_Emilly_
Chegamos no aeroporto e embarcamos em segurança na primeira classe.
Carol- Como é o Brazil?
Perguntou a Carol me encarando.
Emilly- Não sei muito bem... Eu vivi lá só até os meus 10 anos de idade. Eu morava em uma fazenda e nunca saí para lugar nenhum...
Carol- Nossa! Mas deve ser muito lindo. Eu já vi muito de lá na televisão...
Emilly- Para falar a verdade eu não queria voltar no meu passado, mas decidi resolver isso de uma vez por todas para finalmente conseguir um pouco de sossego.
Ela me olha com questionamento, mas eu apenas dou de ombros. Falar do meu passado me trás lembranças desagradáveis e me faz lembrar da garota patética, fraca e ingênua que eu era...
Me aguardem pois eu estou chegando para acabar com vocês! Não sobrará uma cobra se quer, se bem que vai ser entediante lidar com essas coisas pequenas e insignificantes.
O avião pousou e finalmente estávamos em solo brasileiro, mais específicamente em Brasília. Carol estava eufórica, pois nunca havia viajado de avião e muito menos para outro país... Sorrio da simplicidade dela e apenas pego as nossas mochilas. Sim, mochilas, pois não trouxemos muitas coisas de lá...
Emilly- Vamos para um hotel e amanhã cedo iremos cair na estrada. Daqui até lá vai ser 1135 km então precisamos estar bastante descansadas...
Carol- Senhora, eu não sei falar português. Como eu vou fazer?
Emilly- Não se preocupe, eu vou contratar um professor para você quando chegarmos lá.
Carol- Obrigada...
Falou ela com os olhos brilhando em um misto de felicidade e admiração. Desvio o meu olhar do dela e faço o nosso check in, pego as nossas mochilas na esteira e depois vamos até a área de saída. Um carro preto já nos esperava do lado de fora...
- Senhora...
Entrego a minha mochila para ele colocar no porta malas e entro dentro do carro, não demorou muito e a Carol faz o mesmo.
Assim que o motorista entra dentro do carro eu digo:
Emilly- Vamos para o hotel que o Eduardo lhe informou.
- Sim senhora...
O trajeto foi um silêncio total e quando eu olhei para o lado eu vi a Carol encantada com tudo o que via...
Me peguei sorrindo genuinamente depois de tantos anos, mas logo desencanei. Assim que chegamos nós fomos para o nosso quarto... Escolhi ficar no mesmo quarto que a Carol pois não posso dar bobeira mesmo estando em outro país.
Emilly- Vou banhar, não saia do quarto em hipótese alguma.
Ela assente com a cabeça e eu entro no banheiro. Tomei um banho gelado para pensar claramente no que eu iria fazer assim que chegasse lá...
Eu não posso simplesmente falar: Oi pai! Como vai? Depois de tantos anos.
Não sei o que aquela bruxa inventou ou se ele pensa que eu estou morta, mas saberei assim que chegar na cidade vizinha. Lá o povo fuxica mais que tudo!
(...)
_Rafael_
Para começar a minha apresentação eu logo irei dizer que não sou um homem sentimental e que não tolero abusos de nenhuma forma.
Me chamo Rafael Gonçalves Alencar, tenho 26 anos, sou alto mas não sei quanto de altura, pois não ligo para essas besteiras, tenho dois irmãos, um chamado Vitor Hugo de 23 anos e a caçula chamada Isabele de 16 anos. Não sou de namorar e só transo por transar! Sou um mafioso mas não me orgulho disso e tenho uma fazenda enorme (considerada a maior da região) moro em Mato grosso desde que me entendo por gente e já mandei muito vagabundo para debaixo da terra! Comigo é assim: Ou me escuta, ou morre. Todos me temem, principalmente os desgraçados que acabaram com a minha vida chamado: Os Navarro! Tiraram de mim a única pessoa que eu já amei romanticamente nessa miserável vida e agora o que sobrou foi isso aqui. Um monstro impiedoso que mata todos que o desagradam e que pega qualquer puta para satisfazer...
