Capítulo 09

...Nem que seja além dessa vida...

...Eu vou estar...

...Te esperando......

...— Luan Santana...

...…...

> Thomas.

Eu tinha total conhecimento dela, o suficiente para perceber que ela tinha chorado. Rebeca raramente derramava chorava - pelo menos não durante nosso relacionamento.– Ela sempre guardava seus sentimentos e fingia não se importar.

É complicado esquecer alguém que fez parte da nossa vida, mas como posso esquecer alguém que continua permeando meus pensamentos, mesmo após tantos anos? Não acredito em amor à primeira vista, no entanto, quando me deparei com Rebeca há 11 anos, tornei-me perdidamente apaixonado.

Saio do devaneio ao ouvir Connie pedindo comida, encaro sua expressão sonolenta e me levanto para ir até a cozinha. Encho sua tigela com ração. A campainha toca e, ao atender, deparo-me com Fábio à porta, exibindo um sorriso de inocente. Dou espaço para que entre.

— Sabia que estaria sozinho e não animado para sair, por isso vim até aqui. - disse entrando. - E aí, como vai você? - ele faz um afago na cabeça de Connie, que veio cumprimentá-lo.

— Tudo tranquilo. – respondo.

— E aí, como tem sido trabalhar no mesmo local que sua ex?

— Normal.

 — E ela e o Matt?

— Ele é o melhor amigo dela, cara. - Faço um gesto de desinteresse ao me aproximar da geladeira. - E já não temos mais nada juntos.

—Você diz isso. - Ele pega uma garrafa de água e bebe. - O pessoal anda comentando que ela é gostosa e atraente

Por um instante, paro de andar, mas tento disfarçar meu desconforto. Sento-me no sofá e Fábio se acomoda no outro lado, pedindo uma pizza. Folgado. É claro que vão falar sobre Rebeca, ela é linda.

(...)

Chego cedo no hospital na segunda-feira, vou direto para o vestiário, visto meu uniforme e jaleco. Começo as visitas aos pacientes para saber como passaram o final de semana e dar alta para alguns deles.

 — Olá, seu Paulo. - Cumprimento um senhor enquanto o examino. - Como foi a noite?

— Muito bem, estou pronto para ir para casa.

— Você vai, sim, mas não hoje. - Ele faz uma careta. - Desculpe.

Após terminar as visitas, vou até a cafeteria, pego um café e me sento em uma mesa, pego meu notebook e resolvo algumas coisas. Sempre gosto de anotar tudo em uma agenda que tenho nele. É bem mais prático.

Escuto algumas risadas e olho para a mesa ao lado, Matheus e Rebeca. Ela está sentada de costas para mim, mas parecia bem feliz com alguma coisa que o melhor amigo estava falando.

No começo da nossa relação, eu até cheguei a sentir ciúmes do Matheus, mas aí percebi que o que existia entre eles, era apenas uma amizade linda e ambos se tratavam como irmãos.

— Vai babar se continuar olhando assim. – Camila senta na cadeira na minha frente. – Não acredito que até você está impressionado com a pediatrinha.

Olho para ela e franzo o cenho.

— E qual o problema?

— Nenhum. Só estou dizendo. – dar de ombros.

Camila é uma mineira, ela entrou no hospital tem um ano e meio. Trabalha com o trauma, e raramente eu falava com ela. Somente quando íamos para algum bar ou quando o hospital dava alguma festa.

— Acho que o Matheus gosta dela... – aponta com o queixo. – Eles não se desgrudam.

— Ele é o melhor amigo dela. – guardo meu notebook na bolsa. – Com licença.

Me levanto de lá rapidamente, tô cansado dessa conversa de todo mundo tá falando da Rebeca. Conheço muitos médicos aqui dentro desse hospital, sei o quanto são otários e cafajestes em questão de mulheres.

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Comments

Valdirene Vieira

Valdirene Vieira

Amando o enredo. Os personagens são lindos

2024-04-19

13

Valdijane Souza

Valdijane Souza

Muito bom o andamento da história

2024-05-10

0

Maria Aparecida Nascimento

Maria Aparecida Nascimento

Está com ciúmes da Rebeca

2024-05-06

0

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