A Esposa Do Conde Drácula

A Esposa Do Conde Drácula

Casamento arruinado

Estêvão está no altar com os olhos marejados, esperando a sua bela noiva, Abigail. Jonathan e Gabriel são os seus padrinhos de casamento. Papai e mamãe estão na frente da igreja, em cima do altar, ao lado do padre Gusmão. Noah e Charles entram com as daminhas de casamento ( que são as primas da noiva) Sofia e Vitória. Abigail entra na igreja com o seu pai e todos se levantam para observar a futura princesa. Mateus e Yago caminham atrás da noiva, segurando a ponta de seu vestido, junto a Gabriela e Rosa ( irmãs da namorada de Jonathan). Arthur e Gusttavo estão sentados comigo, na primeira fileira. O Lord Bilford entrega a sua filha a Estêvão e se afasta. A cerimônia começa e todos ficam apenas admirando a beleza da futura princesa de Austrias, Abigail.

— Príncipe Estêvão King, o senhor aceita a Lady Abigail Bilford como a sua legítima esposa? — o padre pergunta.

— Sim, aceito... — ele sorri para a sua amada.

— Lady Abigail Bilford, a senhorita aceita o príncipe Estêvão King como o seu legítimo esposo? — ele pergunta.

— Sim, senhor! — ela sorri animada. — aceito!

— Se alguém presente souber de alguma razão pela qual este casal não deve se unir no sagrado matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre! — o padre olha para as pessoas da igreja.

Todos estão calados, olhando uns para os outros em completo silêncio.

— Então, eu declaro-os esposo e... — o padre diz sorridente.

— Eu tenho algo contra essa união! — um homem grita ao fundo da igreja.

O meu pai faz um sinal para os guardas que estão guardando a entrada e eles vão até o homem. Ele está com uma capa preta, com capuz que esconde todo o seu rosto. Os guardas agarram o homem e ele arremessa-os longe.

— Guardas! — o meu pai grita. — tirem os nobres daqui!

— Esquadrão A e C, protejam a coroa! — o general Lee ordena. — Esquadrão B, D e E comigo!

Nesse instante, as janelas começaram a se quebrar e muitos homens entravam pelas janelas, caindo em pé. Pego Gusttavo no colo, agarro o braço de Arthur e corro para o altar, junto a minha família. Yago, Mateus, Noah e Charles correm para perto de mim e me abraçam.

— Quem são eles, papai? — Arthur pergunta assustado.

— São o exército do Conde Drácula... — ele rosna baixo.

— Mas, isso não era só um conto?! — Jonathan pergunta assustado.

— Eu sempre deixei claro que os vampiros eram reais! — a mamãe diz irritada com a situação. — O que devemos fazer, querido?

— Charles... — o homem se aproxima do meu pai e retira o capuz. É um homem pálido, magro e alto. Os seus cabelos ondulados e escuros como a noite, jogados para o lado e olhos vermelhos. — O senhor lembra de mim?

— Quem é você? — o meu pai pergunta franzindo a sobrancelha.

O homem ri e passa o olho na nossa família, parando o olhar em mim. Sinto a minha garganta dar um nó. Ele olha-me de cima até em baixo e se aproxima. Gabriel corre e fica na minha frente, impedindo o homem de se aproximar de mim. O homem agarra o seu pescoço e o tira do chão. Coloco o Gusttavo nos braços de Arthur e olho para o meu pai, ele está imóvel.

— Deixe-o em paz! — a minha mãe grita e corre em direção ao homem. Outro homem, idêntico ao homem que está segurando Gabriel, se aproxima e agarra o cabelo da nossa mãe, fazendo-a cair no chão.

— Parem! — grito. — Deixe eles em paz!

O homem solta Gabriel que cai desacordado, no chão, e encara-me.

— Irmão! — corro e o abraço. — Gabriel...

O homem se agacha na minha frente e segura o meu rosto, fazendo com que tenhamos contato visual. Tento recuar. Não consigo soltar-me.

— Solte-me! — solto Gabriel e o empurro, ele não sai do lugar. Fecho os olhos com dor. — Está me machucando...

Ele solta e vai até o meu pai, sorrindo.

— Deem-me a minha espada! — ele diz. Um dos seus subordinados se aproxima e entrega uma espada.

— O que pensa que está fazendo?! — o meu pai pergunta assustado.

O homem não o responde e aponta a espada para a cabeça da minha mãe. Deixo Gabriel de lado, pego a espada de um dos guardas e tento desarmá-lo. Ele vira-se para mim e ri.

— Acha mesmo que isso pode parar-me? — ele pergunta para mim.

— Deixe a minha mãe em paz! — apunha-lo a espada, todo o meu corpo está trêmulo, estou com medo.

— Ágatha, saia! — a minha mãe grita. — Não se meta!

— Mas, mãe... — resmungo.

— Cale-se! — ela grita. Abaixo a espada e afasto-me.

— Mamãe! — Charles e Gusttavo começam a gritar. Noah, Yago e Mateus começam a chorar e a tampar os rostos no meu vestido. Abraço os mais novos, tampando os seus olhos.

— Calem-se! — o homem grita irritado com o choro dos meus irmãos. Isso faz com que eles chorem ainda mais. Furioso, ele aproxima-se e arranca Gusttavo dos meus braços. — Vamos ver se você não para de chorar agora...

Corro até o homem e acerto um tapa no seu rosto. Ele para e todos ficam em silêncio. Pego Gusttavo das suas mãos e afasto-me dele. Yago pega Gusttavo dos meus braços e se afasta rapidamente. Fico a olhar sem entender a sua reação.

— Sua desgraçada! — o homem grita ao puxar o meu cabelo, fazendo eu cair.

— Já chega! — uma voz grave e assustadora toma conta do lugar. Todos ficam em silêncio e ficam paralisados. Até mesmo, o homem que puxava o meu cabelo, o soltou.

Viro-me e deparo-me com um homem alto e robusto, com uma cicatriz enorme no rosto.

— Olá, princesa... — o homem estende a mão para levantar-me. Aceito a sua ajuda e levanto-me.

— Obrigada... — agradeço sem graça. Ele sorri e olha ao redor.

— Você é a única filha do rei Charles? — ele encara o meu pai. — Paulo, solte a rainha!

— Sim... — murmuro sentindo um leve frio na barriga.

— Ah... perdoe a minha falta de educação! — ele sorri e pega a minha mão. — Sou o rei Martin Young, líder dos vampiros!

— Líder... — murmuro. — ... líder dos.... vampiros?

— Sim e esses são os meus filhos... Paulo e Fernando! — ele apresenta.

— Ágatha venha! — a minha mãe puxa-me pelo braço.

— Nem tão rápido! — ele puxa-me pela mão, fazendo com que eu me aproxime dele.

Paro de frente para ele e sinto um calafrio percorrer pelo meu corpo inteiro. Ele agarra o meu pescoço e tira-me do chão. Debato-me, desesperadamente, tentando soltar-me.

— Solte-a! — ouço os gritos dos meus irmãos pequenos.

Como último recurso, chuto-o nas partes íntimas e mordo o seu braço. Inútil. Irritado, ele joga-me longe e eu bato as costas na parede. A última coisa de que me lembro é dos gritos desesperados dos meus irmãos.

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Comments

Nilvan Coiote

Nilvan Coiote

nossa,como ele é agressivo

2024-04-12

5

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