Hannah continuava em silêncio. Ela sentou-se e aguardou sua vez de assinar a documentação. Eu esperava que ela dissesse algo, mas nada foi dito. Finalmente, ela assinou e saiu sem trocar qualquer palavra com os alunos ali presentes. Havia algo estranho em seu comportamento, e eu estava determinado a descobrir o que era.
Nenhum daqueles alunos foi desligado da universidade, mas alguns permaneceriam no meu radar. Meu lobo não gostou do tratamento que dei a Hannah. No entanto, não havia como aplicar um tratamento diferenciado para ela. Eu poderia ser processado por isso. No dia seguinte, decidi passar no endereço dela, e para minha surpresa, descobri que era um hotel.
Algo muito estranho estava acontecendo. Fui até a recepção e perguntei se alguma pessoa de nome Hannah Jackson estava hospedada ali, mas a recepcionista informou que não poderia fornecer esse tipo de informação para manter a privacidade dos hóspedes.
Não poderia demorar ali, pois precisava seguir para a universidade. Então, voltei para o carro, mas antes de dar partida, avistei aquela linda mulher com roupas de ginástica correndo pela calçada e entrando naquele hotel.
Justo quando o idiota do Gideon estava disposto a falar, o reitor fez sua aparição. Todos estávamos cientes das consequências que teríamos que enfrentar caso fôssemos pegos. Mas eu estava no caminho certo. Para chegar onde eu queria, sabia que o tal Gideon era o caminho.
O idiota ainda se confiava que o seu pai era o dono do maior escritório de advocacia da região. No entanto, quando tudo fosse concluído, isso não importaria muito. Ele cairia do mesmo jeito por tráfico. E se eu descobrisse que o escritório do pai dele estava envolvido, aquela operação ainda teria uma visibilidade ainda melhor.
Quando o assunto sobre o entorpecente chegou até nossa unidade, meu superior, que também era um lobo, conversou com meu alfa e relatou o fato, pois a erva encontrada nesse novo entorpecente poderia nos causar danos irreparáveis. Meu alfa disse que iniciaria uma investigação particular, e, quando fosse possível, reuniríamos todas as informações para encerrar aquela operação. No início de nossa própria investigação, percebemos que essa rede era ainda maior do que imaginávamos. Ela se estendia por várias cidades.
Quando buscamos informações no sistema sobre registros desse tipo de ocorrência envolvendo esse tipo de droga, descobrimos o registro da matilha aqui em Pinewood Falls. Resolvemos, então, investigar e descobrimos que havia um grande ponto de distribuição para outras áreas na região. Recebemos algumas informações de que alguns funcionários da universidade estavam envolvidos na fabricação. Foi neste momento que criamos a operação "Caça Lobo", com o intuito de descobrir, apreender e dar um fim naquele entorpecente. Sem mencionar que ele poderia acabar com nossa raça inteira caso se propagasse de forma desordenada, mesmo que muitos humanos não tivessem conhecimento sobre nós.
Quando o reitor interrompeu nosso grupo, minha vontade era rosnar para ele, mas sabia que aquilo teria consequência e minha loba não estava muito de acordo comigo. Não poderia tomar qualquer atitude que fizesse aquele grupo ou até mesmo o reitor desconfiar de mim, caso contrário, precisaria sair daquela operação.
Essa operação foi a oportunidade perfeita para que eu pudesse me destacar em minha área de atuação. Eu e minha loba éramos muito rebeldes para ficar restritos a uma matilha, e sendo humilhada constantemente por ela. Minha loba gostava da liberdade tanto quanto eu, então a companheira de meu superior o incentivou a me dar uma chance como agente federal e eu amava o que fazia. Ainda não havia encontrado nada que me fizesse desistir disso, e essa operação era muito importante para toda nossa raça, e o motivo de me manter afastada de minha alcateia. A quantidade de cultivo de mata-lobo, ou o chamado acônito, estava crescendo consideravelmente, e precisávamos colocar um fim nisso antes que fosse tarde demais.
