Conhecendo Salvador

A nossa lua de mel durou quase dez dias. Aproveitamos que eu estava de licença e Paulo era autônomo e curtimos um pouco a mais. Cada dia Paulo me levava a uma praia diferente. Cada uma mais linda que a outra. A tardinha, a gente ia passear pela cidade.

Eu amei cada praia, especialmente a de Stella Maris, deserta e assim pude experimentar fazer amor no mar. E é muito bom. Os nossos passeios não me cansavam nunca.O primeiro lugar que fui é o famoso Pelourinho.

Cartão postal da cidade, o Pelourinho é o destino certo para quem quer conhecer os principais pontos turísticos de Salvador.

O bairro mais antigo da cidade fica no Centro Histórico de Salvador, tombado pela Unesco e, desde 1985, tido como um Patrimônio da Humanidade.

A região é um grande mergulho na história e cultura do Brasil e tem diversos bares e restaurantes com a culinária local, além de casas de artigos artesanais típicos para aproveitar tanto de dia como de noite.

O Pelourinho também abriga um conjunto arquitetônico colonial bem preservado, com suas ruas estreitas e casarões coloridos que chamam a atenção.( Wilquiepedie).

Uma das igrejas mais conhecidas e tradicionais de Salvador é a do Nosso Senhor do Bonfim. Sua arquitetura é marcada pelo estilo neoclássico e sua fachada em rococó.

Sua construção é datada do período colonial, entre os anos de 1746 e 1754. O objetivo dela era abrigar a imagem do Senhor Bom Jesus do Bonfim, trazida de Lisboa.

Quem visita pela primeira vez, aproveita para amarrar uma fitinha do senhor do Bonfim no gradil colorido da Igreja — uma tradição secular tanto para os baianos como para os turistas. ( Wilquiepedie)

Para quem quer chegar na parte baixa da Cidade, o Elevador Lacerda é a forma de fazer isso.

Inaugurado em 1873, foi o primeiro elevador urbano do mundo. Ele foi projetado pelo engenheiro baiano Antônio de Lacerda, daí o seu nome.

O objetivo principal do elevador era conectar a cidade alta, onde se encontrava o bairro de Cidade Alta (atual bairro do Pelourinho), com a cidade baixa, onde ficavam o porto e o comércio local.

Além de ser um meio de transporte prático para os moradores locais e visitantes que desejam se deslocar, é um importante símbolo cultural e histórico de Salvador.

Ele representa uma época em que a cidade passava por uma intensa modernização urbana e marcou um avanço tecnológico significativo.

(Wilquiepedie)

No bairro do Pelourinho, não há como não falar da Fundação Casa de Jorge Amado, um espaço totalmente dedicado a preservar e homenagear a vida e obra do escritor baiano.

A fundação tem uma exposição permanente sobre a vida de Jorge Amado — são mais de 250.000 materiais que contam a sua história. Lá também tem o Café Teatro Zélia Gattai (em homenagem a sua esposa), um ponto do museu para desfrutar da gastronomia local.

Além de ser um ponto de referência cultural de Salvador, ela oferece cursos, seminários, oficinas, lançamentos e outras atividades.

O destaque vai para a FLIPELÔ (Feira Literária Internacional do Pelourinho), um dos maiores eventos literários da Bahia, que também se dá nesse local.

(Wilquiepedie)

O Solar do Unhão, também conhecido como Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) é um dos lugares turísticos de Salvador muito procurado pelos visitantes.

Situado na região da Baía de Todos os Santos, ele tem como característica marcante o seu jardim, que oferece uma vista deslumbrante.

Construído no século 17, foi originalmente uma casa-grande de uma antiga fazenda de cana-de-açúcar.

Posteriormente, no século 20, foi restaurado e adaptado para abrigar o Museu de Arte Moderna da Bahia, inaugurado em 1960.

O museu exibe uma importante coleção de arte moderna e contemporânea, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e instalações de artistas brasileiros e internacionais.

As exposições do MAM-BA são rotativas, o que significa que os visitantes podem apreciar diferentes obras de arte em cada visita. (Wilquiepedie)

Na parte baixa da cidade de Salvador, um dos lugares turísticos conhecidos é o Mercado Modelo, na Praça Cairu, Comércio. É um dos principais centros de comércio e cultura da região.

Originalmente, ele foi construído no século 19 como uma casa de câmbio para armazenar mercadorias trazidas pelos navios que atracavam no porto de Salvador.

Depois , foi convertido em um mercado e, ao longo dos anos, passou por várias reformas e modificações.

Possui um interior espaçoso, com corredores repletos de lojas e barracas que vendem uma grande variedade de produtos, além de abrigar restaurantes históricos com pratos típicos da culinária baiana, como acarajé, abará e moqueca de peixe.

Devido à sua localização privilegiada, o Mercado Modelo também oferece uma bela vista da Baía de Todos os Santos. É possível apreciar o pôr do sol e desfrutar de uma atmosfera vibrante.( Wilquiepedie)

O prédio é um dos principais atrativos do Museu, cujo acervo permite ao visitante contato direto com a secular história do País através da mostra de utensílios domésticos, moedas, selos, botijas e materiais bélicos que ficaram submersos por cerca de 300 anos e que acabaram vindo à tona, resgatados do sítio arqueológico. ( Wilquiepedie)

Único manancial natural de Salvador tombado pelo IPHAN, o Dique do Tororó é um dos cartões-postais mais populares entre moradores e turistas. Quem visita o local aproveita uma ampla área arborizada com diversas opções de lazer, gastronomia com vista privilegiada e ainda se encanta com as lindas esculturas que representam os Orixás do Candomblé, assinadas pelo artista plástico Tati Moreno, conferindo uma beleza especial ao Dique especialmente no início da noite, quando a iluminação da lagoa é acionada.(Wilquiepedie).

Eu queria ficar mais um mês para conhecer tantos lugares lindos. Mas registrei cada momento é no último dia decidimos por passar na praia do Forte. Resolvemos experimentar peixe do dia e mesmo eu não gostando muito de peixe, apreciei.

Paulo se fartava de camarões, mas eu não gosto e ele ficava me implicando.

_ Não sei como pode detestar camarão. Acho que é a única pessoa do mundo que não gosta de camarão.

_ Não sou. A minha mãe também não gosta. E gosto não se discute.

_ É verdade. Mas você também não gostou de acarajé.

_ Não gostei. E não é porque não conheço. Lá em Belo Horizonte tem a feira aos domingos e eu provei. Nunca mais.

_ Você deve ter pedido acarajé quente.

_ Claro. Se quente eu não gostei, imagine o frio.

_ Não, meu bem. Para os baianos e também quem sabe fazer, acarajé quente significa com pimenta forte.

_ Então é por isso que passei mal. Eu tenho alergia a pimenta. Só posso com a pimenta biquinho.

_ Essa é boa, mas fraca. Vamos nadar agora. Quero te sentir molhada nos meus braços.

_ Demorou.

Ficamos até o entardecer para nos despedimos. Iríamos viajar bem cedo. Foi inesquecível essa viagem. Paulo prometeu que voltaríamos mais vezes.

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