— Senhorita Brunet, o imperador a convidou para um brinde em sua homenagem. — Sonet se aproximou de Sophia e a convidou gentilmente.
Naquele momento, ela estava muito feliz e, claro, aceitou com prazer. Conduziram-na até um salão pequeno e lá estava ele, o imperador, o marquês e também Sonet, que não era apenas um amigo próximo do imperador, mas também seu braço direito.
— Será um prazer fazer negócios com a senhorita Brunet. — Entregaram-lhe uma taça. — Espero que as más lembranças tenham ficado no passado. — Ele forçou um sorriso.
— Sei a que se refere, porém não posso garantir nada. Sou alguém que não consegue confiar em ninguém. O senhor demonstrou ser alguém indigno da minha confiança, levará tempo para que isso mude. — Ela sorriu e deu um gole em sua bebida.
— A propósito, quero apresentá-la ao marquês Leroux, também ministro da guerra. — Quase que de imediato, ele aproximou o marquês de Sophia.
— Um prazer, marquês, meu nome é Sophia Brunet. — Ela mal inclinou a cabeça.
— O prazer é todo meu, milady. Noil Laroux, marquês do império. Como Sua Majestade já mencionou, sou o ministro da guerra e também primo deste homem. — Ele tentou pegar a mão de Sophia.
— Sei quem o senhor é, foi o senhor que disse que eu poderia ser uma concubina para o imperador. Parece que me considera alguém de tão baixo escalão a ponto de ser a segunda opção de uma imperatriz. — Ela se mostrava irritada, afastando-se do marquês.
— Não se aborreça ainda. Permita-me informá-la sobre minha decisão. — O imperador ria por dentro. — O responsável por receber e atender cada um dos pedidos será o ministro da guerra, então seria bom que se dessem bem. — Ele lançou um olhar cúmplice para o marquês.
— Negócios são negócios, espero que nossa relação se baseie apenas nisso. — Sua irritação era evidente. — Majestade, agradeço a bebida, porém preciso ir, pois tenho trabalho a fazer. — Com uma leve reverência, ela se despediu.
— Você a irritou, suponho que seja coisa de família fazer essa mulher ficar realmente brava. — O imperador zombava.
— Como posso conquistar a confiança dela? Aquela jovem realmente me agrada. — Ele demonstrou seu interesse, perguntando ao primo.
— Não recomendo que se envolva com ela. Investiguei o passado dela e a informação que me deram foi bastante explícita. — Sua expressão mudou completamente, para uma de desgosto. — Ela foi casada por três anos com um duque apenas para tirar dinheiro dele, além de sempre ter sido fria e calculista. Digo-lhe, primo, você merece uma mulher pura. A jovem Brunet só lhe traria problemas. — Tentando fazer com que o marquês desistisse, ele argumentou.
— A decisão é minha, mesmo sendo o imperador, você não pode decidir com quem devo me casar. — Irritado, ele saiu do salão.
"Já veremos, primo, eu me encarregarei de encontrar alguém digna de você." Sonet, investigue quem são as senhoritas mais adequadas para minha prometida e a que estiver em segundo lugar se tornará a prometida do marquês Laroux. — Ele sorria.
Eneko só se importava com a felicidade do primo, pois era a única família que lhe restava, mas a verdade é que, em seu íntimo, ele não conseguia imaginar Sophia como um interesse romântico para o marquês, pois, lá no fundo, acreditava que ela era uma mulher muito ruim.
Por sua vez, Laroux correu até a entrada do palácio para ver se alcançava Sophia, mas a carruagem dela já havia partido há algum tempo.
— Droga, preciso me desculpar com ela. — Ele se repreendia.
Sophia chegou à mansão e se trancou em um dos salões que havia adaptado para ser seu local de trabalho. Ali, ela tinha que fabricar um total de seis mil espadas e escudos, além de armaduras. Assim como ela conseguiu patrocínio, suas responsabilidades também aumentaram. Se antes ela não comia por estar totalmente dedicada ao trabalho, agora seria ainda mais impossível.
O marquês chegou à mansão e pediu para ver a senhora da casa, mas a resposta que recebeu foi simples. Sophia disse que ainda não era o momento de entregar o pedido, por isso não o receberia, sem se importar se estava sendo rude ou não.
Os dias se passaram e Sophia não saía do salão em que havia se trancado, o que deixou os empregados preocupados. No entanto, eles não queriam ser repreendidos por sua senhora, então tomaram uma decisão um tanto drástica.
O marquês ia à mansão diariamente, esperando que, em algum momento, Sophia o recebesse. Por isso, em uma dessas tardes, pediram-lhe que convidasse Sophia para um passeio, pois ela estava há dias mal provando alimento, não dormindo, e isso os preocupava muito.
Claro que Noil aceitou com prazer. Então, o conduziram até o salão. Ao entrarem, encontraram Sophia desmaiada no chão.
O marquês a carregou nos braços e a levaram imediatamente para seu quarto, enquanto o médico chegava, pois o haviam chamado naquele exato momento.
— Lady Brunet, por que se esforçou tanto? — Ele parecia preocupado com Sophia.
— Vou buscar compressas mornas, espero que isso ajude. — Disse uma das criadas.
— Que sejam compressas frias, parece que ela está com febre. — Ele ordenou.
Como ele pediu, logo trouxeram compressas frias e água gelada. Tudo o que queriam era que Sophia se recuperasse o mais rápido possível.
— Quando foi a última vez que viram a senhorita Brunet consciente? — Ele parecia irritado.
— Pedimos desculpas, marquês. — As criadas fizeram uma reverência. — A senhorita Brunet não nos permitia entrar naquele salão, então a última vez foi na noite passada, quando ela mal tocou em seu jantar. Além disso, ela mesma cuida de tudo o que se refere a sua própria atenção. Ela cozinha para si mesma, limpa e lava para si mesma, não deixa que a ajudemos. Realmente sentimos muito, mas como até mesmo o imperador a reverencia, pensamos que não deveríamos irritá-la, insistindo ou contrariando-a. — À beira das lágrimas, elas se lamentavam.
— Não importa, de agora em diante vocês cuidarão dela, quer ela queira ou não. — Ele exigiu.
Depois disso, o médico chegou e examinou Sophia, que, infelizmente, estava com febre muito alta e também desidratação extrema, pois, ao que tudo indicava, ela fez uso de magia de fogo. — Ela deve tomar estas cápsulas e vocês devem fazê-la beber chás com as ervas que vou receitar. Com isso, ela estará melhor pela manhã. — Ele deixou o que seria necessário e se retirou do local.
— Preparem tudo, eu ficarei aqui esta noite e me certificarei de que ela tome tudo. — Ordenou ele, muito seguro de si.
As mulheres fizeram o que deviam e não questionaram o fato de que um homem não deveria passar a noite com uma mulher sem ter nenhum tipo de relacionamento amoroso.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Ezanira Rodrigues
Eles só sabem da estória por alto. A mulher que foi descrita para eles, era a antiga Sophia. Eles não conhecem esta Sophia.
2025-03-29
0
Tati Moura
ela foi obrigada pelo pai dela não contaram a história direito não 😰😰😰
2025-03-01
0
lovely person
oxe oxe oxe, foi a família dela que a obrigou a casar com o duque
2025-02-22
4