Capítulo 12

...É a primeira vez em muito tempo que não estou com medo...

...Não estou com medo...

...— Phil Wickham...

...…...

> Rebeca

Ouço as batidas do coração de Thomas e respiro profundamente, embora pareça errado, tudo parece tão certo. Seu perfume masculino me traz uma sensação de segurança. Ele sempre foi meu porto seguro. Logo me afasto por um momento e nos levantamos do chão.

Evito encará-lo, prefiro olhar fixamente para o chão... ou talvez eu queira encará-lo. Ficamos alguns minutos em silêncio até quebrá-lo.

— Desculpe por isso... - murmuro.

— Não precisa se desculpar! - ele responde.

— Acho que fiz você perder tempo. - sorrio fracamente.

— Você nunca me faz perder tempo, Rebeca.

Seu pager então apita e ele resmunga antes de se desculpar e sair. Já não me sinto mais fraca, o açúcar melhorou meu humor. Permaneço ali por mais três minutos e depois saio como se nada tivesse acontecido, subindo para o quarto andar para ver meus pacientes.

Apesar de ser apenas a cirurgiã e não a médica deles, adoro verificar como eles estão.

— Viu um fantasma? - Vanessa me examina com os olhos.

— Oi Vanessa. - sorrio.

— Acabei de fazer um parto. – Ela se escora na caixa de metal. – Um bebezinho lindo, acho que o nome dele é Paulo.

— Quero ver ele depois.

— Claro! Ele é tão lindinho.

Saímos do elevador juntas enquanto ela me fala sobre o garotinho. Às vezes eu e ela parece entrar em uma competição para ver quem gosta mais de crianças.

Depois de ir em alguns quartos, caminho até a maternidade. Olho através do vidro vendo cada bebezinho daquele. Eu sempre amei crianças, elas são encantadoras, sinceras, fofas, gentis. São verdadeiros anjos.

...(...)...

Substituí o pijama cirúrgico por roupas casuais e fui direto para estacionamento enquanto olhava algumas coisas no celular. Atualizo a minha agenda no celular e depois coloco ele na bolsa. Abri a porta do carro e entrei.

Mandei uma mensagem para o meu melhor amigo.

Rebeca: Que horas acaba o seu plantão?

Matt: Acabou faz horas, Rebeca. (KKK)

Matt: Você é bem lerda.

Rebeca: Meu Deus! Eu tinha esquecido, Matt, revele.

Matt: Quer sair pra tomar um porre?

Rebeca: Quero sair. Tomar um porre quem sabe.

Matt: Eu tô no Continental.

Rebeca: Me espere aí.

Guardo o celular e ligo o carro para sair dali. Felizmente, o trânsito de São Paulo não estava tão péssimo como todo os dias. Isso facilita que eu chegue rápido no bar.

A decoração era voltada para faroeste e "Cowboy". Entro no ambiente e o som de uma música sertaneja chega aos meus ouvidos. Passo minhas orbes pelo local tentando localizar o Matt.

Ele estava sentado no balcão tomando alguma coisa que não conseguir identificar de longe. Caminho até lá e sento ao seu lado.

— Oi de novo, Rebeca.

— Oi Matt.

— Preciso de uma carona pra minha casa, irmãzinha.

— E seu carro?

— O pneu furou. – Ele revira os olhos. – Sabe como é, né?!

Pedi uma caipirinha para o barman e fiquei conversando com Matt enquanto não chegava.

Não bebi muito, eu sei das minhas responsabilidades. Que tipo de profissional eu seria se atendesse um paciente bêbada?

E pior ainda, se esse paciente fosse uma criança. Eu seria demitida, presa e nunca mais poderia exercer a profissão. E onde eu colocaria a porra do diploma que estudei 6 anos pra conseguir?

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Comments

Valdijane Souza

Valdijane Souza

É isso, tem que ser responsável por tudo que fizer,ser médico é muito lindo e necessário compromisso sempre

2024-05-10

3

Maria Aparecida Nascimento

Maria Aparecida Nascimento

A amizades deles é maravilhosa

2024-05-06

0

margarida Alves

margarida Alves

A amizade deles é muito linda

2024-04-26

5

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