18. LUA CHEIA

Desde que Julian deixou o seu pequeno campo e sua pequena casa na qual criou diversas memórias inesquecíveis, ele ainda sentia falta de viver sob o céu azul e estrelado. Aquele lugar foi repleto de felicidades com seu amigo Dan e seu filho quando nasceu.

Julian teve que fugir com o seu cavalo para organizar seu coração. Patel como um bom amigo, aceitou cuidar de Mathieu. Agora o príncipe estava sentado de baixo de uma cerejeira com pétalas voando contra o vento.

Aquilo lembrava algo...

Voltar para onde um dia você foi feliz, é uma armadilha da melancolia, tudo terá mudado e nada será igual, como carregar as obrigações de uma linhagem real. Julian tentou não voltar para o lugar onde um dia teve a graça da felicidade mas que também foi infeliz, manter sempre na sua memória momentos únicos, como era, mas não voltar para o mesmo caminho.

Quem diria que ele deixaria tudo para trás e com tão pouco encontraria um lugar para pertencer, e seu lugar foi arrancado por deveres, malditos deveres!

Perdoar a traição de pessoas que machucaram seu orgulho é muito difícil, principalmente quando tudo está no percurso do destino.

O príncipe jogou sua cabeça para trás tentando aliviar o peso de seus ombros afastando os pensamentos reclusos. Pensar não resolveria, porém, ajudaria a achar uma solução e alívio da sua grande dor de cabeça chamada Declan.

Engraçado, não é? O homem por quem foi apaixonado por muitos anos é seu companheiro, o rejeitou, o tentou matar, e entre outros. Agora quer se casar com Julian. Irônico, muito irônico.

"Argh! Você é um idiota, Declan." O príncipe disse a si mesmo levando suas mãos ao rosto esfregando. "Droga, o que estou fazendo da minha vida?"

Tentar consertar aquilo sozinho é exaustante. Ou ele mantinha a salvação do reino acima da sua vida ou fugiria para se salvar.

O pequeno ômega se levantou para voltar ao palácio e dá sua decisão a Declan. Talvez Declan fosse como seu pai Farrell, um homem mercenário a ponto de conseguir tudo que deseja. Julian não daria o gostinho de Farrell invadir seus poderes em Dazarian, em seu filho e em seu pai, que estava velho demais para quebrar lcabeça com pessoas de má coração.

Julian arrastou seus passos até na ala de descanso, um bom vinho ajudaria esquecer seus problemas. A porta se abriu entrando um Jesse muito furioso. Julian não queria discutir com seu irmão naquele momento, então apenas o ignorou jogando um tabuleiro sob a mesa.

"Como ousa dizer ao papai que eu e Declan estamos juntos?"

Julian não respondeu. Ele não tinha dito nada a Karan, afinal, todos os anos nunca abriu a boca para contar ao pai do tal romance de seu irmão e seu noivo - o noivo que agora queria se casar com Julian.

"Me responda, o que ganhou com isto? Minha queda?"

Queda? Jesse construiu uma torre tão alta que não pensou no impacto que causará quando cair.

"Jesse, saia daqui. Estou sem vontade para ouvir seus gritos histéricos." O ômega mais velho jogou sua cabeça no estofado mas Jesse veio a sua frente puxando a peça que ainda tinha em sua mão com força.

"Estou farto de você! Sempre é você, você."

Julian nunca entendeu seu irmão mais novo. Quando criança, seu pai e as criadas nunca deixaram faltar nada, Julian até cuidava de seu irmãozinho e lhe dava sua atenção. Jesse adorava insetos, Julian o levava para explorar as redondeza do castelo. Jesse tinha cabelos sedosos e longos acima do ombro e amava que Julian escovava as mechas. Jesse em seu horário de dormir, Julian contava infinitas histórias de aventuras para o pequeno e depois de sair do quarto de Jesse, Julian o dava um leve beijo na testa significando que o protegeria. Prometeu ao pai que cuidaria do pequeno, pois Karan saberia que Jesse se culpava da morte de Daiane.

