Julian nunca teve um nó de um alfa, Janine explicou como funcionava o cio e os medicamentos que os ômegas devem tomar para evitar confusões. Mas ela não explicou que quando um alfa sentia o cheiro de slick de um ômega eles ficavam entorpecidos. O primeiro cio foi calmo, os brinquedos deixaram tudo correr bem como o seu médico havia dito. Porém, no segundo cio recebeu o nó de seu alfa, aquele que amava de todo o coração. Declan... o amarrou e Julian explodiu de sensações.
Tá bom. Tão perfeito.
Declan com sua típica brutalidade agarrou Julian jogando na cama de seu quarto.
Não lembrava de como tinha chegado lá já que tudo estava quente e embaçado.
"Eu vou te foder a noite toda, merdinha." Declan se perdeu na extensão lisa do pescoço de Julian enquanto desfazia a roupa do ômega. Entre beijos profundos e drogados separava as lapelas de seda azul, expondo a pele pálida de Julian.
Julian engasgou e seu corpinho tremeu quando os dedos de Declan roçaram seus mamilos. Declan tirou toda a roupa, sorrindo de satisfação ao ver que Julian não usava calcinha. Porra, ele andava por aí sem as partes de baixo?
"Você não é tão bonito, mas tem um corpo lindo." Declan rosnou em resposta.
Deuses, a pele de Julian era tão macia. A satisfação se curvou dentro dele com a expressão nos olhos de Julian - a alegria, o prazer - quando Declan tirou a camisa, e depois as calças, até que ele estava apenas com a cueca boxer. Ele montou o ômega, prendendo-o cuidadosamente com seu volume e poder e Julian estremeceu debaixo dele, arqueando-se nele na próxima respiração, seu pênis nu roçando contra a protuberância rígida na cueca boxer de Declan.
"É isso que você quer?" Ele perguntou, com um sorriso malicioso, a mão escorrendo pelo peito de Julian - da clavícula até o umbigo, girando em torno do pequeno monte, traçando o doce rastro de ouro que levava a um prêmio ainda mais doce.
"Eu não sei." Julian engasgou, e Declan se inclinou e beijou-o, doce e lento, a esta pequena confissão inocente. Ele seria o primeiro - e único - a tocá-lo dessa maneira e havia uma sensação estranha de satisfação em relação àquilo que ele nunca havia sentido antes. Ele nunca foi o tipo de alfa que valorizava os virgens.
Mas ele queria fazer isso. Declan não entendia aquela áurea de excitação em seu corpo, aquele era Julian.
Julian gemeu quando seus peitos pressionaram juntos, seus quadris resistindo contra os de Declan.
"Oh!"
"Você está gostando, não é?" Ele murmurou contra o pescoço de Julian, seus dedos circulando ao redor da abertura do omega. Julian mordeu o lábio enquanto as sensações se agitavam através dele, seu perfume amadurecendo em torno de Declan enquanto ele ficava mais úmido. "Tão pronto para mim." disse Declan, empurrando um dedo no buraco quente do ômega. Deuses, era pura felicidade, e os barulhos que ele fez quando Declan trabalhou em outro dedo alguns minutos depois.
Céus, isso fez Declan querer virá-lo de quatro, e entrar nele como um animal, pronunciando profundas marcas roxas nas costas do ombro de Julian enquanto ele puxava seu cabelo e o fazia gozar em todo seu estômago, em um orgasmo bagunçado e ofegante. Ele queria transar com ele durante os tremores secundários, mesmo quando parecia apenas na borda de muito, até que ele ficou duro e veio em um soluço chorando de novo.
"A primeira vez que eu deveria te amarrar seria depois do casamento." Declan falou com um sorriso, quando Julian deu-lhe um olhar questionador. Mas então sua expressão ficou sóbria, seus olhos escurecendo quando ele percebeu a forma excitada de Julian.
"Declan." Julian gemeu bêbado de excitação, seus dedos entrelaçados com Declan enquanto o alfa pressionava a cabeça grossa de seu pênis contra a abertura escorregadia do omega. Empurrando para ele naquela primeira vez - a luz em seus olhos, o rubor de suas bochechas, a sensação dele. Declan podia sentir cada aperto, cada gemido.
"Porra, tão bom seu buraco me apertando. Vou te encher e te dá um nó, é o que você quer, não é, vadia?" O suspiro chocado de Julian com a última pergunta pressionada sob seu ouvido encheu Declan de prazer, mas não era nada comparado ao modo como seu pênis se contorcia com as palavras, e então, para o deleite do alfa, Julian veio, vencido pela promessa suja de Declan.
Declan bombeava em Julian, seu pênis se contraindo com tanta força dentro do ômega que o fez se contorcer e gozar dentro. Declan desabou sobre ele, mantendo-se apoiado nos cotovelos para não esmagá-lo, sua testa descansando contra a de Julian.
Os dois respiraram um contra o outro, o suor e os aromas se misturando, os braços em volta um do outro, sem mais palavras necessárias.
Julian era dele.
Mas Declan não era de Julian.
Não tinha como voltar agora.
