...Nem que seja além dessa vida...
...Eu vou estar...
...Te esperando......
...— Luan Santana...
...…...
> Thomas.
Eu tinha total conhecimento dela, o suficiente para perceber que ela tinha chorado. Rebeca raramente derramava chorava - pelo menos não durante nosso relacionamento.– Ela sempre guardava seus sentimentos e fingia não se importar.
É complicado esquecer alguém que fez parte da nossa vida, mas como posso esquecer alguém que continua permeando meus pensamentos, mesmo após tantos anos? Não acredito em amor à primeira vista, no entanto, quando me deparei com Rebeca há 11 anos, tornei-me perdidamente apaixonado.
Saio do devaneio ao ouvir Connie pedindo comida, encaro sua expressão sonolenta e me levanto para ir até a cozinha. Encho sua tigela com ração. A campainha toca e, ao atender, deparo-me com Fábio à porta, exibindo um sorriso de inocente. Dou espaço para que entre.
— Sabia que estaria sozinho e não animado para sair, por isso vim até aqui. - disse entrando. - E aí, como vai você? - ele faz um afago na cabeça de Connie, que veio cumprimentá-lo.
— Tudo tranquilo. – respondo.
— E aí, como tem sido trabalhar no mesmo local que sua ex?
— Normal.
— E ela e o Matt?
— Ele é o melhor amigo dela, cara. - Faço um gesto de desinteresse ao me aproximar da geladeira. - E já não temos mais nada juntos.
—Você diz isso. - Ele pega uma garrafa de água e bebe. - O pessoal anda comentando que ela é gostosa e atraente
Por um instante, paro de andar, mas tento disfarçar meu desconforto. Sento-me no sofá e Fábio se acomoda no outro lado, pedindo uma pizza. Folgado. É claro que vão falar sobre Rebeca, ela é linda.
(...)
Chego cedo no hospital na segunda-feira, vou direto para o vestiário, visto meu uniforme e jaleco. Começo as visitas aos pacientes para saber como passaram o final de semana e dar alta para alguns deles.
— Olá, seu Paulo. - Cumprimento um senhor enquanto o examino. - Como foi a noite?
— Muito bem, estou pronto para ir para casa.
— Você vai, sim, mas não hoje. - Ele faz uma careta. - Desculpe.
Após terminar as visitas, vou até a cafeteria, pego um café e me sento em uma mesa, pego meu notebook e resolvo algumas coisas. Sempre gosto de anotar tudo em uma agenda que tenho nele. É bem mais prático.
Escuto algumas risadas e olho para a mesa ao lado, Matheus e Rebeca. Ela está sentada de costas para mim, mas parecia bem feliz com alguma coisa que o melhor amigo estava falando.
No começo da nossa relação, eu até cheguei a sentir ciúmes do Matheus, mas aí percebi que o que existia entre eles, era apenas uma amizade linda e ambos se tratavam como irmãos.
— Vai babar se continuar olhando assim. – Camila senta na cadeira na minha frente. – Não acredito que até você está impressionado com a pediatrinha.
Olho para ela e franzo o cenho.
— E qual o problema?
— Nenhum. Só estou dizendo. – dar de ombros.
Camila é uma mineira, ela entrou no hospital tem um ano e meio. Trabalha com o trauma, e raramente eu falava com ela. Somente quando íamos para algum bar ou quando o hospital dava alguma festa.
— Acho que o Matheus gosta dela... – aponta com o queixo. – Eles não se desgrudam.
— Ele é o melhor amigo dela. – guardo meu notebook na bolsa. – Com licença.
Me levanto de lá rapidamente, tô cansado dessa conversa de todo mundo tá falando da Rebeca. Conheço muitos médicos aqui dentro desse hospital, sei o quanto são otários e cafajestes em questão de mulheres.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Valdirene Vieira
Amando o enredo. Os personagens são lindos
2024-04-19
13
Valdijane Souza
Muito bom o andamento da história
2024-05-10
0
Maria Aparecida Nascimento
Está com ciúmes da Rebeca
2024-05-06
0