reluzia ao sol, um estandarte real com o mesmo emblema tremulando no topo.

Os soldados de Norton e Eskarmif ficam frente a frente, Erus e Estorf se encaravam

Estorf: — Erus... A quanto tempo eu não te vejo.. Velho amigo! _Debochou, rindo.

— Erus: Vejo que não mudou nada, continua com essa sua ambição de merda, tentando fazer com que Norton fique em ruínas! Você quem decidiu isso, essa guerra é fruto do seu egoísmo, prontos para matar ou morrer por nossos reinos! _Erus com uma voz alta e com um tom de fúria e desgosto, fazendo uma pausa logo em seguida, enquanto os soldados de Norton começam a embuir suas armas com suas técnicas.

Erus: Entenda, Estorf, nesse mundo não existe algo mais valioso que a paz, se eu te matar aqui, não irá trazer a paz que o mundo precisa, mas eu estarei trilhando o caminho para essa paz!

Erus com sua voz confiante e forte, levantando sua espada lentamente, até que ele aponta para o céu.

Erus: Reginald, Alden, Baldur.. Soldados de Norton! Hoje nós iremos matar até o último homem desse maldito e desprezível exército! E por fim, iremos pegar suas preciosas flores Yamas! PELA GLÓRIA, DE NORTON!

Os soldados de Norton começaram a galopar em direção ao exército inimigo, erguendo suas armas e avançando rapidamente em direção ao inimigo.

Os arqueiros de ambos os lados já começaram a lançar flechas.

O som das flechas cortando o ar foi o anúncio do caos. As tropas de Eskarmif avançaram ferozmente, encontrando a linha de frente de Norton com o choque de espadas e escudos. Baldur lutava com a destreza e a força de um guerreiro veterano.

Baldur: — Por Norton!

Enquanto os exércitos de Norton e Eskarmif lutavam entre si, Reginald que era um guerreiro experiente, se moveu rapidamente entre suas tropas, e com movimentos precisos, lançou sombras densas sobre os avanços de Eskarmif, criando confusão e desorientação entre os soldados inimigos. Em momentos críticos, ele canalizava seu domínio sobre o fogo enviando rajadas de chamas ardentes que consumiam os destacamentos mais próximos. Erus empunhava sua técnica de terra e ar com maestria. Ele elevava pilares de terra para proteger suas linhas e desferia rajadas de vento cortante contra as formações de lanceiros de Eskarmif. Seu controle sobre os elementos era uma manifestação de sua determinação em proteger seu reino e seus súditos. Alden com sua estratégia aquática, manipulava água e gelo com elegância mortal, criando barreiras de gelo para deter os avanços inimigos e lançava lâminas de água congelada que cortavam o ar com precisão letal. Sua presença era uma garantia de que as linhas de defesa de Norton não seriam facilmente quebradas. Baldur lutava com a força bruta de um titã. Empunhando uma espada larga com habilidade impecável, avançando pela linha de frente e cortando tudo que se cruzava seu caminho. Sua resistência e determinação inspiravam os soldados ao seu redor, enquanto ele liderava os ataques mais audaciosos contra as fileiras inimigas.

Por sua vez, Estorf o rei de Eskarmif, demonstrava sua técnica única. Com sua armadura adornada com a lua crescente, ele canalizava poderes místicos que pareciam fortalecer seus soldados. Sua lança reluzente cortava o ar enquanto ele liderava ataques que visavam  desestabilizar as defesas de Norton. O campo de batalha estava um caos, Norton resistia aos avanços de Eskarmif, apesar das táticas inteligentes do adversário. Enquanto os arqueiros de ambos os lados lançavam flechas mortais, o confronto direto entre os reinos mostrava muita habilidade e bravura.

O campo de batalha se enchia de sangue, gritos de agonia ecoavam. Apesar da feroz resistência de Norton, uma mudança na estratégia de Eskarmif começou a virar o jogo. Eles revelaram uma formação compacta de lanceiros, avançando com precisão mortal.

Enquanto a batalha fervia no campo, alguns soldados de Eskarmif se infiltraram em Norton, usando uma passagem secreta descoberta por espiões. Eles surgiram nas ruas desertas do castelo, aproveitando que a maioria dos soldados estava em batalha.

Um cavaleiro com máscara feita de metal negro polido que cobria completamente o rosto deixando só os olhos a mostra liderava o grupo. As bordas da máscara tinham espinhos de metal e runas esculpidas brilhavam fracamente à luz das tochas, sua aparência era sinistra. Com armadura robusta, placas de aço negro e uma capa escura que se agitava ao vento, ele parecia carregar sombras consigo.

