Ao sair do banheiro, percebo que Fernando já saiu do quarto. As criadas chegam e começam a arrumar o quarto. Sento-me na janela e começo a ler livros e a desenhar. Diana fica em pé ao meu lado, fazendo-me companhia.
— Diana, onde está o príncipe Fernando? — pergunto distraída.
— O príncipe está no escritório do rei, possivelmente, revisando as últimas papeladas para a posse. — ela responde.
— Ah, claro...tinha me esquecido totalmente disso! — acabo a rir de mim mesma.
Volto a desenhar, desta vez é uma bela mulher no quadro do nosso quarto. Ela é muito linda.
— Essa era a senhorita Hillie... — Diana sorri. — Essa era a mãe do príncipe Fernando!
— Ela é tão bonita... — digo admirando-a. — Ainda mais bonita que a rainha Elizabeth!
— Concordo, vossa alteza! — um homem entra no quarto. — Com a vossa licença... Sou Ardo, o mordomo do Príncipe Fernando!
— Ah, olá, Ardo! — forço um sorriso. — Precisa de algo?
— O príncipe pediu para informá-la que às 19 horas será a decapitação das três prostitutas que a atacaram! — Ardo diz.
— Decapitação? — pergunto espantada.
— Sim! — ele explica. — Qualquer um que ousar encostar num integrante da família real, deve ser decapitado em praça pública!
— Nossa... — murmuro.
— Não resmungue, princesas não fazem isso! — ele repreende-me.
— Ardo, quem você pensa que é para falar assim com a princesa?! — Diana o repreende. — Peça desculpas, imediatamente!
— Não devo desculpas a ninguém! — ele dá as costas e sai andando.
— Deixei-o, Diana... — forço um sorriso. — Muitos não vão aceitar-me pela minha origem familiar e por eu ser humana...
Viro-me e continuo a desenhar a mãe de Fernando.
~• Mais tarde •~
— A princesa está pronta? — Ardo aparece na porta. — Está na hora!
— Saia daqui, Ardo! — Diana diz irritada.
— Quem é você para falar com o meu mordomo assim, Diana? — Ouço a voz de Fernando.
— Quem é o seu mordomo para falar com a sua esposa com arrogância? — rebato. Diana, que está na minha frente, sorri.
— Ardo a tratou com arrogância, querida? — Fernando diz com uma voz amorosa. Diana faz reverência e se afasta. — Não acredito! Ardo sempre foi tão obediente e disciplinado...
— Se você não acredita... — o ignoro e faço um sinal para que Diana continue a colocar as minhas jóias.
Eliezer aparece na porta e faz um sinal para seguirmos ele. Logo, encontramos o rei e o príncipe Paulo e vamos para a praça pública. Ardo nos anuncia implacavelmente. Ele chama Merlya e a condena por seu crime. Após isso, chama Karina e a condena por seu crime. Agora é a vez de Íris. Ele a chama, mas ela não aparece. Todos os vampiros começam a cochichar.
— Onde ela está? — Fernando pergunta irritado.
— Íris Valcoln fugiu, vossa alteza... — Ardo o responde.
— Vasculhem todo o castelo e matem-na! — ele grita irritado.
— Desculpa, meu príncipe, a prisioneira já deve estar longe daqui... — Ardo o contraria. — Acredito que devamos expandir o local de busca para fora do castelo...
— Ei, você! — Fernando grita com um dos soldados. — Venha aqui, agora!
— Fernando, acalme-se... — seguro o seu braço. — Os seus súditos estão a olhar...
— Abaixem as suas cabeças! — Fernando grita com a multidão. — E nem pensem em cochichar!
Todos o obedecem, imediatamente. Inclusive o soldado.
— Quem estava responsável por trazer essas três prostitutas para cá?! — Fernando está ainda mais furioso.
— Eu e mais dois soldados, vossa alteza... — o soldado responde com medo. — Mas, o senhor Ardo disse que traria a Íris pessoalmente para cá...
— Como ela escapou, Ardo? — Fernando encara Ardo, irritado.
— Ela golpeou-me na cabeça, vossa alteza... — Ardo desvia o olhar, nervoso. — Perdoe-me por falhar tão miseravelmente...
Fernando fica em silêncio por alguns segundos.
— Vossa Alteza? — Ardo se aproxima dele.
— Arranquem a cabeça dele! — Fernando empurra Ardo para o soldado. — E procurem aquela vagabunda e a tragam para mim!
— Espere, príncipe! — Ardo grita desesperado.
— Fernando! — Martin o segura pelo braço. — Ardo é o seu mordomo a tanto tempo...
— Ele mentiu para mim! — Fernando se solta. — Ele soltou aquela desgraçada e estava tentando nos mandar para longe!
Isso faz realmente sentido...
Os mordomos reais são pessoas altamente treinadas para defender o seu mestre. Seria impossível uma prisioneira qualquer o nocautear desse jeito e fugir!
— O que estão esperando?! — Fernando ordena. — Corte a cabeça dos três!
Nesse instante, o guarda corta a corda que faz com que a lâmina desça rapidamente, cortando as suas cabeças e as fazendo rolar até os nossos pés. Fernando tampa os meus olhos e me tira dali.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Nilvan Coiote
bem feito para o mordomo
2024-04-12
6