Capítulo 18

  Dirijo até em casa, pois preciso pegar algumas roupas para uma breve viagem, e no caminho vou agilizando tudo por telefone.

  Estaciono meu carro na garagem de casa e quando saio do carro, olho em volta... meu avô tinha orgulho desse lugar, e faço questão de deixar tudo exatamente como ele gostava.

  Entro em casa e encontro dona Aretha Wardley de pé, podando algumas folhas de um arranjo de flores.

  — Ethan, meu filho! Quer me matar de preocupação?! Onde estava, menino?

  — Bom dia para você também, mãe! — me aproximo e beijo sua testa, vendo ela tirar os óculos e me observar com atenção, depois de beijar meu rosto.

  — Aconteceu alguma coisa! — é uma afirmação, e não vou negar, estão acontecendo muitas coisa dentro de mim.

  — Sim, mas a senhora vai saber hoje a noite. — caminho em direção às escadas. — Nós temos um jantar... na casa da minha namorada.

  — O... O que?! Ethan! Meu filho volte aqui! — sorrio de lado, sabendo que ela está apavorada nesse momento, e com a certeza de que largou a tesoura e as flores e está vindo atrás de mim.

  Continuo fingindo que não ouvi seus passos subindo as escadas e entro no meu quarto, vendo uma Aretha Wardley bem brava passar pela porta, instantes depois.

  — Ethan, como assim namorada? E como iremos jantar assim? Sem ao menos nos preparar? — resmunga.

  — Mãe, eu conheci uma pessoa legal, resolvi pedi-la em namoro, e a mãe dela me convidou para jantar e a minha garota faz questão da sua presença, só isso. — dou de ombros.

  — E você fala isso com a naturalidade de quem pede um café na padaria?! — bate as mãos nas laterais do próprio corpo. — Meu filho, temos que nos preparar, comprar um presente para levar, ou...

  — Leve sua barriga disposta a ser alimentada e seja simpática como sempre, acho que isso já está de bom tamanho.

  — Ethan Wardley, não foi essa a educação que te dei, menino! — reclama, torcendo a boca. — Onde já se viu? Chegar na casa da namorada, no primeiro dia, de mãos puras?! Não, isso é inadmissível!

  — E a senhora pretende levar o que? Posso saber? — cruzo os braços.

  — Eu não sei... mas me diga, se está mesmo levando a sério esse namoro, e por favor, não me diga que é uma dessas peguetes que você fica por apenas uma noite, porque se for...

  — Ela é especial, mãe. — afirmo e vejo minha mãe me olhar atentamente, antes de abrir um sorriso e vir me abraçar, beijando minha bochecha, antes se segurar meu rosto entre as mãos e me olhar de forma carinhosa.

  — Essa moça deve ser mesmo especial, porque seus olhos estão brilhando meu filho.

  — Eu gosto dela... — suspiro. — Apesar de me achar muito velho para uma menina de 21 anos, admito.

  — Bom, a diferença de idade é grande, mas se há um sentimento crescendo,então acho que podem superar isso juntos. — ela sorri, carinhosa.

  — A senhora vai gostar dela...

  — Se faz meu menino feliz e é uma boa moça, não tenho dúvidas de que vou gostar! — afirma. — Mas se vai pedi-la em namoro oficialmente, tem que ter as alianças de compromisso. Onde estão? — questiona.

  Ah, que merda! Ainda tem isso?!

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