um pouco de sono (sonho)

Mesmo sem ter feito muita coisa hoje, meu corpo está estranhamente cansado. É incomum sentir tanto sono, especialmente quando ainda não anoiteceu. A culpa, acredito, ser parcialmente da senhorita Temple; ela é uma fonte constante de animação.

Bem, acho que vou aproveitar que Lucard e Zara não estão por perto para tirar um pequeno cochilo.

Sem muita enrolação, arranquei meus sapatos e o amarrador de cabelo. Andei diretamente para a minha cama e me aconcheguei ao lado de Obasi, que, infelizmente, acabei deixando para trás durante a arrumação de hoje cedo.

Abraço minha espada junto a um travesseiro, finalmente me permitindo fechar os olhos e mergulhar em uma das poucas coisas reconfortantes neste castelo miserável e repugnante.

Não demora muito para que eu me entregue ao sono; ao fechar os olhos, começo a sentir algo peculiar, como se estivesse afundando suavemente em um vasto lago, envolto em uma água morna e reconfortante.

Um pouco confuso, decido abrir os olhos. Para minha surpresa, não estou mais na minha cama no castelo, mas em um bosque encantador, iluminado por uma suave luz dourada meio avermelhada. À minha frente, vejo uma figura deitada em meio a flores brancas: um ser humanoide de 2 metros de altura, com um tom de pelo meio rajado, como as marcas das vacas, onde o negro predominava na pele com algumas manchas brancas.

Seus olhos semi-serrados brilham intensamente em vermelho sangue, contrastando com a atmosfera pacífica do bosque, transmitindo uma aura um pouco assustadora. Seu cabelo extremamente longo, adornado por flores vermelhas, parece uma cascata que cai elegantemente sobre seu corpo em repouso.

Ao observar mais de perto, noto ramos negros serpenteando por dentro de sua pele, como veias ou, melhor dizendo, como vinhas, como se alguma planta o tivesse infectado. Seu corpo, magro, com uma cintura fina, ainda sim tinha músculos definidos, lembrando-me de um servo, mas ao mesmo tempo, sua presença é imponente e intimidadora.

O ser veste uma roupa de manga comprida leve, uma calça alta de barra solta e uma bota de couro de cano que alcança até o tornozelo. Aos poucos, aquela criatura começou a se levantar, revelando uma postura majestosa e uma expressão suave em seu rosto.

Enquanto aquela criatura se erguia, sua postura meio desajeitada como se não estivesse acostumado a ficar em pé, sua face sonolenta capturavam minha atenção. Seus olhos vermelhos fixavam-se em mim com uma intensidade que atravessava a serenidade do bosque.

Ainda com dificuldade, ele se colocou de pé, revelando um porte imponente que demonstrava uma mistura única de elegância e calmaria, apesar da aparência meio demoníaca. As flores vermelhas em seu cabelo pareciam dançar suavemente com a brisa do bosque, adicionando um toque etéreo à sua presença.

Ao encarar-me, notei que as vinhas negras sob sua pele pulsavam, como se algo estivesse constantemente fluindo por seu corpo. Mesmo com sua aparência inicialmente assustadora, uma aura de pureza e calma emanava dele.

Num tom de voz profundo, que ressoava como um suave murmúrio, ele falou: "Seraphius? O que você faz aqui? Estou em mais um sonho?" diz a criatura ainda sonolenta, como ela sabe meu nome?

Percebendo minha surpresa, ele sorriu de forma gentil, dissipando qualquer resquício de medo que eu pudesse ter sentido. "Não se preocupe, Seraphius. Eu nunca iria te machucar, apenas estou um pouco surpreso por te encontrar aqui."

A calma em sua voz era reconfortante, e sua expressão revelava uma genuína curiosidade sobre minha presença. Em meio às flores brancas que envolviam o cenário, ele parecia um ser benevolente.

Ao recuperar sua postura ereta, a criatura continuou, "eu estou realmente feliz de conversar com você, mesmo que isso seja apenas um sonho, poder conversar com você me deixa radiante."

Enquanto ele falava, as vinhas negras sob sua pele pulsavam, como se estivessem respondendo a uma energia que permeava o ambiente. Sua figura, agora totalmente desperta, emanava uma aura amável, era parecido com uma mãe olhando para sua criação... Era um pouco desconfortável.

Curioso, perguntei, " como você conhece meu nome?"

Ele sorriu novamente, como se entendesse as muitas perguntas que pairavam em minha mente. "Seraphius, você não me reconhece? Talvez esse sonho esteja sendo mais real do que o imaginado."

Meio confuso eu começo a pensar um pouco, eu já avia ouvido essa voz antes... Eu só não lembro de quem é...eu a ouvi no festival... Espera... "Obasi!?"

A criatura sorri gentilmente, como se mencionar esse nome o deixasse radiante.

Mas por outro lado eu me senti surpreso e com medo e receoso.

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Comments

Rosimary Da Silva

Rosimary Da Silva

A espada deveria ter um visual lindo! E não assustador

2024-05-06

0

sem rosto

sem rosto

LO QUEEEEEEEEEEEEEE

2024-01-26

0

Ver todos

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