O Amanhã Começa Hoje: A Chegada à Academia de Norton

O sol já se erguia no horizonte, banhando o reino de Norton com seus primeiros raios dourados. O dia estava apenas começando, mas a movimentação no castelo era intensa. Nos corredores largos e iluminados pelo brilho suave de grandes janelas, os sons dos passos dos criados e o murmúrio das preparações matinais ecoavam. Helius e Harleus, já estavam prontos antes mesmo dos primeiros raios de luz tocarem as torres do castelo.

Com suas vestes bem ajustadas e elegantes, os dois irmãos pareciam ansiosos. Helius exibia um sorriso largo, enquanto Harleus, com os olhos brilhando de empolgação, mal conseguia conter sua energia. Ambos estavam diante do espelho, ajeitando os últimos detalhes de suas roupas, esperando que o dia começasse de fato.

— Já estão acordados? — perguntou uma das criadas, surpresa ao abrir a porta e encontrar os príncipes já preparados.

— Podemos tomar o café agora? — perguntou Harleus, com um brilho de expectativa nos olhos.

— Vamos tomar o café! — repetiu Helius, ainda mais animado.

Sem esperar uma resposta, os dois príncipes dispararam porta afora como flechas, descendo as escadarias de mármore com agilidade juvenil. A criadagem, acostumada com a calma usual das manhãs, olhava com espanto enquanto os irmãos corriam até o salão principal.

Ao chegarem ao grande salão, onde o sol entrava através dos vitrais coloridos, iluminando a grande mesa de madeira entalhada, os príncipes se jogaram nas cadeiras, prontos para começar o café da manhã. Erus, o rei de Norton, já estava sentado, entretido com alguns papéis, mas levantou o olhar ao perceber a chegada dos filhos.

— Se eu não fosse tão cético, diria que isto é uma miragem — riu Erus, seus olhos brilhando de diversão ao ver a animação dos dois.

— Bom dia, pai! — disseram os dois irmãos em uníssono, suas vozes repletas de entusiasmo.

Erus arqueou uma sobrancelha, ainda surpreso pela pontualidade.

— Bom dia — respondeu ele, recostando-se na cadeira. — E o que aconteceu para vocês estarem tão animados logo de manhã?

— Hoje é nosso primeiro dia na academia! — exclamou Harleus, com os olhos brilhando.

— E não queremos nos atrasar! — completou Helius, com um sorriso determinado.

Erus riu novamente, e logo o som de passos ecoando pelo corredor anunciou a chegada de Árias, a rainha, que descia as escadas com a graça de alguém habituada à realeza. Seu vestido fluía atrás dela como um rio dourado, refletindo a luz do sol.

— Bom dia, meus queridos — disse ela suavemente, aproximando-se dos filhos e beijando-lhes a testa antes de se sentar ao lado de Erus. — Ansiosos para o grande dia?

— Muito! — exclamou Helius. — Finalmente vamos para a academia!

— Eles não falavam de outra coisa ontem à noite — disse Árias, sorrindo para Erus. — Eu podia ouvir as conversas atravessando as paredes do castelo.

A refeição foi acompanhada de risos e brincadeiras entre os irmãos, que, embora estivessem ansiosos pelo que o dia lhes reservava, ainda encontravam tempo para implicarem um com o outro de maneira afetuosa. Quando o café terminou, Erus chamou um dos criados.

— A carruagem já está preparada? — perguntou ele.

— Sim, majestade, está pronta e esperando.

— Muito bem. Acompanhe-os até a academia — Disse o rei, voltando-se para os filhos com um olhar de orgulho. — Estudem bastante e se comportem.

— Sim, pai! — disseram os dois príncipes em coro.

Depois de se despedirem dos pais com abraços e risos, Helius e Harleus seguiram o criado para fora do castelo, onde uma carruagem dourada os aguardava. O veículo estava decorado com os brasões de Norton, e os cavalos, imponentes e bem treinados, aguardavam impacientemente para partir.

A viagem até a academia foi relativamente rápida, mas à medida que se aproximavam, o entusiasmo dos príncipes só aumentava. Quando a carruagem finalmente parou diante dos enormes portões de ferro forjado, Helius e Harleus quase não conseguiram conter a excitação.

O portão abriu-se lentamente, revelando uma visão majestosa. A Academia de Norton, conhecida em todo o reino, era um verdadeiro símbolo de poder e conhecimento. Erguida em pedras cinzentas e mármore branco, suas torres alcançavam o céu, e o pátio interno era decorado com jardins perfeitamente podados. No centro, um grande chafariz esculpido em forma de um dragão jorrava água cristalina, e ao redor haviam caminhos de pedra que levavam a diversas alas do vasto complexo. Estudantes com roupas de diferentes cores, representando suas especializações, transitavam de um lado para o outro, alguns carregando livros enormes, outros conversando animadamente.

Harleus ficou de boca aberta.

— Meu Deus, isso é gigante — Disse ele, seus olhos fixos nas enormes construções.

— Nem fale — Concordou Helius. — E olhe aquela biblioteca... mais livros do que eu consigo contar! Imagine quantas magias eles ensinam aqui!

