Capítulo 8: Conhecendo Yolanda Coleman

Yolanda...

Meu nome é Yolanda Brooks Coleman, tenho 70 anos, 1,50 de estatura, cabelos brancos devido a chegada da idade e olhos esverdeados.

Venho de uma família muito poderosa, onde eu era a dama da máfia. Contudo, nunca estive envolvida diretamente com a máfia. Apenas acompanhava meu marido há eventos e jantares.

Fui obrigada a me casar com 17 anos com um homem dez anos mais velho do que eu. Eu sonhava em ser uma mulher independente, conquistar o meu espaço dentro da empresa da família, mas meu pai, acreditou que o melhor, seria me casar para salvar a sua empresa da falência, pois nao foi capaz de gerenciar a empresa. Ele era um homem gananciosa, mas não sabia controlar os gastos, e nem gerenciar a empresa de forma correta.

Quando soube, que teria que me casar, fiquei apavorada, mas mesmo assim fiz o que meus pais mandaram. Contudo, Ramiro, era um mafioso frio e cruel, inicialmente tive muito medo dele, mas me surpreendeu e muito.

Em nenhum momento quis me obrigar a dormir com ele, nem mesmo que eu o beijasse, mas pediu que eu desse pelo menos uma chance a ele, que me conquistaria. A primeira prova, de que estava disposto a fazer eu me apaixonar por ele, foi permitir que eu continuasse estudando. No decorrer dos meses, foram muitos pontos ao seu favor e assumo que não fui a pessoas mais fácil do mundo, pois sempre fui geniosa.

Ele fazia de tudo por mim, até que um dia fui sequestrada por seus inimigos, vivi horas de terror que não gosto nem de lembrar. Ramiro me salvou daquele lugar e depois disso, resolvi me entregar ao sentimento que estava começando a sentir por ele, após tirar a minha virgindade, eu não consegui mais ficar longe dele. Passamos a nos conhecer melhor, ele me treinou, não para fazer parte da máfia, mas para aprender a me defender, caso alguém viesse a tentar algo contra mim. Nasceu um amor muito forte e intenso entre nós dois.

Em determinado momento, meu pai voltou a procurar Ramiro, em busca de dinheiro. Não deixei que ele emprestasse, mas como um bom marido, disse que emprestaria, com a condição de que eu me tornasse a nova diretora executiva. Fiquei eufórica, assumi a empresa do meu pai e nunca mais o deixei gastar mais do que podia, modéstia a parte, fui a melhor no que fazia.

Tivemos uma filha, a maior alegria de nossas vidas.

Ela cresceu rodeada de muito amor, mas mesmo assim, seu caráter era duvidoso para mim, em alguns aspectos. Errei muito, pois cresceu uma menina mimada, preconceituosa como os meus pais e sem escrúpulos quando quer algo.

Um determinado dia, fomos fazer uma viagem a Itália, Ravena tinha onze anos. Passavamos por uma rua deserta, quando vimos um garoto sendo agredido por uma quadrilha merreca de adolescentes.

Meu marido, mandou que parassem o carro e observou aquela briga por alguns minutos. Mesmo o menino estando sozinho, ainda bateu em alguns deles, mas eram muitos deles.

— Papai! Não vai ajudar o menino? — pergunta Ravena.

Meu marido desce do carro, pega a sua arma e efetua um disparo para o alto. Os garotos se afastam, deixando o menino inconsciente no chão.

Levamos ele para o hospital da fortaleza e cuidamos dele até que estivesse totalmente recuperado.

Tom, tinha 13 anos, era um menino com uma história de vida surpreendente. Mesmo com sua pouca idade, já havia sofrido muito e lutado muito para sobreviver nas ruas da Itália.

Tanto eu, como Ramiro, nos sensilizamos com sua história e pior..., nos apegamos aquele garoto de forma surpreendente. Meu esposo, convidou Tom, para morar conosco, o menino sempre foi muito prestativo, aos poucos foi se apegando a nós e éramos os únicos que ele demostrava carinho. Registramos Tom, como o nosso filho. Meu marido, já havia traçado seu caminho, pois percebeu que ele se apaixonou pela vida na mafia.

Mesmo eu sendo contra, iniciou o treinamento e nosso menino foi crescendo, se tornando um rapaz muito bonito, elegante, forte, destemido e capaz de fazer tudo pela família que o destino o presenteou.

No meio disso tudo, não havia percebido o interesse de Ravena por ele, até que ela apareceu grávida. Eu surtei, ela tinha apenas dezessete anos, foi quando Tom veio falar que o filho era dele e assumiria.

Mesmo meu marido tendo ficado possesso inicialmente, no fundo ficamos felizes, pois nossa filha não poderia ter encontrado homem melhor. Contudo, eu não sabia toda a história e com o passar dos anos, descobri a verdade por trás daquele casamento. Já era tarde, estavam casados com dois filhos, Tom se tornou o don da máfia e eles pareciam felizes.

Logo veio a morte do meu marido, com uma grave infermidade no pulmão e só me restou cuidar dos netos. Ele se foi, levando o meu coração com ele.

Fiz o que pude para que meus netos, não fossem como Ravena. No trajeto, Otávio acabou se perdendo, mas estou tentando ajudá-lo a se sobressair disso tudo com a cabeça erguida.

Leonardo, sempre foi um bom menino, e nossa luta será para que consiga a aceitação de sua mãe, para a mulher, que o seu coração escolheu. Eu e seu pai, sabemos de tudo sobre suas vidas. Fizemos uma ampla pesquisa e nos sensibilizamos com a história de Jayane, mas também admiramos sua força em lutar contra o racismo e preconceitos em geral. Tom, sabe o que é morar nas ruas, o quanto é duro, ainda mais quando se trata de uma mulher com duas crianças pequenas.

Agora estou no Brasil, vim para alguns jantares beneficientes.

Estou aproveitando, para procurar uma esposa para o meu neto, uma mãe para os meus bisnetos.

Não queria que ele metesse os pés pelas mãos, se casando com Amanda, uma aproveitadorazinha que sua mãe se aliou. Então fiz a sua cabeça, para encontrar alguém forte, honesta, generosa e amorosa.

Não tem sido fácil encontrar essa mulher, todas são gananciosas e desonestas.

Quando cheguei ao ateliê indicado como melhor dessa cidade, conheci uma garota linda, tanto quanto sua bondade. Desde que meu olhar racaíu sobre ela, senti que essa era a escolhida e meu coração não me enganou.

Eu não sou de carregar dinheiro em espécie, mas aqui estou fazendo isso, para testar as mulheres com quem encontro. Meu coração não se enganou com Ynara, além de ser bondosa é muito honesta.

Percebi que a sua colega de trabalho, queria me enganar, mas ela foi honesta e devolveu o dinheiro que passava. Pelas suas roupas surradas, percebi, ser uma garota pobre.