Uma péssima noite

— Fernando... — murmuro.

Fernando puxa-me pela cintura e beija-me. O empurro assustada, ele não se move. Tento afastá-lo, mas é em vão. Então, retribuo o beijo. Ele para e afasta um pouco o rosto, olhando nos meus olhos.

— Você está com raiva de mim por mais cedo? — pergunto. — Juro que não tive culpa, eu...

— Vocês já dormiram juntos? — ele pergunta.

— Óbvio que não, Fernando! — nego imediatamente. — Você sabe que isso só é permitido após o casamento!

— Os seus irmãos não cumprem essas regras. Por que você cumpriria? — ele questiona.

— Não sou como eles! — rebato. — Ou melhor, não sou como elas! Elas deveriam se manter puras para o casamento...

— Você está sendo machista, não acha? — Fernando arquea a sobrancelha.

— Não, não é isso! — respondo nervosa. — É que... você sabe que a doutrina é cobrada para as mulheres e não para os homens...

— Mas, muitas mulheres não as seguem... — ele sussurra no meu ouvido. — Como vou saber se você seguiu ou não?

— Você só pode confiar na minha palavra e descobrir isso daqui a uma semana... — respondo sentindo um calafrio por todo o corpo.

— Mas, aí já vou ter me casado com você! — ele diz irritado. — E se você não for mais pura, vou ter me casado com uma qualquer!

— Não sou uma qualquer, Fernando! — o empurro e saio andando.

— Não dê as costas para mim! — ele agarra a minha mão e começa a beijar o meu pescoço.

— Solte-me, Fernando! — debato-me.

Fernando joga-me na cama e começa a desamarrar o meu vestido.

— Você não pode fazer isso... — soluço com lágrimas nos olhos. — Não pode...

— Só quero garantir que você está intocável... — ele sussurra no meu ouvido e começa a beijar o meu pescoço e a descer os beijos para os meus seios.

— Fernando... — choro. — Por favor, não faça isso...eu juro que nunca dormi com ninguém...

— Não seja fresca, Ágatha! — ele começa a retirar as suas roupas.

— Não é frescura! — debato-me. — Eu não quero fazer isso, por favor, pare!

— Você só precisa ficar parada... — ele sorri maliciosamente. — Vou tentar não te machucar...

— Não... — gemo baixo. — Por favor...

            •~ Horas depois •~

Acordo com o corpo dormente. Fernando está dormindo ao meu lado, com uma das suas mãos na minha cintura. Levanto-me e caio no chão.

— Ai... — gemo de dor.

— Hm... — Fernando se espreguiça na cama.

Levanto-me novamente e caminho até o banheiro. Enquanto a banheira enche, olha-me no espelho. Todo o meu corpo está marcado, cheio de hematomas. Não me lembro de nada. Lembro-me apenas do Fernando beijando e mordendo todo o meu corpo. Desmaiei assim que ele começou a fazer mais força.

Entro na banheira, encolho-me e caio no choro. Por mais que eu esperasse um casamento doloroso, não imaginei que seria assim. Não imaginei que seria desonrada desse jeito... Pensei que seria, ao menos, respeitada...

— O que foi? — Fernando aparece sem roupa na porta do banheiro. Desvio o olhar rapidamente. — Te machuquei, querida?

— Eu te odeio! — grito frustada. — Eu te odeio!

— Ah, para... Não foi tão ruim assim! — ele ri. — Até que a minha noite foi boa...

— Somente a sua! — rebato. — Você é um monstro! Eu te odeio!

— Ora, sua... — Fernando vai até à banheira, agarra o meu cabelo e levanta-me da banheira.

— Não olha para mim! — grito tentando esconder o meu corpo. Fernando me encara com uma expressão amarga e põe-me lentamente na banheira.

— Fui eu quem fiz isso? — ele pergunta recuando. — Eu te machuquei assim?

— Foi! — grito. — Está satisfeito agora?! Viu que eu era virgem?!

— Vou chamar a Diana para te ajudar... — ele diz recuando.

— Não! — grito. — Não quero que ninguém me veja assim...

— Ágatha... — ele murmura. — Eu não queria... Não era a minha intenção...

— Mas, o erro já foi cometido, Fernando! — Resmungo.

— Já que a Diana não pode te ajudar...eu vou! — ele diz.

— Eu não preciso da sua ajuda! — murmuro.

Ele ignora e sai do banheiro. Após um tempo, ele volta com uma toalha.

— Pode deixá-la aí encima e sair... — digo sem o olhar. — E, faça-me o favor de colocar uma roupa...

— Bem, noite passada eu conheci bem o seu corpo, não precisa esconder-me nada! — ele diz a puxar-me pelo braço. — E você conheceu o meu bem de perto, também não preciso esconder nada!

Fernando ajuda-me a cuidar das feridas e a vestir-me. Eu estava com medo de que ele tentasse me desonrar novamente. Mas, ele não tentou nada. Apenas ajudou-me a vestir-me.

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