Capítulo 18

Sophia conseguiu desfrutar do seu jantar graças à gentileza de Noil, aquele homem fazia-a sentir segura, por isso não se importou nem um pouco ao terminar a sua comida.

— Nossa, vejo que gostou da comida! — comentou ele, surpreso.

— Nunca disse que não gostava do que os outros fazem, simplesmente tive más experiências e por isso preferi fazer tudo sozinha. — Mostrava-se ofendida.

— Peço desculpa, não fique chateada. — O seu rosto tinha uma expressão que derreteria a pessoa mais fria, embora a Sophia só lhe tenha causado riso. — Não se ria de mim. — Fez beicinho.

— Lamento mesmo, mas não consegui evitar, parecia um cachorrinho repreendido. — Continuava rindo.

Noil não teve outra opção senão contemplar a bela mulher que ria dele. Até isso o deixava muito feliz, vê-la feliz era elixir da vida para ele.

— Pronto. — Levantou-se. — Vou ao palácio, preciso falar com Sua Majestade, preciso esclarecer este assunto ainda hoje. — Estava decidido, não se importava com os obstáculos que tivesse que ultrapassar, o seu único propósito agora era ficar com Sophia e claro que pensava fazê-lo de forma formal.

— Mas já é um pouco tarde. — Mostrava-se preocupada.

— Fico feliz que se preocupe comigo, porém, sei cuidar de mim. Espere por mim, trarei boas notícias. — Sorriu e deu-lhe um beijo na testa antes de partir.

Sophia só pôde ver enquanto ele se afastava da mansão, junto de seus guardas pessoais. Apesar de tudo, não pôde deixar de soltar um suspiro.

— Muito bem, Marquês. «Conseguiu conquistar o meu coração, embora a minha mente ainda se mantenha alerta.» — Voltou a suspirar.

Aproveitou que o Marquês não estava para lhe preparar uma surpresa, assim como Noil queria demonstrar os seus sentimentos com atos, ela não podia ficar para trás, então pôs mãos à obra e com conhecimentos de amor de livros de romance lidos naqueles dois anos de estudo árduo, fez o que nunca falhava, segundo os escritores.

Por outro lado, Noil tinha chegado ao palácio, foi diretamente ao gabinete do Imperador, mas não o encontrou.

— Jiro, sabes onde está Sua Majestade? Preciso de falar com ele com urgência. — Estava agitado.

— Pensei que soubesse, Marquês. Sua Majestade saiu em expedição, levou todo o armamento que lhe entregaram, só para testar. O Esquadrão Falcão foi com ele, por isso não precisa de se preocupar. — Informava um dos secretários.

— Não sabia de nada. Supostamente sou o Ministro da Guerra, deveria ter-me dito para que o acompanhasse. — Mostrava-se um pouco irritado e muito desconcertado.

— É verdade, agora que veio, poupou-me de ir a sua casa. Como saberá, estão a preparar um baile de boas-vindas para um convidado importante de Sua Majestade. Estes são os convites para si e para a convidada de honra, disseram-me que ela está hospedada em sua casa. — Entregou dois envelopes, pareciam ser os convites.

— Muito bem, sabes quando Sua Majestade regressa? — Queria falar com o seu primo o mais rápido possível.

— Tenho entendido que será no mesmo dia do baile de boas-vindas, então se quiser falar com ele, poderá fazê-lo nesse momento.

— Retiro-me por agora, se ele regressar antes, gostaria que me informassem no marquesado. — Dito isto, ele foi-se embora.

Noil estava desapontado com os acontecimentos, pois queria levar boas notícias à Sophia, mas não seria possível, pelo menos por agora.

Decidiu voltar ao marquesado onde lhe informaram que Sophia o esperava no seu quarto. Eles ainda não entendiam como era possível que a jovem mulher aceitasse dormir praticamente com um homem no mesmo quarto sem serem casados, mas o que mais importava aos empregados era que Noil e Sophia fossem felizes, por isso não se intrometeram.

— Voltei, Senhorita Brunet. — Falou ao entrar no quarto, para que Sophia não se assustasse.

— Bem-vindo, Marquês Laroux, ou devo chamá-lo Noil a partir de agora? — No rosto tinha um sorriso maroto.

— Pode chamar-me como quiser. — Aproximou-se rapidamente dela. — Embora ficasse muito feliz se me chamasse querido, amor ou de alguma forma carinhosa. — Retribuiu o sorriso maroto à Sophia, enquanto lhe segurava o queixo.

— Decidi uma coisa. — Falou séria.

Aquilo dito por Sophia, deixou Noil preocupado, acreditando que realmente tinha conseguido afastar aquela linda mulher do seu lado.

— Fiz algo errado? — Perguntou consternado.

— Fez tudo bem, tanto que não sou capaz de escapar aos seus encantos. Por isso me declaro perdedora, porque conseguiu conquistar o meu coração. — Afastou-se um pouco de Noil.

Sophia pegou em algo que estava na mesa do quarto e quando voltou a olhar para Noil, fez-lhe uma pergunta muito importante. — Noil Laroux, Marquês do Império Solen, gostaria de ser meu namorado? — Parecia muito nervosa, ainda mais porque conseguiu ver a cara de surpresa do Marquês. Nas suas mãos segurava o que parecia ser uma sobremesa de morangos, uma daquelas que Noil tanto gostava.

— O que é ser namorado? — Não estava a entender o que se passava, no entanto arrependeu-se quando fez aquela pergunta, pois Sophia pousou novamente o que tinha nas mãos em cima da mesa e sentou-se num dos sofás. — Lamento. Nunca tinha ouvido esse termo e muito menos vi alguém usá-lo, só em casamentos. Mas seria muita ganância da minha parte pensar que neste momento quer casar comigo. Desculpa-me? — Sentou-se ao lado de Sophia e abraçou-a.

Com beicinho falou: — Quero dizer, se queres que a partir de hoje comecemos a conviver mais, para nos conhecermos melhor e, sim, mais tarde nos casarmos. — Nesse momento, as suas bochechas já estavam completamente vermelhas.

Ela pensou que seria fácil declarar-se, mas tudo terminou em confusão, por isso não estava a correr como planeado.

— Adoro a ideia, além disso, mesmo que tentes fugir de mim a esta altura, seria impossível para ti, pois todo o meu coração e o meu ser, agora são teus. — Segurando a mão de Sophia, deu-lhe um beijo nas costas da mão.

Sophia voltou para a tal sobremesa e entregou-a a Noil. — Li que há duas coisas que os homens gostam. Uma é a comida e a outra é a intimidade. — Provocou Noil a engasgar-se. — Mas, conhecendo-o, decidi dar-lhe uma sobremesa, já que, sendo um cavalheiro, sabia que não concordaria em passar uma noite comigo dessa forma, sem sermos casados. — Sorriu marota.

Terminando de falar, Sophia foi atacada por um grande abraço de Noil, seguido de vários beijos nas bochechas e pescoço.

— Tens razão, não me faltam desejos, mas não quero que te sintas pressionada. Esperarei até que estejas pronta. — Permaneceu abraçado à moça de cabelo prateado, reclinando a cabeça no ombro dela.

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Comments

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Eu lembro que o imperador, ao arrumar outra prometida, disse que arrumaria outra para o marquês. Com certeza, ela estará no baile. Vai causar uma confusão.

2025-03-29

1

Erlete Rodrigues

Erlete Rodrigues

o que será que o imperador vai fazer ⁉️

2025-03-15

0

Grace 🌻🌷

Grace 🌻🌷

Essa peste de Imperador vai aprontar.

2025-03-04

0

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