E ele não iria querer.
Quando Julian acordou na manhã seguinte, ele acordou em sua grande cama envolto em braços grandes, um alfa ainda maior abraçado a ele como um bebê.
Ele podia sentir os lábios de Declan agitarem-se contra a nuca e quando ele tentou sair da cama, Declan fez um barulho de protesto em seu sono, seus braços enrolando mais firmemente em torno de Julian, trazendo-o para mais perto do seu pau muito grande.
Julian ficou quente por toda parte, uma onda de calor que o fez querer se contorcer, mas se ele fizesse isso... bem, ele poderia acabar ficando preso na cama e foder sem sentido novamente. Na verdade... por que ele não estava se contorcendo de novo?
Ontem à noite... tinha sido tudo e nada como ele imaginou que sexo com Declan seria. Cada célula do seu corpo parecia viva esta manhã, renovada e renovada e como se estivessem finalmente completamente acordadas pela primeira vez.
Ele queria escalar Declan como uma árvore, pressioná-lo na cama e afundar-se nele com um deslize lento e delicioso.
Ele queria ficar preso contra a parede da biblioteca e ferrado todos os contos de fadas de sua infância por seu grande e forte cavaleiro. Sua cabeça estava girando com o quanto ele queria, todas as coisas sujas que Declan sussurrou em seu ouvido durante suas três sessões de amor na noite passada.
Sessão de amor?
Todas as promessas, os cenários que ele propôs... fizeram Julian corar à luz do dia.
Julian sorria como nunca antes. Declan se mexeu na cama abrindo os olhos, fez uma careta ao ver Julian.
"Droga, estou em um pesadelo." O sorriso de Julian murchou com o comentário. O alfa se ajeitou na cama olhando ao redor, abaixou o olhar para os lençóis. "Porra, porra." Saltou da cama nu procurando suas roupas. "Que merda você fez, Julian?"
"E-eeu." Julian tentou falar mas Declan agarrou seu rosto com força.
"Não diga nada a ninguém sobre isso, se não eu te mato."
"Tt-udo bem."
"Bom, e faça o favor de tirar meu cheiro de você. Não quero que seu irmão saiba sobre nós." E Declan saiu do quarto vestido sem olhar para trás enquanto o ômega se pôs a chorar na cama.
Julian se encolheu na cama e chorou como um bebê. Ele foi rejeitado da pior forma por Declan, ele foi seu primeiro e mesmo que tenha sido a melhor coisa da vida de Julian, doía demais. Tão humilhado, arrasado e numa escuridão tão profunda que Julian perdeu a vontade de viver.
Ele tinha dado seu corpo para o alfa que amava, era pra ser especial - e foi para Julian. Então por que doía? Ele sabia que Declan recordaria a consciência logo e o desprezaria mas não pensou que acabaria de vez por todas com os sentimentos de Julian.
Por muito tempo chorando outra vez, Julian criou coragem para se limpar e tomar supressores. Depois do anúncio do casamento, sua vontade era desistir.
"Príncipe Julian, eu-" Will entrou no quarto sem bater, vendo Julian sentado a baixo da janela com as mãos no ouvido. "Julian, o que aconteceu?" Will correu para ver o ômega numa situação deplorável. Julian chorou agarrando Will em seus braços. "Está tudo bem, chore o quanto for possível." Patel pediu para Will buscar Julian para um dia de pesca, e pelo estado do príncipe hoje seria tão nublado quanto o inverno passado. Will esperou o ômega se acalmar, não quis perguntar a ele, mas pelo cheiro que exalava no quarto tinha idéia do que aconteceu.
"Por favor, não conte a Patel sobre isso." Julian com os olhinhos vermelhos pediu a Will, que concordou. "Deixe lavar meu rosto novamente. Já volto." Will respirou fundo, apertando os punhos. Seu amado ômega se preocupava tanto com o príncipe que até Will sentia a sensação ruim em torno dele. O príncipe Farian sempre foi um babaca com Julian, era óbvio que ele amarrava o irmão do noivo todas as noites e todos do palácio tinham plena consciência que o pobre príncipe era humilhado de tal forma. Apenas o rei não enxergava, seu próprio pai não enxergava a desvaneça que os irmãos tinham por tantos anos. Julian querendo ou não, é tão amado por todos por sua bondade e carisma. Seu irmão é o oposto, desprezava e usava os empregados como escravos. Até mesmo Will odiava aquele mísero ômega pobre de espírito.
Julian voltou um pouco melhor, sorriu para Will e o alfa sem falar nada guiou Julian até o estábulo.
"Will?" Julian chamou. O alfa o olhou. "Me desculpe por me ver assim, por favor, não diga a ninguém sobre isso."
"Patel deve saber." Will suspirou fundo. Claro que Patel deve saber, ele enfrentava até o diabo se fosse possível.
"É uma ordem, Will."
Will pensou um pouco, se contasse isso acabaria tão mal. Claro que os noivos casariam em algum tempo, mas usar o ômega dessa forma é um escândalo.
"Sim, mas prometa-me que irá se cuidar." Julian concordou imediatamente.
