Capítulo 8

Dandara

  Me despeço do Ethan, com uma vontade estranha de abraçá-lo e continuar ali, sentindo seu perfume, seu toque na minha mão. Foi inexplicável as sensações que eu senti com cada pequeno e singelo toque, seja no meu tornozelo, que realmente está dolorido, ou na minha mão.. mexeu demais comigo, não posso negar.

  Ainda que eu esteja assustada com a intensidade de tudo, preciso entender que já fazem anos, eu estou diferente, tudo mudou, e eu posso me permitir. Então com esse pensamento, já de volta à tenda, pego minha bolsa e tiro meu telefone, olhando minha mão, com um sorriso bobo nos lábio, enquanto anoto o número do Sr. cheiroso, salvando exatamente com esse nome, na minha lista de contatos... isso é tão quinta série, Dandara!

  Mas o nome faz juz ao dono, afinal, cheiro minha mão e o perfume que aguça meus sentidos e faz cada célula do meu corpo se agitar, me invade e parece tomar toda a minha mente, numa onda gostosa e viciante.

  Sorrio feio uma menininha boba, sacudindo a cabeça levemente, mas vejo uma movimentação estranha, a Isis correndo com a bolsa de primeiros socorros dela, parecendo agitada.

  Pego minha bolsa e vou até ela, preocupada.

  — Amiga, o que houve? — seguro sua mão, que está gelada, o que me deixa em alerta. — Isy, me fala! — ela parece preocupada e muito nervosa também.

  — Não sei ainda, mas tem a ver com a minha sogra e a Judy, sobrinha do Brad. — sua voz está carregada de nervosismo. — Eu preciso ir ajudar!

  — Quer que eu vá com vocês? — seguro sua mão com mais força, dando apoio.

  — Não amiga... quer dizer, não agora. Mas por favor, ajude meus pais, não quero que...

  — Ninguém vai saber! — sorrio. — Avise a quem deve avisar e leve quem precisar, porque pela cara do seu marido e pelo seu estado, o assunto deve ser sério e merece urgência. — ela só assente. — Vou ajudar sua mãe com tudo, vamos inventar alguma coisa, e felizmente a maioria dos convidados é da família, então vai ser fácil.

  — Dara... estou com medo pelo Brad. — ela confessa e eu a abraço, já imaginando a gravidade da situação.

  — Não pensa nisso, só fica ao lado dele, porque você é o ponto de equilíbrio dele, mas precisa estar bem também, entendeu? — ela assente, me apertando mais forte. — Estou aqui, e tudo vai ficar bem, você vai ver. — me afasto, ainda segurando seus ombros, e dou um beijo no rosto dela. — Agora vai, e me liga assim que puder.

  — Te amo, amiga. — ela me dá um beijo e sai, entrando no carro com o marido, e logo atrás saem da mansão o tio Nicollas, e mais alguns da família Donartti... pelo visto a coisa é séria.

  — Dara! — viro meu rosto e vejo o tio Nicollas se aproximar, e mesmo no meio de toda essa tensão, seu olhar é carinhoso comigo. — Obrigada por dar apoio à Isy.

  — Somos praticamente irmãs, tio. — sorrio.

  — Eu sei, e agradeço aos céus por isso. — ele afaga meus cabelos. — Vai ficar? — ele olha na direção da entrada.

  — Vou ajudar a tia Mari, mas se precisar, vou estar com o telefone o tempo todo.

  — Pode deixar! — ele suspira. — Preciso ir, mas se as mulheres forem sair, como imagino que irão em breve, quero você junto com elas, acho que vai gostar de brincar de cabeleireira. — ele dá um leve sorriso e eu franzo a testa, confusa. — Em breve você vai entender, minha filha. — recebo um beijo na testa, antes dele entrar no carro e sair, junto com os outros.

 Me viro novamente, para ir em direção a tenda e ajudar a explicar o sumisso dos noivos, mas assim que passo ao lado de um arbusto, sinto alguém segurar meu braço, me fazendo olhar bruscamente, encontrar o olhar preocupado e carinhoso do Ethan, enquanto ele praticamente me carrega para a lateral da mansão, num ponto um pouco mais escuro.

  — Ethan! — digo, pondo a mão no peito. — Quer me matar de susto, homem?! Como chega assim, do nada e me puxa pro escurinho?! — resmungo.