Claro que Julian amava seu irmão, mas no decorrer da idade Jesse começou a mudar e mudar. Dizia palavras absurdas a Julian e fazia pegadinhas ridículas com ele. Foi quando Julian entendeu; Jesse apenas necessitava da atenção do Pai. Karan tinha muitos afazeres, sem uma rainha ao seu lado o tornava fraco e o rei não poderia demonstrar isso a ninguém. Jesse ficou isolado por muito tempo do carinho do pai e da culpa da morte da mãe, e na sua adolescência a situação pirou. Jesse é como nos dias congelantes, tão frio e sem coração que Julian rezava aos deuses que seu pequeno irmão voltasse a ser como antes. Amável. Doce e amável.

"Você quer me tirar Declan de mim, mas não faça meu pai me odiar!" Jesse bateu o pé saindo da sala, o ômega deu graças aos deuses por aquela discussão acabar rapidamente.

Lembrou que Jesse está esperando um filhote, merda. Um filho do príncipe Sea, e se Declan estiver falando a verdade, tudo irá se estrondar na relação de Jesse e Karan.

Patel estava certo em se mudar com Will, ele também carregava muito peso nos ombros e Julian desejava que seu amigo fosse feliz longe de toda tragédia.

O ômega suspirou pesadamente decidido. Foi até o quarto de Declan entrando sem bater, sentou-se na cama de pernas cruzadas esperando que o alfa saísse do banheiro.

Assim que o Declan saiu encontrou o olhar de Julian descendo em seu corpo até o centro principal. Seu olhar ficou uns segundos lá, até que o ômega balançou a cabeça de leve dizendo a Declan:

"Vista-se, alfa." Ralhou Julian.

"Você entrou no meu quarto sem bater, o que posso fazer?" Declan riu. Vestiu sua calça e uma camisa branca de manga. Julian quis negar, mas Declan tinha um corpo lindo, na verdade era um espetáculo desde que conheceu o alfa. Além de ter um tamanho além da média. Ah, qual é, Julian já leu diversos livros de biologia dos alfas.

"Ok. Eu aceito sua proposta."

Declan se virou, Julian novamente olhou para a calça marcando seu pênis. Obviamente ele não vestiu uma cueca de propósito.

Fuja Julian, fuja!

"Aceita se casar comigo?" Declan se aproximou e Julian levantou-se esquivando.

"Não se aproxime de mim."

"Não?"

"Vamos resolver logo isso. Não é isso que todos querem? Que eu me case e me una a você? A minha vida sempre foi baseada nisso, então desta vez irei realizar os devotos da Casa Real."

A raiva deixava Julian fervoroso, odiava ter que abaixar a cabeça e dar a todos um pouco da sua fraqueza.

"Julian, eu farei de tudo para proteger você e Mathieu."

"Que se foda você, Declan. Não é por mim, é por aqueles que eu amo."

Julian deixou o quarto às pressas antes que explodisse e matasse Declan ali mesmo.

🌑🌑🌑

No entardecer de uma ilha longe das burocracias, Will, Patel, Sea e Mathieu esperavam a cerimónia de Declan e Julian ser realizada com um antigo bispo aposentado.

Após muitas relutância de Julian e regras que foram colocadas, eles finalmente realizaram a cerimônia de união.

O ômega nunca imaginou estar vestido de vermelho e uma maquiagem fraca feita por Patel, Declan com a mesma poupa porém com uma blusa com botões mostrando um pouco de sua pele branca.

A lua logo se colocaria e eles finalmente poderão ser companheiros.

Patel tinha surtado quando soube de tudo que Julian contou de Farrell, Jesse e Declan. Foi inaceitável concordar com aquele casamento, mas pelo visto Patel e Will não se assustaram. Julian tinha certeza que a ideia do casamento seria de Patel, mas deixaria isso para depois.

Sea por outro lado nunca imaginou seu irmão vestido com a túnica de união em uma ilha deserta para fugir daqueles que eram contra. Como Jesse, irredutível em perder Declan para o seu irmão. Mas ver seu irmão com um sorriso de canto com as suas covinhas mostrava a pouca felicidade que nunca tivera. Já ao seu cunhado que claramente ignorava a presença de Declan e de todos, mas Sea não deixou de se sentir feliz por Declan.

Daqui uns dias eles iriam anunciar a união e Farrell Farian soltaria fogos pelas ventas. É até engraçado imaginar seu próprio pai declarando em cortar a cabeça de Julian daqui uns dias, e óbvio que não contaria isto ao seu cunhado. Quando Farrell ficava bravo, ele mantinha essa frase cruel e muitas outras a aqueles que lhe traíram.

