SIMAS
— Até mais tarde — Serena sorriu para o último funcionário indo embora para o almoço.
Ela se voltou para mim e seu sorriso morreu como se minha imagem a desagradasse. Mas eu estava começando a não me abalar por isso, afinal estávamos nos reaproximando mesmo que no ritmo da Serena.
Eu sentia que aos poucos ela me aceitaria, eu só precisava ser mais persistente.
— O que deseja comer? Eu comprarei.
— O senhor não sabe o que eu gosto de comer?
Merda. Ela estava me testando logo agora. Se eu dissesse que não, ela usaria isso mais tarde para me rejeitar.
— Sei perfeitamente — Sorri. — Vamos em um restaurante que eu vi quando estávamos vindo.
— Não — Ela suspirou e sentou em uma cadeira. — Estou cansada de socializar e não quero ficar sorrindo o tempo todo, vamos comer aqui.
Eu não era tímido de fato, estava mais para introvertido e Serena também era, apesar de sempre sorrir para qualquer estranho. O que me incomodava um pouco.
— Juntos?
— Sim.
— E sozinhos.
— Sim, Primeiro Príncipe, eu não sei se percebeu, mas eu estou sem opções hoje — Ela disse com irritação. — O senhor irá comprar ou não?
— Volto antes que sinta minha falta — Sorri.
Ela revirou os olhos e acenou preguiçosamente. Fui quase correndo comprar nosso almoço.
Quando voltei percebi que ela não estava sentada na entrada como antes. E a loja também estava silenciosa demais.
— Serena? — Eu a chamei e coloquei o almoço no balcão.
De repente escutei a porta dos fundos bater com força e fui correndo sentindo um mau pressentimento.
Tudo que vi foi Serena desmaiada, amarrada e jogada desconfortavelmente em cima de um cavalo enquanto um homem pouco mais velho que eu sorria parecendo muito satisfeito.
— Seu bastardo! — Gritei.
Ele me olhou surpreso ao notar minha presença. Não tive tempo de pará-lo, pois ele deu sinal para o seu cavalo que saiu correndo os levando para longe.
Meu coração palpitava de ansiedade ao correr até o meu cavalo para segui-los. Eu nunca me metia em conflitos, Thalia, Vincent e Danton eram a parte "agressiva" da família, então eu não sabia muito bem o que fazer. Só sabia que não tinha tempo para avisar ninguém e não podia deixar a Serena ser levada por aquele canalha.
Eu os alcancei, mas não queria ferir seu cavalo tanto pelo animal quanto por Serena que ainda estava inconsciente. Meu coração doía de uma forma inexplicável só de vê-la naquele estado.
— Pare ou eu vou matá-lo! — Gritei.
O homem me ignorou e tentou me despistar ao pegar um atalho. Mas eu continuei o seguindo. Ele desviou da trilha e passou por algumas árvores claramente se ferindo no processo.
Não percebi que era uma armadilha e passei pela trilha principal caindo com meu cavalo em um buraco fundo. Escutei o relinchar do meu cavalo antes dele cair por cima de mim causando uma dor insuportável nas minhas costelas.
Em seguida o ar me faltou e eu desmaiei me amaldiçoando por não proteger a Serena como havia prometido.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Celma Rodrigues
E agora? O que vai acontecer? Eles precisam ser salvos.
2024-11-14
0
ana
nossa
2024-11-14
0
Rosária 234 Fonseca
Caraca e agora cara o que vai fazer
2023-11-30
3