...Não é sempre...
...Que a gente encontra alguém...
...Que faça bem...
...Que nos leve deste temporal...
...— Tiago Iorc...
> Thomas
Estava deitado no sofá enquanto encarava o teto feito de gesso. Connie estava deitado no chão. Fazia um afago em sua cabeça enquanto lembrava do passado.
Terminamos por um motivo tão bobo, porque pensamos tanto em ser perfeitos? Talvez se não tivesse ainda estaremos juntos. Mas minha mãe costuma dizer que todas as coisas cooperam para o bem.
Meu plantão começava às seis horas da tarde, passaria o dia em casa fazendo nada. Odeio ficar em casa, mas meu último plantão foi de 48 horas. Eu precisava descansar.
— O que eu faço, Connie? - perguntei pro dog que logo levantou e me olhou. - Ela está de volta, eu ainda gosto dela, mas ela já não gosta tanto assim de mim...
Ouço meu celular tocar e me estico para pegar ele na mesa de centro. Atendo vendo o nome da minha mãe na tela.
Thomas: Fala, dona Daniela. - olho pro rosto da minha mãe do outro lado da tela.
Daniela: Oi, Thomas! Sabia que você estaria em casa.
Thomas: você sempre sabe das coisas.
Daniela: Claro, eu sou sua mãe.
Thomas: Quando vai deixar de bancar a turista e vai voltar do Amazonas?
Daniela: Se eu pudesse eu morava aqui. – ela vira a tela do celular me mostrando o ambiente. – Filho, aqui tudo é lindo! Você precisa conhecer a cultura, é mágico!
Thomas: Quem sabe um dia.
Conversamos mais um pouco e depois eu me despedir e desliguei. Fui pra cozinha e preparei algo para eu comer, havia mandado dona Lúcia ir pra casa e sobrou pra mim.
...(...)...
Não aguentei ficar em casa por muito tempo, levei meu cachorro pro canil e fui pro hospital, isso eram três da tarde. Ninguém iria se importar de eu ir mais cedo, a não ser o antipático do Santiago. Mas ele vivia trancado naquela sala.
Cheguei no hospital e estacionei na minha vaga, fui direto para o vestiário, substituí as minhas roupas pelo pijama verde. Saio do vestiário e vi quando Rebeca entrou na sala de suprimentos visivelmente tonta. Merda.
Caminhei até lá e abri a porta, encontrei ela tentando controlar a respiração. Ela se vira pra mim e dar um passo pra trás.
— Calma. – eu disse. – O que você tem?
— A... Hipoglicemia... – fala ofegante e tonta. – Meu glicosímetro está...em casa...
Ela fala tentando recuperar o ar, eu levanto e procuro algum glicosímetro por ali. Por sorte achei uma caixa cheio, me abaixei em frente à ela e furei seu dedo. 50 mg/dl, a quantidade de açúcar no seu sangue estava num nível baixo.
— Preciso de...
— Açúcar. Eu sei. – olho ao redor.– Você tem?
— Acabou. – fala de olhos fechados. – Thomas...
Ela sussurrou meu nome e eu levantei de lá e fui até o vestiário, revirei o meu armário e encontrei uma fini, olhei a data de validade e ainda estava em conta. Fábio deve ter deixado lá, ele sempre esconde as coisas no meu armário.
Voltei pra sala e Rebeca já estava suando frio, abri a embalagem com a boca e ela comeu, aos poucos sua cor foi voltando. Hipoglicemia era algo sério, você tinha que ser muito forte para aguentar uma crise.
Por instinto protetor, eu puxei ela para mim e abracei seu corpo contra meu peito. Ela descansou a cabeça no meu peito enquanto recuperava a energia.
...…...
...Instagram: @autora_melissaortiz...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 60
Comments
margarida Alves
Espero que os dois se entendam logo
2024-04-26
10
Valdijane Souza
Anciosa demais pra ver eles juntos 💘
2024-05-10
0
Vanessa Costa
é triste ver eles dois separados 😢
2024-05-07
0