Mas tudo mudou quando se tinha o pequeno Mathieu na história. Seu pai Farrell desceria do tão amado Trono e posição de Rei Alfa depois que um herdeiro nascido de sangue nasceu. Julian e Declan logo se casarão para todos verem e então subirão em suas posições.

Sea deseja ir embora e navegar ao mundo a busca de conhecimentos. Agora ele entendia como Julian se sentiu todo esse tempo em relação a Declan, um amor rejeitado é cruel. Apaixonado pelo irmão do futuro rei, que nunca aceitará a derrota de perder o pai de seu filho. Sea é inteligente demais para se colocar para baixo como fez dias atrás, se não fosse por Victor ele com certeza estaria jogado na lama e dando vergonha a todos. Se seu ômega não se importava quem dirá ele, abrir mão de pessoas é a melhor coisa a se fazer. Pensar no bebê ainda o fazia mal, Declan tinha a solução e não colocou em prática. Por Sea, ele assumiria o filho de seu irmão.

"Estou tão feliz por Julian e Declan." Patel disse baixinho rindo. "Finalmente vão se acertar."

Sea sorriu.

"Mas ele ainda odeia Declan, querido." Will recebeu um leve beijo de Patel.

"Nada que uma noite de sexo duro resolva o mau humor de Julian." Os três riram. "Oh, você deu o mapa para Declan?" Patel perguntou a Sea.

"Sim, você acha que Julian vai concordar?"

"Nada que Declan não consiga."

Patel e Will compraram uma cabana nas redondezas de Diaslim, e a concertaram para a lua de mel dos companheiros. Mesmo sabendo que Julian não aceita com a ideia. Os dois sabiam que a união na lua cheia se finaliza quando se acasalam. Julian odiava essas regras idiotas.

A lua começará a transcender no céu, uma linda lua cheia para os lobos uivantes. O bispo baixinho sorriu para o casal à frente e iniciou a cerimônia.

Declan se virou para Julian o encarando com todo amor que não soube quando nasceu. Enquanto Julian olhava aquelas belas orbes negras e brilhantes, ele só podia estar sonhando e o medo desse doce sonho acabar era tanto.

"O entrelaçamento de almas é para sempre, um companheiro verdadeiro não pode ser revertido. Se desejam se unir, agora entrelecem suas mãos e bebam o vinho do cálice, vossa alteza."

Fizeram o que foi pedido, e quando Declan segurou a palma da mão de Julian o choque foi imenso. Era como se apenas eles estivessem naquele lugar e suas almas se fudisse uma na outra. Declan segurou o queixo de Julian colocando seu braço na cintura fina do ômega, se Julian abrisse sua boca com certeza sairia um gemido.

Com os olhos fechados, Julian esperou o beijo, e os doces lábios de Declan tocaram o seu e mundo explodiu em estrelinhas. Aquele beijo não foi qualquer, foi "o" beijo. Doce e delicado com uma porção de sentimentos envolvidos.

Odiar Declan estava nos planos como também amar estava fora da lista.

Declan devorou toda a boca do ômega esquecendo que ali todos observavam a cena, se fosse pelo alfa, Julian já estava encima de sua cama explorando além da boca do ômega. O bispo fingiu uma tosse para continuar a cerimônia, o casal se afastou e Julian colocou sua postura fria novamente olhando sua mão entrelaçada com a de Declan que apertava com certa força.

"A união da mãe lua é poderosa, declaro alfa e ômega unidos sob seu manto. Agora podem continuar o que estavam fazendo."

"O que?" Julian perguntou de olhos arregalados. Declan imediatamente puxou seu rosto e beijou sua boca com força e vontade que desejou por dias.

Sea, Will e Patel bateram palmas sorridentes. Como testemunhas que eles ficarão para sempre juntos, se amando talvez. Declan largou Julian o arrastando para perto deles, deu uma beijo em Mathieu antes de se despedirem.

"Tome cuidado, pode ter soldados de Farrell à espreita." Will avisou.

"Cuidado? Por que?" Julian perguntou curioso. "Você pode soltar a minha mão agora?" Voltou-se a Declan. O mesmo negou balançando a cabeça. Julian também não fez esforço para puxá-la.

"Lua de mel, querido." Declan falou sorrindo.

