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Aurora
P.O.V.
— Você é minha luz, você é minha luz…— Cantarolo baixinho, eu abraço-me, o tempo realmente está muito frio, gotas de agua pequenas caem do céu, derretendo a neve, o meu olhar vai para o céu nublado, as gotas de água caem em sequência, o som da chuva é alto, enquanto cair sobre as telhas de madeira, nunca fui muito fã de água, mas tenho que admitir que o barulho de chuva é calmante, sento-me no topo de três degraus, que ficar atrás da minha casa, se eu posso chamar isso de minha.
Os barulhos da minha suposta família é alto, eles estão rindo e fofocando, a minha mãe fala sobre como mais uma das suas primas de 15 anos está grávida. Eu abraço-me, eu só queria um lugar para descansar a minha cabeça, a dor latejante desse salto está a começar a me irritar, eu puxo a parte de trás do salto o tirando, a parte de trás do meu calcanhar está puramente vermelha, eu toco os meus dedos na mancha vermelha sem a pele.
— Aí — Eu afasto os meus dedos, isso precisar de um curativo, mas parece que eu vou ter que esperar o ‘show’ de teatro dessa família terminar. Eu jogo os saltos de lado, olho em volta, tentando distrair-me o máximo da dor do meu pé, a chuva ficar cada vez mais forte, assim derretendo toda neve do quintal, deixando apenas o marrom da terra, algo verde, parecendo um broche chama a minha atenção. Eu prendo a respiração, as malditas memórias voltando, foi naquele lugar que as máscaras desses falso pais caíram.
Anos Antes...
As folhas de outono, caíam como chuva no chão. Aurora, corria alegremente entre as árvores, com seu chapéu marrom, e sua blusa manga longa que ia até o seu joelho, da cor marrom, o tecido tinha vários botões que preenchia do topo até o final da blusa em linha reta, e sua calças preta, que se aperta nas suas pernas magras, as suas botas pretas da altura do joelho, pisavam nas folhas as quebrando as folhas, os olhos da menina brilhar ao ver uma semente pequena com um formato oval entre as folhas de vermelho escaldante, ela pega a semente com dois dedos, a inclinando para cima, onde a luz do sol iluminar.
— Que bonita. — Ela suspira, separando os lábios, mostrando alguns dentes tortos, outros dos seus dentes nem existia, sendo apenas um buraco na sua boca, ela segura o seu chapéu com uma mão, ela começa a correr, parando numa cerca de tábuas, que estavam a maioria quebradas, ou com buracos imensos, apenas sendo segurada por duas linhas de arames, ela pega o seu broche verde, com o desenho de uma árvore, dando um sorriso satisfeito, ela colocar o pequeno broche que tem uma agulha em sua blusa.
Ela passar entre espaço vazio que não tinha tábua, tomando cuidado com a linha de arames, logo ela avista um homem de cabelos ruivos do rosto redondo, com uma barba que cobria metade do cumprimento do rosto, ele vestia uma blusa xadrez vermelha, com calças jeans azuis, e botas marrons, ele se virar com um sorriso nos seus lábios.
— Titio. — Aurora, gritar ao longe.
Ele se virar sacodindo as mãos cheias de terra, ele colocar a pá do lado
— Olha o que eu achei. — Ela abre a mão suja de terra, mostrando a semente, um sorriso largo no seu rosto.
— Que legal. — Ele pegar a semente da sua mão. — Vamos plantar ela.
— Eba! — Aurora, pula de um lado para o outro, o homem se agacha, ele fura a terra quase preta com um dedo grosso, ele jogar a semente no pequeno buraco. Aurora, assistir atentamente, o homem sorrir, a puxando para baixo, ele a colocar na sua frente.
— Você precisar fazer isso. — Ele passar as mãos pelos braços de Aurora, deslizando devagar, ele segurar as suas mãos em cima da dela, ele curva-a mais, fazendo pegar terra e jogar encima.
— Boa menina. — Ele colocar a cabeça entre o pescoço de Aurora, beijando o lugar.
— Shiii... — Ele puxar o chapéu dela, jogando no chão, Aurora, se desespera, solto um pequeno grito, mas o homem é mais rápido, colocando a mão suja na sua boca para conter os gritos, lágrimas surge nos olhos da garotinha, ele a virar a empurrando na terra, ele começar a tirar o cinto, a pequena menina começa a chutar, fazendo o máximo para o afastar, no qual ele responde, pegando uma pedra ponte aguda, ele acerta-a na cabeça, fazendo sangue descer por sua cabeça, a menina se contorce do seu aperto, ele puxa a blusa dela, puxando o broche verde, ele jogar no chão.
Mas então, um líquido vermelho escorrer por seus olhos, Aurora, para de se debate, arregalando os seus olhos, o homem começa a se contorce e treme. Raízes verde saem da sua boca, como cobras, indo para o lado do seu rosto, os seus olhos que antes possuía duas bolas brancas, agora são buracos vermelhos, enquanto as raízes o atravessar, ele cai para o lado, se engasgado com o sangue, Aurora se levantar, desespera, gritando por socorro.
Ela olhar para as raízes, pegando a pá, ela tentar cortar com cuidado as raízes do rosto do homem, ela cair para o lado, grongre pelo golpe que levou na cabeça, ela apenas consegue assistir o tio, engasgar com o próprio sangue, lágrimas derramar por seus olhos.