E assim foram para um possível dia divertido.
Depois do jantar Julian entrou na biblioteca para arrumar a bagunça que fizera. Graças os deuses ninguém entrou aqui, nem mesmo seu pai. Ainda continha um pouco de cheiro do nó, mas era fraco. Com pouco esforço arrumou os livros jogados e desarrumado, até um livro tirar sua atenção para ler.
Quando percebeu a hora já era tarde, Julian saiu da biblioteca voltando para seu aposento. Mas vozes no corredor o assustou.
"Jesse, por favor, me deixe explicar." A voz de Declan foi dura. "Eu não quis..."
"Explicar Declan? Você prometeu que nunca iria dormir com meu irmão!" Declan tampou a boca de Jesse com a mão.
"Olha, foi culpa dele. Ele estava no cio."
"Não quero conversar sobre isso." Jesse tirou a mão de Declan entrando no quarto. Julian arrastou os pés assim que trancaram a porta. Sentou-se na porta, para ouvir outra vez a paixão louca do casal.
"Quero seu pau dentro de mim, tire qualquer vestígio dele de você." Ouviu Jesse dizendo. "Você fede a ele."
"Não se preocupe querido, vou te dá nós a noite toda para o meu pau entender que você é o dono." E Julian não aguentou, se levantou rápido voltando para o quarto.
Basta.
Ele não merecia.
Ele não deixaria sua vida desabar desse jeito.
Cansou, cansou de tudo. Cansou de esperar algum espaço naquele coração de gelo que ele nunca irá fazer parte.
Cansou de seu irmão agindo por suas costas.
Cansou das cobranças de seu pai e da Casa Real.
Ele era apenas um ser normal, que tinha sonhos para realizar.
Com o coração partido e decidido Julian arrumou algumas roupas dentro da bolsa, fugiria com poucas coisas. Tirou da gaveta vários ouros para se manter longe das terras Dazarian. Ele sabia o alvoroço que causaria no amanhã, então com todo amor escreveu uma carta ao pai.
Saiu do quarto com rapidez, alguns guardas repararam Julian que sorriu dizendo:
"Irei dormir na casa de Will." Os guardas concordaram.
A cabana de Will ficava um pouco atrás do palácio, imaginava que Patel estaria com ele. Apressou os passos saindo pela porta de trás seguindo pela trilha de pedras. Chegou na porta de madeira batendo diversas vezes.
"Que droga, espero que seja importante porque se não..." Patel abriu a porta fazendo uma careta ao ver Julian. "Julian, o que faz aqui tão tarde?"
"Patel, Will. Estou indo." Julian entrou sem pedir licença.
"Para onde?" Patel cruzou os braços. "Para quê essa mochila? Para onde você vai?"
"Eu não sei, eu realmente não sei. Só preciso de um cavalo, Will."
"Certo." Will pegou o casaco saindo a fora sem discordar enquanto Patel olhava de boca aberta.
"Julian, o que diabos está acontecendo?"
"Preciso que entregue essa carta para o meu pai depois de três dias." Julian lançou o papel vermelho.
"Não estou entendendo... Julian o mundo lá fora é totalmente diferente daqui. Você é o príncipe herdeiro e..."
Julian o cortou. "Você sempre me disse para desistir, é isso que estou fazendo. Desistindo, Patel. Eu preciso do seu apoio se quer realmente me ver feliz."
"Céus." Patel agarrou a cabeleira negra andando pelo cômodo. "Isso causará tanta coisa, Julian. O Seu pai vai morrer de desgosto."
"Ele não vai, sabe por que? A carta irá deixá-lo tranquilo." Julian suspirou engolindo o choro. "Preciso de tempo, tenho que me curar, isso está me matando."
"Fugir realmente é a solução?" Julian assentiu deixando lágrimas descerem.
"Irei para um campo onde minha mãe cresceu, é longe daqui. Você pode me visitar quando puder, apenas me dê uma caneta que irei desenhar o mapa." Patel fez o que o príncipe pediu, o choro dos dois ômegas deixava o ambiente molhado. Will entrou na cabana avisando a Julian que estava tudo pronto.
"Me escreva cartas, cuide-se meu amigo." E se abraçaram chorando. Will entrou no meio do abraço. Alguns minutos foram para fora com Julian montando no cavalo.
"Adeus, Patel. Will. Não se esqueça Patel." E Julian se foi galopando na floresta escura sendo guiado apenas pela luz da lua e das estrelas.
Ninguém poderia o julgar por fugir, ele sabia muito bem das consequências mas se quisesse ter o preço da felicidade ele buscaria muito além de suas forças.
O amor, as regras, a família, a culpa, tudo iria desaparecer em alguns anos.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Cleide Almeida
espero q declan murchar
2025-01-01
0
Da Silva Lopes Clinger
, eu teria fugido antes de transar kkk mas espero que os dois amantes sofram bastante
2024-10-16
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Liliane Alves
Não o julgo faria o mesmo... só que a bastante tempo /Sweat//Proud//Slight/
2024-10-12
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