Como eu disse anteriormente, eu sou um mafioso e eu trafico armas. Meu esquema é sigiloso e não mexo com drogas pois sei o quanto essa merda acaba com as famílias! Crianças com pais drogados, mães com filhos na sarjeta e esposas sofrendo agressões por causa dessas malditas drogas. Não sou santo mas também não sou o diabo, sou o meio termo entre o bem e o mal! Hoje eu enfrentei um perrengue pois perdi um carregamento enorme de armas para a polícia federal, mas não vou descansar enquanto não pegar as minhas armas de volta.
- Chefe a polícia não está facilitando para nós.
Falou o meu braço direito chamado Henrique.
Ele tem 23 anos e é um dos melhores advogados da região, além de ser o meu conselheiro.
Rafael- Não sabe bater na porta não porr@?
Henrique- Foi mal aí chefe, é que estamos correndo contra o tempo. Logo eles vão dar o decreto de armas contrabandeadas e se isso acontecer não conseguiremos fazer mais nada.
Rafael- Chama o conselho para uma reunião de emergência!
Henrique- Beleza!
Tomo um uísque e fico olhando para a imensa janela atrás de mim.
Vocês devem estar se perguntando: mas existe conselho no Brasil?
A verdade é que não. Mas eu criei um para facilitar as coisas! É tudo muito sigiloso e eu escolhi só os melhores para esse cargo. Como promotores, políticos e até mesmo policiais... Para ver o que o dinheiro não faz com as pessoas.
Tomo uma última dose do uísque e me dirijo para a sala de reuniões. Chegando lá todos já estavam sentados nos seus lugares, caminhei até a minha cadeira e coloquei o terno nela apoiando as minhas mãos na mesa enquanto falava com a voz firme:
Rafael- Eu quero as minhas armas de volta! Não importa o que vocês vão fazer, EU PRECISO DELAS ATÉ A MEIA NOITE!!
Todos me olham amedrontados como se estivessem vendo o próprio capeta!
Rafael- Vocês sabem que essa encomenda vai nos custar bilhões e não quero nenhuma desculpa! Se for preciso eu mesmo vou arrombar aquela porra HOJE MESMO!!
- Senhor! Faremos o possível, mas até a meia noite vai ficar difícil. Nem mesmo os melhores advogados conseguirão isso...
Rafael- EU NÃO QUERO SABER CARALHO!!
Falei batendo na mesa e assustando todos eles.
Rafael- Eu escolhi vocês a dedo e não quero saber de falhas! ESTÃO ME ESCUTANDO??
Eles confirmam com a cabeça quase que dando um infarto.
Me levanto e vou até a minha sala novamente. Henrique logo chega com uns papéis na mão e quando me vê engole em seco...
Rafael- Eu te conheço... O que aconteceu??
Henrique- Eu descobri algo...
Rafael- Porra Henrique fala logo!! Sabe que eu odeio suspense.
Henrique- O maior chefe da máfia italiana veio para o Brasil se esconder do conselho!
Rafael- Puta merda! Aquele cara também mexe com armas... Se não fosse por ele eu estaria no comando da porra toda! Mas o que ele fez para sair corrido de lá?
Henrique- Eu não sei de muitas informações, mas pelo que eu descobri foi que ele quis dar um golpe no conselho colocando uma adotada no seu lugar.
Rafael- HAHAHAHAHA já gostei desse cara! Bom, pelo menos agora eu tenho mais clientes... Aquele cara era uma pedra no meu sapato! Mas enfim, conseguiram algum progresso em relação às minhas armas?
Henrique- Sim senhor!
Falou ele me entregando alguns papéis. Olhei minuciosamente cada um deles enquanto andava pelo meu escritório...
Rafael- Não esperava menos de você!
Falei abrindo um sorriso que com certeza foi perturbador para ele, pois nunca sorrio.
Rafael- Para comemorar, hoje sairemos com algumas das melhores putas da cidade!
Dessa vez ele abriu um largo sorriso. Esse é cachorro nato!
Nos documentos constavam que as armas iriam para um exército americano ( óbvio que tudo mentira ). Logo fazendo as armas se tornarem legalizadas pelo próprio governo... Essa justiça brasileira é uma piada! Se fosse em outro país eu estaria com a cabeça a prêmio uma hora dessas. Me sento na minha cadeira e giro ela sorrindo para o vento...
Logo a chuva veio trazendo consigo uma memória que eu queria muito esquecer...
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Continua...
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Atualizado até capítulo 57
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