...O destino deve estar nos olhando...
...Com aquela cara de quem diz...
..."Eu tentei juntar vocês dois"...
...O destino deve estar nos olhando...
...Decepcionado...
...Que pena, que pena...
...Que a gente estragou tudo...
...Porque pensamos tanto em ser perfeitos...
...E os perfeitos não sabem amar.....
...…...
Essa foi a primeira música que tocou quando liguei o rádio do carro para acabar com o silêncio que preenchia o ambiente. Senti vontade de socar o volante, mas mantive a calma até chegar ao meu apartamento. Estacionei o Audi Q5 no estacionamento do prédio e subi pelo elevador que estava ali mesmo.
Nunca fui fã de morar em apartamentos, justamente por ter que usar o elevador. Mas como passo o dia fora de casa, não vejo motivo para comprar uma casa também. Chego ao meu apartamento e Connie pula em cima de mim me lambendo.
— Olá, garoto!
Caminho até o balcão que divide a sala da cozinha e vejo um bilhetinho do pet shop. Eles trouxeram Connie e deixaram ele com a minha empregada. Abro a geladeira, pego uma garrafinha de água e bebo tudo de uma vez. Dona Lúcia aparece saindo da lavanderia.
— Meu Deus, Thomas! – Ela leva a mão ao peito.
— Dona Lúcia, a senhora já deveria estar descansando.
— Quis lavar algumas roupas antes. – A mulher de meia idade, mas que aparentava ser bem mais velha do que realmente era diz. – Sua comida está no microondas, só falta esquentar e o Connie já comeu.
— Obrigado!
Ela retornou à lavanderia e eu dirigi-me ao meu quarto no andar de cima. Rapidamente fui para o banheiro a fim de afastar esses pensamentos. No entanto, não foi possível, pois ela voltou a aparecer na minha mente. Fechei os olhos enquanto a água do chuveiro caía sobre o meu rosto.
Já se passaram alguns bons anos desde que vi a Rebeca, acredito que desde a formatura. Fiquei sabendo através do amigo dela, o Matheus, que ela estava se mudando para a Suíça para fazer sua residência. Suas redes sociais eram privadas e eu nunca tive coragem de enviar qualquer solicitação.
E agora, depois de anos, ela reaparece. Quando nós namorávamos, éramos apenas dois jovens planejando um futuro que nunca se concretizou. Eu amei aquela mulher mais do que a mim mesmo. Terminei o meu banho e saí do banheiro com uma toalha presa à cintura.
[...]
Como hoje era sábado e eu não trabalharia – a menos que houvesse alguma emergência – decidi fazer uma breve corrida pela avenida. Dona Lúcia não vem todos os dias, até porque não é necessário, já que eu só venho para casa nos finais de semana e às vezes apenas para dormir.
Preparei um omelete e dei comida para o Connie, é claro que ele iria comigo. Porém, antes de sair, decidi passar pela academia do prédio para fazer um pouco de exercício e estar preparado para a corrida matinal. Desci com o Connie até a academia e o deixei esperando quietinho enquanto eu fiquei lá por cerca de meia hora. Depois saí do prédio com o meu Golden e marquei o tempo da corrida no meu relógio digital.
Estava vestindo uma regata que deixava meus músculos à mostra, um calção de corrida e um tênis da Adidas. Corri tanto que cheguei ao Parque Ibirapuera, já se passava uma hora e meia de corrida. Comprei duas garrafas de água, bebi uma delas e coloquei a outra para o Connie. Havia muitas famílias, casais de namorados e algumas pessoas com cachorros, assim como eu.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 60
Comments
Valdijane Souza
Só falta Rebecca aparecer
2024-05-10
1
Maria Aparecida Nascimento
A Rebeca e o Thomas ainda são apaixonados um pelo outro
2024-05-06
0
Maria Aparecida
amava demais o parque Ibirapuera, morei um tempo em São Paulo a serviço kkkkk
2024-04-26
1