Capítulo 11

Todos naquela sala viraram seus olhos para mim. Por que aquele idiota tinha que me deixar tão constrangida na frente de todos? Tinha certeza de que não havia nada na secretaria que eu precisasse resolver, e sim na reitoria. Se ele agisse dessa forma com constância, todos começariam a desconfiar que existia algo errado. Assim que passei pela porta, a Sra. Lena me explicou a situação.

— O Alfa Taylor pediu que eu a convocasse até a sala dele, mas que não deixasse os demais da sua sala saberem que era ele que a estava convocando.

— Ele adiantou o assunto, Sra. Renata? — Perguntei, sondando aquela senhora.

— Não, menina. Fiquei até sem entender, mas não queria questionar o reitor. Só tome cuidado, porque o humor dele está péssimo.

— E tem algum dia que ele esteja de bom humor? — Ela olhou para mim, e vi um pequeno sorriso brincar em seu rosto.

Antes que eu pudesse bater à sua porta, escutei a mesma se abrindo. Ele me encarou por um minuto e em seguida mandou que eu entrasse. Assim que o fiz, me dirigi até sua mesa e esperei que ele sentasse, mas ele simplesmente encostou o corpo nas minhas costas e suas mãos fizeram uma barreira ao lado do meu corpo, me deixando presa entre ele e sua mesa.

— O que você acha que está fazendo permitindo que aquele idiota te toque daquela maneira? — Ele perguntou com raiva contida.

— Estou apenas cumprindo meu trabalho. Esqueceu que sou uma agente em campo? — Falei de forma debochada.

— Eu. Não. Quero. Ele. Te. Tocando. Daquela. Forma.

— Basta você não olhar!

Neste momento, ele me virou para si, unindo nossos lábios novamente. Foi um beijo intenso, possessivo, carregado de desejo, no limite entre o prazer e a dor. Sua mão segurou minha bunda, e involuntariamente, gemi contra seus lábios. Ele me ergueu, sentando-me em sua mesa e posicionando-se entre as minhas pernas. Minha loba choramingou desejando mais, e quando ele colou seu quadril ao meu, pude sentir toda sua extensão.

Ele era imenso. Seus lábios traçaram um caminho até meu pescoço, revelando o intenso desejo que ele sentia por mim. Tinha absoluta certeza de que ele conseguia farejar meu desejo por ele, pois minha calcinha estava encharcada. Suas mãos alcançaram meus seios, ainda coberto pelo vestido, e, ao apertá-los, involuntariamente, choraminguei. Ele tinha um sorrisinho em seu rosto, ciente do impacto que causava em mim.

Não era uma mulher inexperiente, já tinha vivenciado algumas brisas, no entanto, nenhum homem tinha incendiado meu corpo da maneira como ele estava fazendo. Suas mãos deslizaram pelas alças do meu vestido, deixando-me exposta para ele da cintura para cima. Com destreza, explorou meus seios, enquanto seus olhos intensos permaneciam fixos em mim.

— Você não permitirá que ele te toque novamente.

— Preciso conquistar a confiança dele. É a única maneira de alcançar meu objetivo. — Percebi a raiva em seu olhar, e novamente seu lado lupino se manifestando.

Ele guiou seus lábios até meus seios, liberando ali toda sua raiva contida. Sabia que ficariam marcas, mas não conseguia pedir para parar. Só queria que continuasse. A intensidade daquele homem me consumia de dentro para fora, fazendo meu corpo ansiar por mais, algo que ele percebeu pelos meus gemidos. Sua mão avançou em direção ao meio das minhas pernas, e quando seus dedos tocaram aquela região por cima da calcinha, uma onda de êxtase quase me fez gritar.

Aquela combinação da sua boca em meus seios e sua mão entre minhas pernas estava me levando ao limite. Deslizei minha mão até sua calça, desabotoando-a e em seguida puxei sua cueca para baixo, revelando seu imponente membro. Mesmo não sendo muito adepta do sexo oral, a visão me despertou até água na boca. A cabeça do seu membro brilhava com a intensidade do seu desejo por mim. Sua mão, incansável, não me dava trégua.

Sua mão deslizou pela minha calcinha, e quase enlouqueci com o toque delicado. Meu corpo ansiava pelo dele, e eu podia sentir a reciprocidade. Seu dedo explorou a entrada, e eu quase engasguei quando busquei ar, enquanto ele movia seus dedos com intensidade. Ao perceber que eu estava no limite, retirou seus dedos e os levou aos lábios, provando meu néctar, enquanto mantinha o olhar fixo no meu.

Quando ele segurou seu próprio membro, imaginei que seria o momento em que me possuiria, e eu estava ansiosa por isso. No entanto, ele o guardou e me encarou.

— Seu castigo por permitir que aquele idiota te toque é continuar assim... ansiando por mim, queimando de desejo.

Não acreditei que ele me deixaria daquela maneira. Pensei que talvez ele estivesse brincando. Uma brincadeira de muito mal gosto. No entanto, ele simplesmente voltou a abotoar sua calça.

— Pode ir, Srta. Hannah. Quando decidir me ouvir, ficarei feliz em atender às suas necessidades. — Arrumei minha roupa, contendo a raiva enquanto minha loba rosnava em minha mente.

— Você não passa de um idiota! — Encarei-o. — Nunca mais colocará as mãos em nós. No dia em que tentar nos subjugar pela força, seremos implacáveis em nossa rejeição.

— Não precisarei usar nenhum tipo de força contra você. Você se submeterá a nós por vontade própria. Te provarei isso. — Ele falou com um sorriso no rosto, enquanto eu rosnava em resposta.

Antes que eu pudesse sair, a porta foi aberta, e o mesmo rapaz que eu havia visto caminhando com ele dias atrás se surpreendeu ao me ver ali dentro.

— Desculpe pela interrupção. — Ele se mostrou constrangido.

— Você não interrompeu nada. Eu já estava de saída. — Falei, tentando conter minha raiva.

— Pode entrar, Owen. Preciso falar com você. — Antes de passar pela porta, ouvi ele me chamar. — Srta. Hannah, não esqueça nosso trato. — Ele ainda teve o descaramento de piscar para mim.

Minha loba se manifestou, revoltada com ele, rosnando enquanto o encarava, fazendo com que todos ali nos observassem, enquanto ele sorria para nós. Ao passar pela porta, fiz questão de fechá-la com força, já que não podia agir fisicamente contra ele.

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