Helena, ouvir todo o barulho, ela abre a porta com um estrondo, correndo para onde Aurora, está.
— O quê aconteceu? — Ela olhar para o corpo do Tio, — O meu deus... — Ela de virar e vomita todo o seu café da manhã.
Mais passos são escutados pela casa, os pais adotivos de Aurora, correm escada abaixo, a mulher mais velha vai para perto do corpo se ajoelhando.
— O quê aconteceu aqui? — Lágrimas encher os seus olhos, mas não derramar, ela olha para as duas garotas, em buscar de respostas. — Qual das duas aberrações fez isso?
Helena, olhar para Aurora, — Foi ela, ela que fez isso. — Helena, aponta o seu dedo acusamente para, Aurora.
A mulher se levanta, — Eu sabia que eu não deveria, ter adotado você com aquele histórico. — Ela pegar a pá. — Você tem sorte garota, de eu ter-te adotado e não deixado ir para aquele lugar.— Aurora, olhar sem entender, o homem ficar apenas parado olhando para tudo, Helena, se afastar, deixando toda raiva para a menor receber.
— Você tem que sentir o que fazemos com aberrações como você. — Ela levanta a pá, batendo com força na cabeça da menina, a fazendo bater com força na pedra, ela dar mais golpes com mais força, a menina ficar no chão, sem forças para revida, mais golpe, então…
Ela fecha os olhos...
Atualmente...
Abro os meus olhos. Finalmente eu consegui passar por aquele ‘show’ de horror sem ser percebida, eu suspiro, fecho a porta atrás de mim, me jogando no colchão, penso em tudo o que aconteceu.
Eu devo estar a ficar louca...
Alguém bate na minha porta.
O quê? Não é possível…
— Quem é? — a minha respiração ficar presa, os meus dedos ficam gelados, quem estiver a bater parece não estar de bom humor, as batidas continuam mais forte, eu não tranquei a porta, então…
Os meus pensamentos são interrompidos, quando as batidas se tornam chutes, eu pego a cadeira, corro para colocar na marceneta, tarde de mais, a porta de abre com um estrondo, a pessoa agarrar o meu pescoço, o seu rosto está embaraçado, apenas como um borrão, mas eu sei muito bem quem é.
— Sua vagabunda, por quê chegou tão tarde? — Ele gritar nos meus ouvidos, o cheiro de álcool e cigarro, encher as minhas narinas.
Ele jogar o meu corpo no chão, que cair com um baque alto, eu fico de lado, tentando o máximo buscar ar.
— Você bebeu? — Ele cheirar o ar. — Sua vagabunda, ficou com um namoradinho até tarde enchendo a cara.
Ele pegar o meu rosto com uma mão áspera, — Eu vou te ensinar uma lição. — Ele bate a minha a cabeça contra a madeira, os risos e as vozes continuam, como se isso não tivesse a acontecer bem encima dos seus narizes. O seu rosto continua a ser um borrão, ele tirar o seu cinto, o dobrando, ele começar a dar golpes na minha pele exposta que arde, eu grito de dor, os golpes vão ficando mais rápidos e fortes.
Ele para de bater e se aproximar, me pegando da minha posição encolhida, suas mãos grossas, ásperas, aperta o meu pescoço, eu engasgo, todo ar saindo de mim, meus olhos se arregala.
— Eu vou fazer conhecer seus pais, menina. — Ele quase cospe no meu rosto.
Não, eu não vou deixar isso acontecer.
Eu levanto as minhas mãos, apertando os seus olhos, ele grunhir, mas seu aperto continua, fecho os meus olhos, pensando em tudo que já passei, meus pais, minha família, tudo o que eu já tive.
Não posso deixar isso acontecer, eu não vou ir hoje, nem nunca. Com um grito, eu sinto algo sair de mim, algo que me deixar aliviada, o aperto some, as vozes param, o frio o consome tudo em mim, faz-me sentir alívio.
Mas tudo parece diferente, o chão parece mais gelado, os meus braços caem para o lado, eu aperto os meus dedos no chão, o sentindo gelado e liso.
Abro os meus olhos, sentindo uma dor aguda atrás dos meus olhos, eu coloco minhas nos olhos, eu gemo, quando a dor passar, eu ainda mantenho minhas mãos lá. Eu ainda posso sentir as lágrimas descer, eu abaixo minhas mãos, com dificuldade eu levanto-me, torcindo, ainda sentindo as mãos dele no meu pescoço. Eu arregalo os meus olhos, o monstro que atormentar todos os meus pesadelos, está bem na minha frente, ele tem uma lasca de gelo pontuda, atravessando o seu peito, a sua pele está branca com tons de azul, sangue derramar da parte onde está a lasca.
Eu aproximo-me do seu corpo, ele está com a cabeça para baixo, com uma mão eu puxo-a cabeça do homem para cima, vendo o sangue pingar da sua boca, ele está com os olhos arregalados, pela primeira vez seu rosto não é mais um borrão, solto a cabeça dele, dando passos para trás, até minhas costas baterem contra a madeira coberta por uma camada de branco, meu corpo desliza para baixo, olho envolta, todo o quarto está coberto por neve, alguns flocos estão no ar, as paredes estão cobertas pela camada fina de gelo branco, eu pisco, as lágrimas voltando, meu olhar vai para minhas mãos, elas estão cobertas em branco, que vai até meu cotovelo.
— O quê eu fiz?
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Atualizado até capítulo 53
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