Os dois caminharam, maravilhados, até serem recebidos pelo diretor da academia, Benedict Haslan. Ele era um homem de aparência severa, com cabelos grisalhos e um olhar aguçado, mas havia um ar acolhedor em sua postura enquanto se aproximava.

— Sejam bem-vindos à Academia de Norton — Disse Benedict, com um sorriso contido. — É uma honra receber os príncipes do reino em nossas salas.

Helius e Harleus trocaram olhares rápidos antes de se curvarem respeitosamente.

— Estamos felizes por estar aqui — Disse Helius, com a voz carregada de entusiasmo.

— Estamos prontos para aprender — Completou Harleus, igualmente animado.

Benedict sorriu levemente e acenou com a cabeça.

— Tenho certeza de que vocês se sairão muito bem. Agora, venham, vou apresentar-lhes seus professores e mostrar-lhes suas primeiras tarefas.

Ele começou a conduzi-los pela vasta extensão da academia, explicando enquanto caminhavam. A cada passo, novas vistas se abriam diante dos príncipes. Passaram pela praça de alimentação, onde longas mesas de pedra estavam dispostas sob a sombra de árvores antigas. Em seguida, caminharam até a quadra de treinamento, onde guerreiros em formação praticavam movimentos com espadas, lanças e escudos.

— Essa é a area onde os guerreiros passam a maior parte do tempo, como podem ver — disse Benedict. — O treinamento aqui é árduo, mas recompensador. Também temos áreas dedicadas às artes mágicas, onde os talentos de cada um serão refinados ao máximo.

Enquanto Benedict falava, Helius e Harleus mal conseguiam conter a excitação. Os olhos de Helius brilharam ao ver uma demonstração de magia ao longe, onde um grupo de aprendizes conjurava chamas e relâmpagos em duelos controlados. Harleus, por outro lado, parecia mais interessado nos guerreiros, admirando a força e destreza dos que praticavam.

— Será que vamos aprender isso logo? — Perguntou Helius, referindo-se à magia.

— Com o tempo e a dedicação certa, tudo é possível — respondeu Benedict com um sorriso misterioso. — Mas agora, vamos conhecer seus tutores. Eles serão seus guias durante os próximos anos.

Helius e Harleus seguiram o diretor, os corações palpitando de excitação, prontos para enfrentar os desafios que viriam.

O som dos passos ecoava pelos corredores da academia, onde o silêncio respeitoso era preenchido apenas pelo farfalhar das vestes dos príncipes. Helius e Harleus caminhavam ao lado de Benedict, seus olhos atentos absorvendo o ambiente ao redor. As paredes da academia estavam adornadas com tapeçarias representando batalhas históricas e símbolos das divindades veneradas no reino de Norton. Aquela era uma instituição que moldava mentes, não apenas corpos.

— Lembrem-se, príncipes — começou Benedict, sua voz grave ecoando no salão de pedra. — Aqui, vocês aprenderão as fundações de nossa história, as raízes de nossa mitologia e a teoria por trás das artes arcanas. Vocês são herdeiros de Norton, e conhecimento será a base de seu poder.

Os príncipes assentiram. Embora soubessem que as lições na academia seriam principalmente teóricas, estavam ansiosos para expandir suas mentes. As lições de magia e história, a compreensão da energia que fluía através de tudo, eram tão cruciais quanto o manejo da espada ou a estratégia de guerra.

— Além disso, suas energias — continuou Benedict — Serão canalizadas e compreendidas aqui. Vocês aprenderão como as forças elementares se manifestam e como utilizá-las com sabedoria. No entanto, as aulas práticas serão conduzidas por seus tutores particulares. — O diretor olhou para eles com um sorriso discreto. — Afinal, vocês são príncipes, e o aprendizado de vocês não se restringe apenas a esta academia.

Helius e Harleus trocaram olhares. Apesar da falta de combate físico na academia, eles entenderam a importância do que iriam aprender ali. Magia, estratégia e história — Tudo seria necessário para seu futuro como líderes de Norton.

Benedict parou em frente a uma imensa porta de madeira, gravada com símbolos antigos e reluzentes sob a luz do sol que invadia o corredor.

— Esta será uma jornada de conhecimento — disse ele, abrindo a porta e revelando uma vasta sala de estudo, onde livros e pergaminhos preenchiam as prateleiras até o teto. No centro, uma mesa de mármore branco estava ladeada por cadeiras elegantes. — Bem-vindos à academia, onde o passado encontra o futuro, e onde mentes se preparam para moldar o destino de nosso reino.

Helius e Harleus olharam em volta, maravilhados com a imensidão do conhecimento contido ali. Sabiam que a academia seria o local onde não apenas aprenderiam a história de seu povo, mas também o que o futuro lhes reservava como governantes e protetores de Norton.

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Comments

Poeta!

Poeta!

Que capítulo bom, tô ansioso pra saber como eles vão ficar adulto.

2024-08-22

1

Brown

Brown

Eu seria o aluno valentão ia bater em helius e harleus

2024-08-20

1

O GRANDE ESCRITOR

O GRANDE ESCRITOR

Vou chamar uns parceiros meu que curte esse estilo também, eles vão gostar da tua história, pode crer.

2024-08-19

1

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