—Senhorita, passe por aqui, eu lhe mostrarei os modelos que temos para você— queria evitar que aquele par de pessoas continuasse com a tentativa de confronto.
Assim Sophia pôde escolher vários trajes simples, os tecidos não eram muito abundantes e ela se sentia muito confortável ao usá-los, lamentavelmente para ela, não havia calças para mulheres e isso a decepcionou um pouco, mesmo assim, aquilo foi motivo para que ela quisesse implementar uma ideia que tinha há tempos.
—Muito obrigada senhor— fazia uma reverência ao alfaiate Oliver.
—É sempre um prazer atender clientes como a senhorita— sorriu gentilmente, e retribuiu o gesto da reverência.
Assim, depois de um longo dia percorrendo a cidade, Noil decidiu que era hora de voltar para a mansão, Sophia concordou, pois ao caminhar com sapatos de salto alto, embora baixos, fizeram com que seus pés doessem o suficiente para dizer "chega, não aguento mais". Seu cansaço era notório e o loiro que caminhava ao seu lado percebeu, por isso, de forma surpreendente, a carregou nos braços ao estilo princesa. Aquela ação quase fez Sophia gritar, nunca em sua vida ninguém a havia carregado e muito menos esperava que alguém o fizesse em público. Claro que as pessoas só puderam observar a cena romântica diante de seus olhos e Sophia não teve escolha a não ser se agarrar ao pescoço de Noil, recostou a cabeça no peito do homem e assim permaneceu até chegarem à carruagem, pois não queria que as pessoas a vissem como ela estava, a cor de sua pele tornava evidente o rubor desta.
—Não importa se ela me odeia, mas eu não podia permitir que ela continuasse andando assim, seus pés já estão até vermelhos— ele esclareceu seu ponto antes de ser atingido por um dilúvio de palavras, embora o que Sophia disse o tenha deixado boquiaberto.
—Obrigada, adorei o que você fez, na verdade não me importou o quão nervosa fiquei, você fez meu coração disparar como ninguém jamais fez. Obrigada por isso— ainda um pouco envergonhada, ela agradeceu cobrindo o rosto.
Noil só pôde abraçá-la naquele momento, estava feliz pelas palavras de Sophia, que embora não fosse uma aceitação definitiva, estava no caminho certo para atingir seu objetivo.
—Farei sempre o possível para cuidar de você, dou-lhe minha palavra que não permitirei que ninguém a faça sofrer de forma alguma— as palavras de Noil foram precisas e demonstraram sinceridade.
—Você tem minha confiança, esse voto só você será capaz de quebrar ou manter para sempre— ela sorriu, pegando sua mão.
Um sentado ao lado do outro, enquanto Sophia recostava a cabeça no ombro de Noil, eles realmente pareciam apaixonados, mas mal estavam se conhecendo, isso levaria algum tempo.
Ao chegarem à mansão do marquesado, Noil ajudou Sophia a descer, embora desta vez não a tenha deixado entrar na mansão.
Um dos subordinados de Noil fez um sinal com as mãos e este levou Sophia para onde ela havia encontrado a cabana incendiada, mas pouco antes de chegar, o marquês cobriu os olhos de Sophia com as mãos.
—O que é isso, marquês? Todos estão nos olhando— ela reclamou nervosa.
—É uma surpresa, não fique brava— ele sussurrou em seu ouvido enquanto caminhava muito perto dela.
Chegado o momento, o marquês parou e com ele Sophia, ele tirou as mãos lentamente e a surpresa foi revelada.
—Bem-vinda Senhorita Brunet, espero que sua estadia no marquesado seja agradável— ele sorriu ao dizer aquilo.
Sophia só pôde admirar o que estava diante dela. Um pequeno jardim cheio de flores, entre as quais se destacavam rosas de várias cores. —Quando e por que fizeram isso?— ela perguntou ainda incapaz de sair de seu espanto.
—Me ocorreu uma maneira de recebê-la bem, além de sentir que ela não parava de se culpar pelo que aconteceu, então decidi mostrar a ela que as mudanças são boas, graças ao que aconteceu, pudemos criar este jardim maravilhoso e espero que goste, será um lugar para você aproveitar, este pode ser seu lugar seguro— ele pegou as duas mãos de Sophia e beijou as costas de uma delas.
Todos e cada um dos funcionários que estavam por perto só podiam admirar o gesto que Noil havia tido com Sophia, mas também agradeceram a chegada daquela mulher na vida de seu senhor, pois ele precisava ter alguém para amar de verdade.
—Que vergonha!— esquecendo tudo, Sophia só pôde esconder o rosto no peito bem formado de Noil, pois não queria ser vista tão vermelha e nervosa.
—Você gostou da surpresa?— agora abraçando-a, ele perguntou.
—É a coisa mais linda que alguém já fez por mim, obrigada. Eu adorei— à beira das lágrimas, ela respondeu. Sua felicidade era grande demais, mas ela realmente não sabia como expressá-la.
—Então já podemos entrar— ele se separou de Sophia e a pegou pela mão para levá-la para dentro da mansão.
Claro que não havia um ou outro funcionário olhando para o casal, o que deixava Sophia nervosa.
Quando entraram, Noil levou Sophia para a sala de jantar, onde um jantar para os dois já os esperava.
—Você sabe que não posso comer o que os outros preparam— ela parecia preocupada.
—Eu sei, também estou ciente do que Sua Majestade fez no caminho para cá. Por favor, jante comigo, eu me encarregarei de provar cada prato para que não se sinta insegura— segurando sua mão, ele sorriu ao propor isso.
Sophia confiava em Noil e claro que também em seu povo, pois eles foram incríveis, mas ela ainda achava difícil parar de fazer o que vinha fazendo há anos, além disso, o imperador arruinou tudo no momento em que tentou algo contra ela.
Noil sentou-se ao lado de Sophia e deu a primeira mordida em sua comida, ao verificar que estava tudo bem, ele a passou para Sophia.
Esses pequenos atos reafirmaram seus sentimentos pelo homem maravilhoso que estava diante dela.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Nicleide Alds
concordo com vcs muito fofos mim fazendo chorar de emoção
2025-03-09
1
Ezanira Rodrigues
Porque não se faz homem assim.
2025-03-29
2
Anonymous
Cadê as fotos
2025-04-13
0