Não vou discutir com esse cabeça dura. Ele não compreenderia nada que eu argumentasse. Eu precisava resolver esse caso para me destacar em meu trabalho.
“Ele está certo, Hannah. Não aceitarei mais intimidade com aquele idiota. Meus pelos ficam todos arrepiados quando ele nos toca, e tenho vontade de arrancar seu pescoço quando ele nos beija.” — Minha loba argumentou.
Será mesmo que eu estava lutando contra os instintos de minha loba? Sempre assumi a liderança em tudo, tentando fazer com que ela se sentisse mais segura. Buscando que nos tornássemos fortes, acabei não percebendo que talvez não a estivesse considerando.
“Prometo que esse será o último trabalho que aceito fazer, onde precise me envolvendo com alguém. Não aprofundarei minha relação com aquele idiota se você não se sente bem com isso.” — Minha loba ergueu suas orelhas, como se estivesse tentando verificar se escutou bem. — “Não quero te ver triste, sua boba.” — Ela abanou o rabo para mim.
— Isso é tudo que você descobriu, reitor Taylor? Poderia me fornecer a lista?
— Meu beta descobriu também o motivo de estarmos enfrentando tantas invasões em nosso território. — Olhei para ele intrigada e bastante curiosa. — Pelo que ele descobriu, onde é nossa alcateia, já existiu uma fazenda que possuía uma plantação de acônito, no entanto, era chamada de alfavaca, e que a terra era fertilizada com essa finalidade.
— Como eles conseguiram ter acesso a essa informação? Sua alcateia opera nesse local há muito tempo, então isso só pode ter acontecido antes dela. — Ele me olhou intrigado, presumi que estava questionando como eu sabia dessa informação, mas fiz minha lição de casa, alfa.
— Não sei como eles tiveram conhecimento dessa informação, pois ela é anterior até mesmo à formação da minha alcateia, mas jamais terão acesso àquelas terras.
— Eu poderia conhecer o local? — Percebi que ele me olhou de maneira estranha. Até eu me acharia estranha se fosse ele. Minha loba ficou em expectativa.
— Você quer conhecer minha alcateia?
— Não exatamente. Eu quero conhecer o local, se não houver problemas, claro.
— Não terá problema algum. — Ele falou animado, com um sorriso no rosto, e senti minha loba ronronar. Isso me deu ainda mais certeza de que eu não estava atenta às necessidades de minha loba.
Sempre tentei ser forte e demonstrar nossa capacidade. No entanto, não percebi que isso estava tornando minha loba fraca. Sei que ela pode ser apenas ômega, mas notei que a estava reduzindo ainda mais. Aquilo me fez ficar triste, e ela percebeu meu estado.
“O que houve? Você não ficou feliz por ele permitir?”
“Não é isso, sua boba. Me perdoa por não dar voz a você antes. Não foi minha intenção.”
“Eu sei que você estava tentando nos deixar forte.”
“Mas isso não deve significar submeter você às minhas vontades. Nem eu aceito ser submetida a algo que não quero, então quando isso acontecer, rosne até quase me enlouquecer.” — Ela me olhou ainda mais surpresa.
— Está tudo bem? Você está bem? — Aquele truculento perguntou, preocupado.
— Perdão, estava distraída, trocando algumas informações com minha loba. Quando podemos conhecer o local?
— Quando você quiser. No dia que sentir vontade.
— O que acha de agora? — Ele me olhou surpreso, como se não acreditasse muito em minhas palavras. — Você está ocupado?
— Não, não. Podemos ir. Vamos. — Ele falou se levanto de sua cadeira, todo animado. Que ele não crie ilusões.
A viagem foi feita em silêncio, mas observei que ele me olhava disfarçadamente. Isso me fazia ter vontade de sorrir da cara idiota dele. Eu queria apenas ter uma ideia do local e do que havia próximo. Esses caras não teriam tanto trabalho de criar um plantio daquele especificado nas documentações da polícia florestal, sem ter outro local para armazenamento e preparo das drogas.
Apesar de algumas substâncias serem sintetizadas, a folha era um material quase cru, de acordo com a informação da perícia que estudou o entorpecente. Assim que chegamos à sua alcateia, fiquei surpresa. Aquilo parecia mais uma cidade. Uma pequena praça central, com várias flores plantadas ao redor dela, e um chafariz. Observei um pequeno parque onde várias crianças brincavam alegremente.
Enquanto ele continuava dirigindo, pude observar várias outras coisas, como: uma oficina enorme, um pomar, além de uma horta, berçário, e até um pequeno hospital. Mas o que mais me surpreendeu foi uma estufa, onde descobrir o que cultivavam morangos ali. Eles eram muito organizados, e se podia encontrar de tudo. Acreditava ser o local onde todo lobo sonhava morar. Minha alcateia era completamente diferente de tudo aquilo. Eles priorizavam quem tinha mais posse, e os demais eram obrigados a servi-los.
Devido a isso, na primeira oportunidade, eu saí de lá. Claro que tive que obter a autorização do meu alfa e precisava voltar até lá algumas vezes ao ano. Mas cansei de ser humilhada. Pelo menos agora não sou mais tratada como a pequena ômega. Com a posição que ocupo na PF, conquistei o respeito de muitos.
Mason parou o carro em um pequeno retorno e desceu do veículo. O local estava completamente deserto. Desci e olhei para ele sem entender direito.
— Precisaremos entrar na mata. Vamos ter que nos transformar. Não tem como chegar lá sem ser como lobos. — Ele disse, começando a retirar suas roupas.
Caramba! Aquele homem realmente tinha um corpo e tanto. Fiquei o observando por um momento e quase babei. Ele me olhou com um sorriso no rosto, de maneira descarada, quando percebeu que eu o observava. No entanto, eu também sabia jogar aquele jogo e nunca tive problema com nudez.
Ele já havia visto as partes mais íntimas do meu corpo. Lembrar disso me fez começar a ficar excitada, e eu me repreendi por isso. Ele podia farejar minha excitação, e eu não queria que pensasse que eu estava assim por ele, apesar de ser a verdade. Fiquei de costas para ele, segurei a bainha de meu vestido e o puxei para cima, ficando apenas com uma calcinha fio dental minúscula.
Percebi sua respiração ficando audível. Apostava que se eu me virasse, ele estaria babando. Sentia informar, meu companheiro, que esse era um jogo que dois sabiam jogar. Coloquei meu vestido sobre o carro, ainda de costas para ele, e segurei as laterais da calcinha com minhas mãos, abaixando lentamente. No entanto, continuei com o quadril na mesma posição e abaixei apenas o tronco, proporcionando uma visão e tanto a ele. Virei um pouco meu rosto e pude observá-lo me admirando com a boca meio aberta.
— Acredito que se não fechar a boca, vai entrar mosca. — Falei, e naquele momento, ele pareceu despertar e soltou um pequeno rosnado, transformando-se.
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Atualizado até capítulo 93
Comments
Josely Faria
ela tá se achando vai acabar quebrando a cara
2024-12-04
0
Ana Lúcia De Oliveira
a fome com a vontade de comer 😜
2024-10-19
0
Maria Nice Grudgen
Kkkkk esses dois são demais.
2024-10-13
0