Minha futura esposa

Abro os olhos desejando acordar no meu quarto com paletas do tom rosa bebê. Sinto um par de mãos grandes e pesadas em cima dos meus seios.

— Ah! — caio da cama no susto. Fernando encara-me. — O que pensa que está fazendo, seu pervertido?!

— Estou dormindo com a minha esposa! — ele sorri.

— Eu não sou a sua esposa! — o corrijo. — Não sou nada sua!

— Mas, será! — ele se espreguiça. — Deita aqui ao meu lado novamente...

— O quê?! — arfo. — Não! Saia já do meu quarto!

— Não se esqueça que você está no MEU castelo, portanto este quarto também é meu! — ele sorri maliciosamente.

— O castelo ainda é do seu pai! — debato. — E eu acredito que ele reprove esse tipo de atitude!

          ~• Momentos depois •~

— Ágatha, minha querida, daqui a pouco tempo vocês estarão casados, não tem problema! — o rei Martin gargalha.

— O quê?! — arfo. — Mas... Mas...

— Nada de "mas", você escutou o REI! — Fernando laça um dos seus braços envolta do meu pescoço. — Não seja boba, logo estaremos casados e vamos ter que dormir juntos. Aliás, vamos fazer "coisas" além de dormir juntos...

— "coisas"? — pergunto confusa. — Que tipo de "coisas"?

— Nada, querida! — Martin ri, nervoso. — Fernando, pare com isso!

— Ela não sabe o que pessoas casadas fazem? — Fernando pergunta confuso ao olhar-me.

— Princesas humanas são puras! — Martin murmura com um sorriso forçado. — Ela ainda é inocente, não fale besteira na frente dela!

— Do que vocês estão falando? — pergunto impaciente. — Falem logo!

— Ágatha, por que não vai com o Eliezer para experimentar o vestido que usará no baile amanhã à noite? — o rei Martin troca de assunto e faz um sinal para que Eliezer se aproxime. — Leve-a para o quarto e chame a Diana para ajudar a princesa a experimentar o vestido!

Eliezer faz que sim com a cabeça, presta reverência e convida-me a segui-lo. Chegando ao meu quarto, ele presta reverência e abre a porta para que eu entre.

— Eliezer... — ele continua prestando reverência. — Levante-se, por favor, não precisa ficar prestando reverência na minha presença!

Percebo ele olhar confuso para o chão. Ele endireita-se e levanta o olhar.

— Posso te fazer uma pergunta? — pergunto envergonhada. Ele assente com a cabeça. — Você é mudo?

— Não, ele não é mudo! — Fernando responde atrás de mim. Dou um pulo para o lado, assustada.

— Sabia que escutar conversa alheia é falta de educação? — pergunto irritada.

— Não é alheia, você é a minha esposa! — ele sorri forçadamente.

— Eliezer, se você não é mudo por qual motivo não fala? — pergunto curiosa. Ignorando Fernando.

— Porque ele não pode! — Fernando entra na minha frente. — Eliezer, vá chamar a Diana!

Eliezer faz reverência e desaparece do corredor. Suspiro frustrada, dou as costas para Fernando e entro no quarto, fechando a porta. Ao virar-me novamente, vejo Fernando sentado na cama.

— O que... — respiro fundo. — Precisa de algo?

— Uau... — ele sorri ironicamente. — Está pronta para ser uma... "esposa obediente"?

— Espera... você leu a minha carta!? — pergunto espantada. — Você não tinha esse direito!

— Sou o futuro rei, precisava garantir que você não estava mandando uma carta para que o seu reino nos atacasse! — ele explica.

— Ah... é assim que você confia na sua "querida esposa"? — zombo.

— Claro, querida! — ele pisca para mim. Reviro os olhos e dirijo-me até o armário, onde encontro um vestido vermelho-vivo, é lindo demais! — Gostou, meu amor? Escolhi especialmente para você!

Fernando pousa a sua cabeça no meu ombro e envolve as suas mãos na minha cintura, fazendo com que os nossos corpos se juntem.

— Solte-me! — tento tirar as suas mãos da minha cintura. É em vão, isso só faz com que ele aperte ainda mais a minha cintura. — Droga!

— Princesa Ágatha? — uma moça bate a porta. — Sou a Diana, Eliezer mandou-me aqui para ajudá-la com o vestido!

