Capítulo 17

Ethan

  Estaciono meu carro em frente ao hospital, tirando meu cinto de segurança e logo fazendo o mesmo com a minha Doutora bonequinha, que sorri do jeitinho que me deixa mais apegado a ela.

  — Hoje não será meu turno fazendo a segurança da Maria Isis, mas o Damon vai ficar no meu lugar e vai cuidar de você também.

  — Hum... — ela torce a boca levemente, assentindo devagar.

  — O que foi? — franzo a testa.

  — Acho que prefiro o senhor muralha mal humorada cuidando de mim, sabe? — dá um sorrisinho debochado... essa menina!

  — Vou cuidar muito bem dessa sua boca gostosa mais tarde, minha Doutora bonequinha. — puxo ela mais para perto, segurando sua cintura e meus dedos já se enroscam nos cachos volumosos e macios, fazendo a minha morena fechar os olhos e entreabrir os lábios rosados.

  — Isso é um convite, amor? — roço nossos lábios, me contendo e ouvindo ela arfar.

  — É, e eu espero que aceite. — diz, com a voz arrastada.

  — Nem sou louco de recusar uma oferta tão deliciosa!

  Tomo sua boca, sem muita delicadeza, minha língua buscando a dela e a dominando sem demora. Meus dedos se afundam na cintura fina e delicada, enquanto o aperto em sua nuca se intensifica, e as mãos pequenas e curiosas deslizam pelos músculo do meu braço e peitoral, explorando meu corpo devagar, me fazendo sentir a pele queimar, mesmo que o toque seja sobre o tecido da minha camisa social branca, mas ainda assim o aperto tímido em cada músculo meu, me faz querer aprofundar esse beijo.

  Ela geme durante o beijo... put@ que par!u! Mordo seu lábio levemente, deixando um rosnado rouco escapar da minha garganta, seguido de um aperto maior em sua cintura, que me deixa sentir a pele macia dela em meus dedos. Mas preciso parar, porque ela parece sem fôlego algum, então vou me afastando devagar, mas não solto sua nuca, e abro os olhos para observar a boca inchada, os olhos semiserrandos e minha morena puxar o ar com força, enchendo os pulmões novamente, ainda com as mãos apoiadas no meu peito.

  Os cabelos bagunçados e a blusa meio fora do lugar são um pequeno detalhe que tornam a visão ainda mais gostosa e interessante. E eu continuo olhando, admirando, até seus olhos castanhos se abrirem lentamente, e ela me dar um sorriso verdadeiro.

  — Acho que... vou querer que me traga... todos os dias. — a voz baixa é falha, devido a ofegancia.

  — E eu acho que não me importaria em roubar alguns beijos logo cedo. — sorrio de lado e dou mais um selinho nela. — Vai ficar bem mesmo? — meu lado protetor grita mais alto.

  — Vou sim. — ela afirma, fazendo carinho no meu rosto, e me permito fechar os olhos brevemente, aproveitando o calor da pele cheirosa e macia. — Nos vemos mais tarde, no jantar.

  — Ótimo! Mas tem certeza de que quer conhecer a minha mãe? Sabe, talvez seja muito para uma única noite... — pondero.

  — Ethan, se vamos fazer isso, uma hora ou outra eu vou precisar conhecê-la, então acho que um jantar para aproximar as famílias seria uma boa opção. — ela parece pensar. — Mas se não estiver confortável em me apresentar por enquanto, não tem problema, vemos uma outra oportunidade.

  — Não precisa esperar. — dou um selinho nela, segurando seu queixo com cuidado, e olhando em seus olhos. — Eu quero te apresentar, só não sei bem como funcionam essas coisas de pedir permissão aos pais para namorar, ou como me comportar e conter minha vontade de te beijar e tocar em você, porque não vou poder fazer isso na frente dos seus pais ou teremos um fiasco maior do que o nosso primeiro encontro. — ela sorri, mordendo o lábio levemente.

  — Prometo que vou manter minhas mãos curiosas bem longe desses seus músculo enormes e desse corpo cheiroso. — sorri de lado, mas continua nos meus braços, acariciando exatamente os meus músculos.

  — Isso vai ser uma tremenda tortura, amor. Como vou ficar sem suas mãos bobas? — finjo indignação.

  — Ethan! Eu não tenho mãos bobas! — resmunga, fazendo bico.

  — Sei, sei... — acabo rindo, porque ela emburradinha é linda pra cacete! Aliás, ela em todas as formas é linda. — E vai deixar a porta da sacada aberta para eu voltar de madrugada? — ergo minhas sobrancelhas, de modo sugestivo e ela fica vermelha, me dá um selinho, pega a bolsa e sai quase correndo do meu carro, sem nem me dar a chance de abrir a porta.

  Aí complica! Como eu vou ser cavalheiro desse jeito?! Meneio a cabeça, mas acabo rindo levemente, soltando o ar, enquanto a vejo entrar no hospital e mando mensagem para o Damon, para reforçar que fique de olho nela durante o plantão.

  Hoje designei mais dois seguranças de confiança para ficar de olho nela e na Maria Isis. As coisas estão calmas depois que pegamos o Joshua e suas cúmplices, mas não posso descuidar.

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