"Lua de mel? Isso não estava nos planos!"

Sea deu uma leve cotovelada em Will dizendo baixinho:

"Três, dois, um..."

Declan segurou Julian o colocando em seu ombro como saco de batatas.

"Ei, me solte seu idiota!" Bateu em suas costas. "O que pensa que está fazendo?"

Como eles tinham vindo para a ilha, Declan pediu a Sea um barco para a cabana descrita por Patel. Por um dia ele estudou o caminho e sabia que Julian não aceitaria a ideia de ficar com ele sozinho, o único jeito era forçá-lo. Colocou no barco com o ômega em protestos.

"Declan, para onde está me levando? Me deixe voltar." Pediu Julian bravo vendo Declan empurrar o barco para longe da borda. O alfa levantou as mangas da camisa para que respirasse aliviado de ter dado certo. "Irei pular." Reclamou Julian.

"Faça isso e será devorado pelos tubarões."

"Merda, Declan! Me leve de volta."

"Não, é nossa união."

"Concordamos em não tê-la." Julian cruzou os braços bravos. "Você concordou."

"Advinha? Mudei de ideia." Julian gemeu de frustração. A ideia era não colocar o casamento em risco e Declan nem precisava se esforçar para estragar.

"Como ousa? Você quebrou minha confiança outra vez!"

"Julian, precisamos ficar juntos para a vida toda e você pretende me odiar até lá?" O ômega não conseguiu responder. Declan estava certo, eles de qualquer maneira deveriam dar o braço a torcer.

O príncipe ômega olhou para Declan pilotando por algumas horas até chegar numa ponte feita de madeira.

"Onde estamos?" Declan ainda não tinha respondido suas milhares de perguntas.

"Diaslim, Patel me emprestou sua casa."

"Por que?"

"Para eu te foder. Está satisfeito?" Falou amarrando o barraco na costa. Olhou Julian de olhos arregalados. "Vamos." Entrelaçou seus dedos com o do ômega indo até a cabana pequena, com muitas luzes em sua volta. Julian entrou olhando maravilhado, um ninho estava montado.

"Como ousa fazer isso? Não podemos..."

"Só esta noite, Julian." Declan abraçou o ômega por trás. "É um dever para consumir a união, pense nisso." O alfa deu leves beijinhos em seu pescoço fazendo o ômega jogar sua cabeça em seu ombro.

"Declan..."

"Apenas sinta, amor." Sussurrou. Declan começou tirando a roupa pesada do corpo esbelto de Julian, quando o trabalho foi feito e admirou a perfeição em sua frente. "Desta vez não vou te foder, vamos fazer amor até o amanhecer."

Julian gemeu quando Declan o beijou ferozmente. A mão do alfa permitiu que Julian pulasse em sua cintura e o levasse para o ninho feito sem desgrudar suas bocas.

Desta vez não haverá arrependimento, aliás, viverão juntos para a vida toda.

Declan pensou que não havia nada mais bonito do que seu ômega como luz da lua fazendo sua pele pálida brilhar, a luz da cabana refletindo em seus cílios e cabelos suavemente esvoaçantes. Julian estava beirando em beleza, enquanto seus olhos se curvaram em pequenas luas crescentes e seus lábios se esticaram em um lindo sorriso. Declan não pôde deixar de responder da mesma forma, sorrindo enquanto se inclinava e dava um beijo nos lábios de Julian.

Seus lábios se moveram juntos outra vez, Declan liderando enquanto eles se abriam lentamente e as línguas se encontravam deslizando uma contra a outra em padrões e ritmos que se tornaram viciosos. Julian sentiu a mudança, mas isso não o assustou mais. Ele estava acostumado com o que o destino fazia.

Julian olhou para seu companheiro e ficou com um pé atrás por Declan ter se apaixonado por ele. Ele não podia acreditar o quanto sua vida havia mudado, o quanto ele também havia mudado.

Julian estendeu a mão e colocou a mão na bochecha de Declan, deixando o alfa sentir o que ele estava sentindo. Os olhos de Declan se fecharam e ele sorriu suavemente enquanto se concentrava e o lia profundamente. Julian era como seu livro favorito, uma história que ele queria voltar uma e outra vez até que tivesse o final feliz que ele merecia.