Observei que, enquanto estávamos na reitoria esperando que os documentos fossem impressos, Mason me olhava. Minha loba parecia ronronar sempre que percebia que ele nos encarava, mas eu não estava tão feliz quanto ela naquele momento. Não disse uma única palavra para não demonstrar o quanto estava insatisfeita. Precisava agir como uma aluna normal que foi pega burlando normas.
Imaginei que meus superiores não ficariam nada felizes com aquilo, mas aconteceu exatamente o contrário. Eles elogiaram meu desempenho, dizendo que minha atuação estava tão boa que nem mesmo o reitor havia desconfiado. Escondi de todos que havia descoberto que o reitor era meu companheiro, por medo de que eles me retirassem da operação. Eu precisava me conformar com minha advertência e fingir que nada tinha acontecido.
Na manhã seguinte, após o ocorrido, decidi sair para correr. Minha loba estava muito impaciente, mas precisava alertá-la de que não poderíamos ir muito longe. Não tínhamos nos apresentado a nenhuma matilha daquela região, então invadir o território de outros lobos seria colocar nossa vida em risco. Somos muito territorialistas e não admitimos outros lobos em nossas terras.
Ao chegar na recepção do hotel onde estava hospedada, sentimos o cheiro característico de nosso companheiro. Minha loba entrou em alerta. Observamos ao redor para verificar se ele estava ali, mas não conseguimos localizá-lo em canto algum. Um lobo não esquece cheiros, eles são parte do lobo e uma forma de reconhecer e identificar o mundo ao nosso redor. Temos certeza de que nosso companheiro esteve aqui.
— Por gentileza, alguém esteve procurando por Hannah Jackson? — Perguntei à recepcionista.
— Sim, senhorita. Mas, como é uma norma do hotel não fornecer informações sobre os hóspedes, não confirmei e nem neguei que a senhorita está hospedada aqui. — Ela explicou.
— Obrigada! — Minha loba estava radiante com aquela informação.
“Ele nos procurou. Nosso companheiro.” — Minha loba disse animada.
“O que me preocupa é saber por qual motivo.” — Argumentei.
“Isso é irrelevante. O importante é que ele veio até nós.”
“Acredito que não concordaremos quanto a isso.”
Fui para meu quarto e, após um banho, deitei-me na cama e pensei nele. Aquele homem, de fato, era bonito. Seus cabelos escuros e bem cortados, seu rosto com traços firmes que lhe davam um ar um pouco mais velho. Seus olhos eram verdes acinzentados, e sua mandíbula era rígida aparentemente. Comecei a sentir uma grande atração por ele, mas precisava controlar isso.
Levei minha mão ao meio de minhas pernas, imaginando que ele me tocava. Enquanto isso, minha outra mão explorava suavemente meus seios, e uma sensação quente percorria todo o meu corpo. Se houvesse uma conexão mais profunda entre nós, ele perceberia minha necessidade e não demoraria em me procurar.
Meus dedos exploravam delicadamente aquele ponto sensível, desejando que fosse ele a acariciá-lo com a língua. Os meus suspiros tornavam-se mais audíveis, e o aroma da minha excitação intensificava-se. Passei a imaginar como ele expressaria seu desejo possessivo por mim, com seu rosnado arrepiando totalmente meu corpo, e tive um orgasmo avassalador. Porra! Se apenas meus pensamentos eram capazes disso, imaginei o dia em que suas mãos tocariam meu corpo de verdade.
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Atualizado até capítulo 93
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
com toda ligação que eles tem ele deve ter ficado meio louco
2024-10-19
1
Maria Nice Grudgen
Eita kkkkk
2024-10-13
0
Maria Medeiros
ela é um top de agente federal ela está também atrás de quem tá usando erva mata lobo entorpecentes
2024-09-02
1