Despedida de solteiro

              ~• No castelo •~

— Onde está o príncipe Fernando? — pergunto as criadas.

— O príncipe foi à sua despedida de solteiro, na casa do Visconde Leng Swang, senhora... — uma das criadas responde.

— Ah...ok... — respondo. — Avise-me assim que ele chegar!

— Sim, senhora! — ela faz reverência.

As criadas ajudam-me a trocar de roupa e se retiram. Diana traz-me uma xícara de chá e eu sento-me na janela, apreciando a vista.

— Princesa? — Diana bate na porta. — O príncipe Fernando acaba de chegar e ele solicita a sua presença!

Levanto-me e vou com Diana Até o quarto de Fernando.

— Saia, Diana! — Fernando ordena.

— Precisa de algo? — pergunto.

— Sim, eu preciso de você! — ele responde irritado, cruzando os braços.

— Se divertiu na sua despedida de solteiro? — pergunto sorrindo.

— Até que foi divertido... — ele brinca com uma mecha de cabelo. — Mas, eu quero outro tipo de diversão...

— Fernando... — o afasto devagar. — que marca de batom é essa? E que perfume diferente é esse?

— Não é nada... — ele retira o terno marcado e me beija.

— Você está brincando comigo? — desvio do beijo e recuo. — Por que fez isso? Fernando, já aceitei que vou casar-me com você e devo aprender a te amar... Mas, eu não vou permitir que brinque comigo!

— Do que você está falando? — ele pergunta tentando puxar-me. — Volte aqui!

— Você estava com alguma mulher, posso ver isso... — suspiro. — Olha, se você não está disposto a cooperar, eu não vou nem tentar...

— Eu não estava com nenhuma mulher! — ele grita já sem paciência.

— Então, por que está gritando comigo? — questiono. — se não houvesse culpa, não estaria tão irritado assim!

— Estou irritado porque você fica duvidando de mim! — ele me puxa pela cintura. — Não gosto que duvidem de mim...

— Se estou duvidando de você, é porque tenho motivos! — rebato.

— Não, você não tem! — ele aperta a minha cintura. — E mesmo se tivesse, não poderia fazer nada contra isso! Além do mais, vou precisar de muitas concubinas para restaurar a minha família!

— Como?! — respiro fundo. — Pelo menos, não vou precisar me deitar com você...

— Ah, vai sim! — ele ri. — Os filhos com as concubinas serão meros bastardos... preciso de filhos legítimos para assumir a coroa.

— Quer saber? Eu cansei... — o empurro. — Pedirei ao seu pai para me libertar do acordo...

— Ágatha, você pode até pedir ao meu pai para te libertar do acordo e ele pode até fazer isso... — Fernando abraça-me por trás. — Mas, não se esqueça que eu serei o rei e vou fazer o que bem entender!

— O que pensa que está fazendo?! — debato-me tentando me soltar. — Isso é uma ameaça? Acha mesmo que eu tenho medo de você?

— Você não tem medo do que posso fazer? — ele pergunta soltando a minha cintura.

— Não! — saio andando sem olhar para trás.

— Se você passar por esta porta, mato toda a sua família! — ele diz com uma voz calma. Nesse momento, o meu corpo arrepia por completo.

— Você não pode fazer isso... — o encaro como raiva. — Eles não têm nada a ver com isso! São apenas crianças!

— E daí? — ele sorri. — Os meus irmãos e irmãs eram apenas crianças quando foram assassinadas pelo seu pai... Paulo e eu éramos apenas crianças quando presenciamos tudo isso, todo aquele sangue...

— Mas, você não deveria jogar a culpa em mim e nos meus irmãos, não temos nada a ver com isso! — rebato com lágrimas nos olhos.

— A minha mãe e os meus irmãos também não tinham nada haver com a briga do seu avô com o meu pai... — Fernando se aproxima e eu recuo assustada. — Ouse dar mais um passo e eu quebro as suas pernas!

Paraliso no mesmo instante, trêmula. Fernando sorri vendo o meu espanto. Ele agarra a minha cintura e beija o meu pescoço gentilmente. Ponho as mãos sobre o seu peito tentando manter distância.

— Não dificulte as coisas... — ele sussurra no meu ouvido. — Você sabe que só vai se machucar, se você se entregar, sentirá menos dor...

— Por quê? — pergunto.

— Hum? — ele sobe o olhar.

— Por que fingiu se importar comigo? — pergunto chorando. — Por que brincar comigo?

Fernando para os beijos e se afasta.

— Saia daqui... — ele murmura baixo.

— O quê..? — soluço.

— Isso

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