  — Eu preciso sair, só queria te avisar, porque não sei a que horas vou estar livre para te ligar. — fala, tentando parecer calmo, mas ainda que esteja sério, acho fofo a preocupação dele.

  — Se preocupou em me avisar? Que fofo. — falo, toda derretida, e ele continua sério, mas meneia a cabeça levemente, e entendo que talvez ele não goste de ser chamado de fofo. — Bom, se não vai me ligar por motivos de trabalho, eu entendo. Mas pode me ligar amanhã? — o encaro, observando ele sorrir levemente dessa vez.

  — Vou te ligar! — Sua mão segura minha cintura, deslizando sobre o vestido, e com apenas um passo, sei peito largo está colado ao meu corpo, me fazendo estremecer, visivelmente mexida com sua aproximação, e para piorar tudo, ergo meu rosto e encontro um olhar intenso, voraz, que parece me incendiar imediatamente e a única coisa em que consigo pensar é no quanto quero que ele me beije!

  — Doutora... eu deveria ir com calma, eu realmente deveria.. E eu estou no trabalho...

  Deslizo minha mão sobre seu terno, sentindo sob minha palma a firmeza do peitoral largo, e minha mente viaja ao imaginar tantas coisas impróprias nesse momento, que eu mordo meu próprio lábio, tentando conter um arfar incontrolável, só de sentir esse toque sutil, esse perfume gostoso.

  — Ethan... — fecho os olhos, quando ele inclina o rosto na minha direção, apertando o braço ao redor do meu corpo, numa pegada firme, que me causa um tremor e um arrepio que percorre minha espinha.

  — Eu só preciso de uma confirmação sua... — os lábios firmes roçam nos meus, o hálito com cheiro de menta toca meu rosto, a mão firme e quente passeia no meu pescoço, até os dedos longos afundarem nos meus cabelos, deslizando pela minha nuca durante o trajeto, e cada defesa minha cai nesse momento, porque eu só preciso desse beijo, dele... eu preciso dele!

  — Só... me beija! — quase imploro, entreabrindo meus lábios, e sentindo a deliciosa sensação da sua língua quente e ávida invadindo minha boca sem cerimônia, com posse, com firmeza, com desejo!

  Sua boca devora a minha, braço me envolve e sua mão puxa levemente meus cabelos, me moldando da forma que ele deseja. Minhas mãos se apoiam em seus ombros,pois eu já não consigo me manter de pé... não com a língua quente se enroscando na minha, sugando, dominante, não com meu corpo ardendo por sentir seu calor, minha nossa como ele sabe o que fazer, como fazer e quando fazer!

  Meu corpo estará entregue, rendido. Minha boca parece formigar, assim como minha pele, e é inevitável um gemido baixinho escapar da minha garganta, seguido de um quase rosnado do Ethan, que parece querer se fundir ao meu corpo, mas sem ser invasivo ou tocar lugares ousados, porém o aperto ao redor do meu corpo só aumenta, e a forma como sua língua domina a minha, chega a ser indecente.

  Totalmente sem ar, com as pernas bambas e o corpo trêmulo, me afasto dele, lentamente, enquanto sua testa encosta na minha, e ele roça o nariz no meu, diminuindo o aperto na minha nuca, mas voltando a tocar meu pescoço, enquanto seu polegar desliza na minha bochecha.

  Apoio minhas mãos em seus braços, ainda buscando apoio, mas ele não me solta, me sustentando, então aproveito mais do seu abraço, do seu carinho e do calor gostoso que ele tem.

  — Me desculpa por não esperar, ou ir com calma, mas eu precisava disso. — sua voz é mais rouca, baixa.

  — Eu quis, tanto quanto você. — consigo dizer, controlando minha respiração, mas ainda sentindo meu coração bater a milhões, totalmente descompassado, parecendo querer sair de mim e mostrar a esse homem a intensidade das emoções que esse beijo me causou. — Mas agora temos um problema.

《••••》

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Comments

Marilia Carvalho Lima

Marilia Carvalho Lima

👏👏❤️❤️

2025-03-05

0

Marcia Camargo

Marcia Camargo

,vai que é seu kkkkkk

2024-10-28

1

Raimunda Neves

Raimunda Neves

Nossa o Ethan tomou coragem e tomou posse da doutora Dandara /Drool//Drool//Drool//Drool/

2024-06-14

2

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