Soldado de Eskarmif: — Espere! Parado aí senhor!! Onde vai!!?

Cavaleiro Mascarado: — Sigam-me. Nosso objetivo são os príncipes.

O soldado solta o alarme pelo castelo. Com a ajuda de guardas leais e civis corajosos, a rainha Àrias organizou uma defesa improvisada no salão principal.

Árias: — Venham comigo! Todos juntos!

Os defensores se prepararam para o confronto. Os guardas começaram a enfrentar os invasores com coragem e determinação.

Os jovens príncipes Helius e Harleus foram levados para uma sala segura do castelo. Guardas leais permaneceram na entrada para protegê-los.

Guarda: — Não deixem ninguém passar.

O cavaleiro mascarado avançava pelos corredores do castelo com sua espada ceifando qualquer um que se intrometesse em seus planos. Ele queria apenas os príncipes.

Guarda: — Você não passará!

O cavaleiro mascarado apenas riu, bastou um movimentos rápido e preciso para que ele derrubasse os guardas, deixando um rastro de sangue dos mesmos como aviso de que não tá pra brincadeira.

Finalmente ele chegou à porta do local seguro. Um último guarda que estava de pé avançava com sua espada, decidido a proteger os príncipes até o fim.

Guarda: — Por Norton!

O cavaleiro mascarado avançou com a frieza de um predador e sua espada encontrava a do guarda em um duelo. A cada golpe trocado, faíscas iluminavam o corredor escuro, refletindo nos olhos determinados do guarda e nos olhos gélidos do mascarado. O mascarado sendo mais superior que o guarda, o mata com um corte que faz sua cabeça voar.

Sem paciência, ele abre a porta de qualquer jeito, entrando onde os príncipes estavam escondidos. Helius e Harleus recuaram, observando-o com olhos arregalados.

Cavaleiro Mascarado: — Ora Ora, Helius e Harleus, nunca pensei que pudesse vê-los pessoalmente. _Com uma voz calma, logo fazendo uma reverência claramente falsa e debochando.

O cavaleiro se abaixa e uma lâmina passa cortando o ar por cima, era Àrias que tinha chegado.

Rainha Árias: — Sai de perto dos meus filhos agora, não ouse tocar suas mãos imundas neles.

O cavaleiro mascarado parou por um momento, observando a rainha com uma expressão de desgosto por trás da máscara. Então, num movimento rápido ele avançou.

A batalha começou ali, a Rainha Árias defendendo-se com bravura enquanto o cavaleiro mascarado atacava com uma habilidade mortal. Cada golpe era bloqueado, desviado ou absorvido pela armadura resistente da rainha, que lutava por seus filhos.

O mascarado usava sua espada negra com detalhes azuis para tentar acertar o pescoço da rainha, mas ela se esquivava.

A Rainha Árias e o Cavaleiro Mascarado se enfrentavam em um duelo épico. Cada movimento era mortal, ambos os combatentes buscavam uma vantagem decisiva.

O Cavaleiro Mascarado avançou com um movimento rápido e preciso, ele investiu com um golpe lateral, mirando o flanco da rainha, mas Árias antecipou o movimento e bloqueou com sua espada longa. Com um giro ágil ela contra-atacou, buscando uma abertura na defesa do mascarado, mas ele se esquivou com um salto gracioso para trás.

Mascarado: — Esplêndido!! _Deu gargalhadas, era um psicopata, estava completamente fora de si.

A rainha pressionou o ataque, avançando com uma série de golpes rápidos e controlados. Cada investida era calculada, cada movimento demonstrava sua determinação em proteger seus filhos. O Cavaleiro Mascarado respondia com golpes precisos, cada um projetado para testar a defesa de Árias e explorar suas fraquezas.

Em um momento de descuido, a lâmina afiada do mascarado conseguiu deslizar através da armadura da rainha, deixando um corte superficial em seu ombro. Árias recuou momentaneamente, sentindo a picada da dor, mas logo recuperou sua compostura, usando a dor como combustível para sua determinação renovada. Ela retaliou com um golpe ardente que quase alcançou o rosto do mascarado, forçando-o a recuar e reconsiderar sua estratégia. As crianças estavam sem chão, aterrorizados, só sabiam chorar.

O mascarado sorriu por baixo da máscara, admirando a resiliência de sua oponente.