— Poderia soltar-me agora? — pergunto tentando manter a calma. Ele suspira ao largar a minha cintura e se afastar. — Pode entrar, Diana!

— Com licença... — ela entra e faz reverência a nós dois. — Príncipe Fernando, princesa Ágatha!

— Pode se levantar, Diana... — ela sorri.

— Não, curve-se novamente, sua reverência está ridícula! — Fernando implica.

— Não, não precisa se reverenciar novamente! — rosno.

— Precisa sim! — ele resmunga. — Ande, empregada!

— Está tudo bem, Vossa Alteza, desculpe-me pelo meu desrespeito... — ela diz ao se curvar.

— Fernando, saia, por favor! — reviro os olhos. — Preciso provar o meu vestido!

— Não tem problema, posso ficar aqui! — ele rebate.

— Não, você não pode! — respondo. — Vou experimentar o vestido, preciso de privacidade!

— Vamos nos casar em algumas semanas, não precisa de esconder de mim! — ele diz irritado.

— Diana, pode voltar aos seus afazeres, não vou mais experimentar o vestido! — dirijo-me a Diana. Ela olha para nós dois e desaparece.

— Se a Diana não vai te vestir, eu vou! — ele sorri maliciosamente ao se aproximar.

— Não! — recuo e encolho-me. — Você não pode fazer isso!

— Não? — ele estende a mão na minha direção e eu começo a levitar.

— O que está acontecendo?! — grito. — O que você pensa que está fazendo?! Me ponha no chão!

O meu vestido começa a se levantar. Tento mexer-me, mas não consigo. Tento debater-me, mas é em vão. Fernando retira o meu vestido e pega o outro no armário.

— Para! — grito. Ele me põe no chão, consigo mover-me. Pego o lençol e me cubro. — Você não pode fazer isso comigo!

— O que eu fiz com você? — ele arquea a sobrancelha.

— Você... você despiu-me! — grito. — Isso é imoral, não pode fazer isso!

— Mas, que mal tem isso? — ele ri maliciosamente. — Você é minha, boba!

Sinto o meu rosto ficar vermelho, sento no chão, escondendo-me atrás da cama.

— Cedo ou tarde você não poderá mais ter essa timidez. Aliás, você dará à luz a filhos meus! — ele puxa o lençol.

— Não, deixe-me! — agarro o lençol e puxo para mim. — Só me casarei com você para proteger a minha família! Então, terá de arrumar outra mulher para se deitar!

— Óbvio! Não só uma, várias! — ele sorri maliciosamente. — Mas, você será a minha refeição principal!

Fernando senta-se no meu colo e começa a me beijar. Tento empurrá-lo, mas ele não sai do lugar. O seu beijo é doloroso e feroz, as suas presas cortam os meus lábios.

— Para, você está me machucando, Fernando! — dou um tapa em seu rosto.

— Sua... — ele levanta a mão e para no ar ao olhar-me. O meu coração acelera e os meus olhos se enchem de lágrimas. Ele aproxima a sua boca da minha e me beija suavemente. — Eu não queria te machucar... é que você é muito teimosa...

Abaixo o olhar. Fernando segura o meu rosto e beija-me novamente. Ele se levanta e me ajuda a levantar.

— Posso ajudá-la a experimentar o vestido? — ele pergunta ao pegar o vestido.

— Po...pode... — gaguejo. Aproximo-me dele com o lençol tampando o meu corpo seminu. Adoraria negar, mas não quero deixá-lo irritado novamente.

• Fernando •

Fecho o zíper do seu vestido, sentindo o seu corpo inteiro tremer. Seria frio ou medo? Possivelmente, medo...

— Ágatha, eu realmente não queria te machucar, você está bem? — pergunto ao perceber a besteira que fiz.

— Estou... — ela murmura.

— Você...gostou do vestido? — pergunto tentando quebrar o clima. — Eu quem escolhi... essa cor ressalta o tom da sua pele e cabelo...

— Obrigada... — ela dá um leve sorriso. — Eu amei o vestido... você tem bom gosto, Vossa Alteza...

— Ágatha... — acaricio o seu braço e beijo as suas costas. — Me chame apenas de Fernando...

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Comments

Perola Maria Cabral

Perola Maria Cabral

Amei

2024-04-26

2

Nilvan Coiote

Nilvan Coiote

muito boa a história

2024-04-12

4

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