Quando a poeira da batalha abaixou, Erus e Árias foram vistos chorando debruçados sobre o corpo de Moriele. Então, Erus levanta a cabeça e ouve o dragão sobrevoando o céu. Ele enxuga as lágrimas e, sem pensar duas vezes, pega sua espada e se levanta.
— Onde você vai!? _diz Árias, ainda em choque e sem segurar o choro.
— Vou dar um fim nesse dragão. Se eu não voltar, por favor, cuide-se. Se eu voltar, trarei a cabeça dele para expor em todo o reino!
Erus monta em um cavalo que estava por ali e começa a seguir o rastro de sangue deixado pelo dragão.
— Eu juro, Moriele, pelo meu senhor, que matarei esse dragão! _diz Erus, com ódio consumindo seu ser.
Erus chega ao fim dos rastros de sangue. O lugar é silencioso, apenas o barulho dos metais da armadura de Erus é ouvido. De repente, ele ouve um rugido que faz o chão tremer. Erus empunha sua espada encima do cavalo e vê a silhueta do monstro se formando nas nuvens. O dragão surge rapidamente e voa pelas costas de Erus em sua direção. No desespero, Erus cavalga o mais rápido possível, mas o dragão, obviamente, é mais rápido. Quando as garras do dragão estão prestes a alcançá-lo, Erus pula do cavalo, caindo no chão e rolando, ferindo-se um pouco com a queda. O dragão captura o cavalo, leva-o para o céu, joga-o para cima e o devora.
Horrorizado com a cena, Erus vê o dragão avançar com as garras. Mesmo ferido, ele consegue desviar, passando por baixo delas.
— Maldito! Sinta isso!
Erus finca sua espada na pata do dragão e a rasga enquanto desliza por baixo. O dragão rugindo de dor, mas o ferimento se regenera rapidamente assim que a lâmina é retirada. Erus, espantado e confuso, murmura:
— O quê!? Como ele se regenerou tão rápido?
O dragão plana e desce ao chão, tentando esmagar Erus. Ele consegue desviar, mas sofre o impacto em área e voa a uma certa distância. Erus se levanta, mas o dragão logo enfia suas garras no chão e avança. O guerreiro usa sua grande espada para se defender, mas o impacto o joga contra uma rocha. Sentado no chão, Erus geme de dor:
— Arrgh... Que maldição...
Erus usa sua espada para se levantar e encara o dragão.
— Meus ataques físicos são inúteis contra ele... Vamos ver com as técnicas! _ diz ele, já preparando sua energia em sua mão para canalizá-la na espada.
O dragão lança uma labareda de chamas. Erus finca sua espada no chão.
— Surja... Baluarte de Terra! _ grita Erus, firme no cabo da espada.
Do chão surge uma grande estrutura que o protege do fogo do dragão. As técnicas elementais requerem muita energia e concentração. No caso de Erus, ele foca sua energia vital para torná-la densa e sólida, imitando a natureza estável da terra. Ao fincar sua espada no solo, a energia se funde com a terra verdadeira, erguendo uma parede rochosa. Uso excessivo pode levar à fadiga, deixando o usuário vulnerável, e certas técnicas podem causar danos irreversíveis.
A barreira é tomada pelo fogo do dragão e começa a ceder. Erus sai de trás dela e corre pelo lado direito do dragão. Ele canaliza sua energia nas pernas, tornando-se leve e ágil. Usando seu segundo elemento, o ar, ele dá um salto alto e lança rajadas de vento cortantes no dragão. O impacto é sentido, mas não é suficiente.
— Como vou chegar naquela esfera!? _ diz Erus, preocupado.
O dragão abre a boca e a maldita espada aparece novamente.
— Não... De novo não! Qualquer ataque dessa coisa... é fatal! _ pensa Erus, temeroso.
Dessa vez, o dragão retira a espada da boca, maior do que aparentava. Erus sabe que qualquer erro pode ser fatal, mas não recua.
O dragão mira a espada no céu e com um rugido estrondoso ele abaixa a espada, causando um impacto semelhante a um terremoto. Erus se levanta, focando sua energia do elemento ar por todo o corpo para ser mais rápido e ágil. O dragão avança com sua espada colossal, mas Erus se abaixa e o ataque passa direto. Ele usa o elemento terra novamente, fazendo crescer raízes que agarram uma das patas do dragão. Próximo ao dragão, ele se esquiva das mordidas e desvia dos golpes da espada.