— Você é digna, Àrias. Ao contrário do seu marido, que não ficou aqui para proteger sua família, para proteger um reino que logo logo se afundará. _Disse ele, gargalhando.

Cavaleiro mascarado: — Eu não falharei em meu propósito.

A batalha continuou. Árias, com sua experiência de anos de treinamento militar, aproveitava sua agilidade e força para manter o mascarado à distância, enquanto ele, com sua destreza e velocidade, procurava maneiras de penetrar na defesa impenetrável da rainha.

O ritmo da luta mudava constantemente, com momentos de intensidade quase insuportável seguidos por respirações breves de calma tensa. Em um movimento ousado, Árias desarmou temporariamente o mascarado com um golpe bem colocado, mas ele rapidamente recuperou sua espada e revidou com ferocidade renovada.

As estratégias se entrelaçavam e se desdobravam, cada um dos combatentes medindo o outro em um duelo de vontades e habilidades. Lutaram tão incansavelmente que não perceberam uma chuva que começou a cair lá fora, os pingos caíam no chão no ritmo dos batimentos cardíacos acelerados dos príncipes escondidos na sala. Helius e Harleus assistiam em silêncio, segurando o choro,  testemunhando a bravura e a ferocidade de sua mãe enquanto ela lutava para protegê-los contra o perigo.

Rainha Árias: — Seu tempo acabou, maldito!

Com um golpe final, a Rainha Árias conseguiu desarmar o cavaleiro mascarado. Ela apontou sua espada para o pescoço dele, a determinação era vista em seus olhos. — Renda-se.

O cavaleiro mascarado olhou para ela, um sorriso sombrio se formando por baixo da máscara. Ele ergueu as mãos lentamente, num gesto de rendição fingida.

Cavaleiro Mascarado: — Você venceu.

A Rainha Árias manteve a espada firmemente apontada para ele, seus sentidos alertas para qualquer movimento repentino. Ela sabia que não podia confiar na aparente capitulação do inimigo.

Rainha Árias: — O que você queria com meus filhos? Quem é você?

Cavaleiro Mascarado: — Apenas um servo do meu senhor, mensageiro da inevitabilidade. Não sou seu inimigo.. Apenas cumpro ordens.

Havia tensão no ar. Helius e Harleus observavam em silêncio, suas mentes jovens tentando entender o que estava acontecendo diante deles.

Rainha Árias: — Estorf? Quem é seu senhor? Por que ele quer meus filhos?

Cavaleiro Mascarado: — Essas são perguntas que não vou responder. Meu papel aqui terminou.

Àrias: — Então terei que matá-lo.

A Rainha Árias manteve a posição por mais alguns instantes, logo proferiu sua espada no pescoço do inimigo e então acabava com sua vida ali.

O cavaleiro mascarado olhou para ela, mesmo com a espada cravada em seu pescoço ele sorriu, na verdade gargalhou. — Saber que seus filhos estão aqui e vivos era tudo o que eu precisava. Mas chega até ser engraçado ver o quão você é ingênua.

O mesmo começava a se derreter, parecia que estava evaporando e aos poucos ficou apenas os vestígios de sua roupa no chão, ele evaporou como se na verdade nunca estivesse ido ali, foi algo esquisito e raro de ver.

Árias começou a ter uma crise de ansiedade e se tremer ali mesmo, sentiu que nada do que fez foi suficiente, que nada daquilo serviu, na verdade foi apenas uma marionete de alguém maior, mais uma vez brincando com sua cabeça. Apesar de estar quebrada por dentro, ela se aproximou de Helius e Harleus, abraçando-os com força enquanto tentava esconder suas próprias emoções tumultuadas.

Rainha Árias: — Está tudo bem agora, está tudo bem.

Helius e Harleus a abraçaram de volta. Árias sabia que o perigo ainda rondava seu reino. O cavaleiro mascarado era apenas um peão em um jogo muito maior, e ela estava determinada a proteger seus filhos e seu povo custe o que custasse.

Naquela noite chuvosa que ficou marcada por um campo de batalha tomado por corpos queimados, congelados, petrificados e estraçalhados. Um dia no qual iria dar um fim na rivalidade entre Norton e Eskarmif e iria começar uma era de aprendizado e treinamento aos jovens príncipes, Helius e Harleus!

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Comments

o_shelbyy

o_shelbyy

aki ele brincou /Facepalm/

2024-07-05

0

Siror.

Siror.

Esse cap tá foda.

2024-07-03

3

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