O amor de seu ômega era puro, Julian era tão puro quanto já criança vindo ao mundo. Era uma pequena luz dentro dele que projetava o mundo inteiro em suas mãos.

Eles se beijaram e Julian subiu no colo de Declan, montando nele. Isso tudo era familiar. Eles se beijaram e se tocaram muitas vezes. Declan quebrou o beijo e começou a cheirar Julian suavemente enquanto movia seus lábios para o ouvido do ômega para que ele pudesse sussurrar, suas mãos deslizando sobre as curvas de Julian.

"Eu só quero você partir de agora, amor."

Julian sentiu a emoção crescer dentro dele com essas palavras, e a profunda verdade que ele sentia por trás delas. Declan realmente obtinha algum sentimento por ele podia ver o contraste em suas memórias de como sua presença havia mudado a vida do alfa.

Julian virou o rosto para falar tão baixo quanto seus lábios roçando a bochecha e a orelha de Declan.

"Não faça promessas que não possa cumprir."

Declan fez um ruído suave de desgosto com essas palavras. Ele arrastou seus lábios até o pescoço de Julian, lambendo sua glândula de cheiro, mordendo suavemente o ponto sensível e fazendo Julian tremer em seu colo. Declan estava muito tentado a tomar seu tempo e brincar com Julian, para excitá-lo com as mãos e a boca. Ele queria desesperadamente saboreá-lo naquele lugar doce entre suas pernas, mas ambos estavam esperando muito para atrasar mais. Eles tinham o resto da eternidade para tocar, provar e experimentar, e Declan planejava usar esse tempo ao máximo.

O alfa traçou uma mão ao redor do quadril de Julian e deslizou sua mão até o calor suave de sua entrada, movimentando com ternura. Julian gemeu e passou os braços em volta dos ombros de Declan, uma mão emaranhada em seu seus cabelos negros, a outra agarrando as vestes em suas costas, seu rosto virando-se para o pescoço de Declan.

Declan empurrou um dedo para dentro, e o corpo de Julian tremeu com a pequena ação, respondendo quase violentamente ao sentimento de ser tocado tão intimamente. Declan tomou seu tempo e esticou Julian lentamente, passando de um dedo para dois, para três até que ele pudesse movê-los para dentro e para fora com facilidade e a dor do ômega se foi, transformada em prazer e plenitude. Os quadris de Julian se moviam no ritmo de sua mão, gemendo descaradamente contra a pele do pescoço de Declan, causando arrepios em sua pele.

"Por favor... estou pronto. Foda-me." Julian falou contra sua garganta, choramingando quando Declan finalmente libertou seus dedos.

Declan os rolou para que o ômega ficasse de costas, com o alfa entre as pernas. Muito impaciente para se despir, Declan tirou o resto de suas roupas e se alinhou na entrada de Julian. Ele deixou sua mente se concentrar no ômega por um momento para se certificar de que não havia hesitação, nem medo, e ele não encontrou nenhum.

Ele empurrou para dentro lentamente, gemendo com a perfeição do calor apertado de Julian envolvendo-o. Declan podia sentir o poderoso vínculo surgindo, as cortinas de seda ao redor da sala ondulando enquanto o ar ao redor deles crepitava com fogo. Faíscas de todas as cores dançaram sobre a pele de Julian, aumentando o prazer do ômega enquanto Declan deslizava para dentro dele.

Declan olhou para Julian, cuja cabeça estava jogada para trás, seu cabelo vibrante espalhado sobre a seda vermelha dos lençóis, a boca aberta em um grito silencioso enquanto seus olhos se fechavam e pequenas mãos agarravam as costas de Declan. O alfa podia sentir o prazer de Julian ligeiramente limitado pela dor, mas ele podia sentir que o ômega também gostava disso. Moveu-se lentamente, puxando um pouco para fora e pressionando de volta para dentro. Ele capturou a boca de Julian e o beijou enquanto fazia amor lento e doce com ele.

Eles compartilharam o prazer um do outro, o calor crescendo entre eles como um inferno até que a suavidade lenta não foi suficiente para nenhum deles. Declan moveu-se mais rápido, empurrando o mais fundo possível, para pressionar diretamente contra aquele botão tenso de prazer dentro do corpo de Julian, que os fez correr em direção ao orgasmo.

Eles explodiram como um só, o corpo de Julian agarrando e vibrando com seu orgasmo.

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