— Mas que merda... Ele não me dá um único espaço para atacá-lo! _ diz Erus, exausto por usar os dois elementos juntos.
Erus observa a espada do dragão mais de perto e uma ideia surge.
— Se eu conseguir fazer o dragão usar a espada contra ele mesmo... _ Murmura Erus.
Ele canaliza a energia do elemento ar novamente para aumentar sua agilidade e velocidade. Corre ao redor do dragão, provocando-o com movimentos rápidos. O dragão, enfurecido, tenta acertá-lo, mas Erus esquiva de cada golpe.
— Vamos, só mais um pouco... _ pensou, esperando o momento perfeito.
Finalmente, o dragão levanta a espada para um golpe vertical. Este é o momento que Erus esperava. Ele corre em direção ao dragão, canalizando sua energia do elemento terra nas mãos, fazendo raízes projetarem do chão e agarrarem firmemente as patas do dragão, imobilizando-o temporariamente.
— Agora! _Gritou, canalizando toda a sua energia do elemento ar para impulsioná-lo em um salto incrível.
No meio do salto, ele estende a mão em direção à espada do dragão e com uma rajada poderosa de vento, desvia a lâmina colossal para baixo, mirando diretamente na esfera no peito do dragão. A espada do dragão, movida com força descomunal, crava profundamente na esfera, quebrando-a em pedaços. Um rugido ensurdecedor ecoa quando a esfera se despedaça. O dragão solta a espada, cambaleando. Erus aterrissa no chão, respirando pesadamente, observando enquanto o dragão cai lentamente, derrotado.
— Consegui... _Sussurrou, exausto mas vitorioso.
— Eu a vinguei, Moriele...
Erus ajoelha no chão, cansado e com o coração quase parando de tanto esforço. A aparência demoníaca do dragão desaparece, deixando apenas um dragão irracional. Percebendo o sofrimento da criatura, Erus finaliza sua dor.
— Que os deuses da natureza me perdoem, e que você descanse em paz.
Erus finca sua espada no pescoço do dragão, o finalizando de vez.
As pernas de Erus tremem de cansaço. Ele cai no chão, sentando e olhando para o dragão, chorando. Apesar de ter vingado Moriele, sente que nada é suficiente. No fundo, sente que tudo é apenas o começo.
— Eu preciso ser forte... Eu preciso ser forte...
Enquanto chora, ouve galopes de cavalo atrás de si. Quando se vira, vê Árias, que desce do cavalo e corre até ele.
— Graças a Deus que está vivo! _ Diz Árias, abraçando Erus com força.
— Estou feliz que esteja aqui _ Responde Erus, retribuindo o abraço.
— Olha pra você, está muito ferido, venha comigo...
Erus, realmente fraco, acompanha Árias para fora dali. Olhando para trás, vê o dragão morto até que desaparece de vista.
~ Tempos depois ~
Um ano se passou desde o incidente. Erus retornou a Noristele, viu a destruição causada pelo dragão e decidiu reconstruir um novo reino, realizando o sonho de Moriele. Ao lado de Árias, moveu céus e terra em busca de ajuda para a construção. Aos poucos, um império foi tomando forma. Transformando seu luto em força, Erus construiu um reino. A população crescia e prosperava, e todos comemoravam uma nova vida.
Erus e Árias estavam na sacada do castelo, acenando para a população em comemoração.
— Meu querido povo, meu coração transborda de felicidade. É com imensa alegria que venho dar um comunicado a vocês.
Erus segura as mãos de Árias.
— Eu terei um herdeiro. Eu serei pai!
Árias sorri, segurando na mão de Erus e colocando a outra mão na barriga.
— Dois bebês... _ diz ela, rindo.
Erus a segura no colo, transbordando de alegria.
O povo, ao ouvir as palavras, comemora intensamente, curvando-se diante dos novos rei e rainha.
Tudo parecia perfeito e próspero. No fim, o bem estava rodeando o novo reino. Erus e Árias construíram um império para si e seu povo. Tudo estava em ordem.
O antigo reino de Noristele, devorado pelo dragão, foi deixado. Agora uma nova era se inicou, um reino nasceu, a era dos Deuses começou.
Contemplem, Erus e Àrias. Rei e rainha do reino de Norton.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
💜💎Rainha da fantasia 💜💎
aí deus !!!!!
2025-03-11
0
O GRANDE ESCRITOR
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK TANKEI FOI NADA O CAVALO VOANDO VSF KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
2024-06-18
1
Rodrigo Filho Augusto
tadinho do cavalo
2024-06-02
1