Capítulo 08

...E se hoje pudesse ser quando eu te encontro...

...O começo de tudo......

...— ANAVITÓRIA...

...…...

^^^𝐇𝐚́ 𝟏𝟏 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐚𝐭𝐫𝐚́𝐬^^^

A jovem de 18 anos sussurrava suavemente as palavras "eu consegui" em frente ao imponente prédio da USP, ela estava realizando seus sonhos. Pouco antes, sua mãe havia enviado uma mensagem expressando a felicidade por sua única filha.

Rebeca encarava o prédio à sua frente como se fosse uma criança que acabara de descobrir os encantos dos parques da Disney. Ela sorria de forma ingênua, sem se importar se alguém a considerasse uma tola.

— Vejo que está muito feliz - comentou um rapaz loiro, aparentando ter a mesma idade, ao seu lado.

— Sim, estou! Muito, na verdade.

— Você é caloura?

— Sim, e você?

— Também sou calouro. Meu nome é Matheus - ele estendeu a mão para ela - Mas pode me chamar de Matt, se quiser.

— Me chamo Rebeca, mas pode me chamar de Beca, se quiser. – Enfatizou a última palavra sorrindo.

— Okay, Beca. – ele piscou.

A garota de cabelos castanhos claros sorriu, Matt parecia ser uma pessoa agradável. Ele foi a primeira pessoa a lhe dirigir a palavra naquela manhã. Logo, descobriram que cursariam medicina juntos.

Entraram na sala conversando e sentaram-se próximos um do outro. Rebeca sentou-se observando, enquanto suas íris verdes vagavam pela sala. Mas logo sentou-se observada.

Um garoto, relaxado em sua cadeira, encarava diretamente para ela e não desviou o olhar quando seus olhos se encontraram com os de Rebeca. Não era um olhar arrogante ou de deboche. Era um olhar de curiosidade. De encantamento.

Rebeca não se intimidou com o olhar dele, mas se assustou levemente quando o professor a repreendeu por não olhar para frente. Ele deu um pequeno sorriso, mostrando suas covinhas.

— Qual é o seu nome? – perguntou o professor.

— Ah... É... Rebeca. Rebeca Monteiro. –  respondeu ela.

— Certo, Rebeca. Muito prazer. Eu sou o professor Jorge. – falou com certa alegria. – Vejo que você gostou daquele rapaz ali.

Disse o professor, de meia-idade e sem nenhum pudor, sorrindo. As bochechas de Rebeca ficaram completamente vermelhas de vergonha.

— Rapaz? Você quer dizer o seu nome? – perguntou ele.

— Thomas França. –  respondeu.

— Oh! Temos um França em nossa turma!

O garoto revirou os olhos com a bajulação. Ele voltou a olhar em direção à Rebeca, que estava a alguns metros de distância.

(...)

Algumas semanas depois...

A chuva caía forte e intensa no campus da USP, passavam das 19:00, Rebeca aguardava a chuva cessar abraçando a si mesma, tremendo de frio e lamentando por não ter trazido uma jaqueta. De repente, um guarda-chuva é posicionado sobre sua cabeça.

Ela levanta o olhar e se depara com a pessoa ao seu lado, Thomas.

— Posso dar carona, se quiser. – ele diz  mantendo o olhar firme à frente.

— Não, obrigada. – respondeu Rebeca.

— Qual é, não sou nenhum maníaco, morena, e você sabe disso. –  insiste ele.

— Não é isso, só achei estranho você me oferecer logo uma carona. Você parece me odiar. –  ela pondera.

— Eu não te odeio. Por que pensa isso? –  questiona Thomas.

— Você não para de me olhar. – confessa.

—  Te olho porque você é linda e é praticamente impossível não olhar para você. –  responde Thomas, num tom calmo, encarando  uma Rebeca confusa.  — Aceita a carona ou não? – ele pergunta novamente.

— Ok, eu vou aceitar porque quero ir para casa, mas não pense que estou te dando mole. –  retruca ela.

— Relaxa, morena.

Eles seguem até o carro, onde ele abre a porta para ela. Já dentro do veículo, ela passa o endereço do prédio. Trocaram números e se falaram durante alguns meses.

…

Aí, GENTE!!!🥺

Gostaram de conhecer um pouco sobre o começo da história do Thomas e da Rebeca?

Tudo começou na USP...

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