O festival da espada

A música ressoava pelo ar, harmonizando-se com o delicioso aroma das barracas de comida que compartilhavam o cenário com a magnífica praça. Os habitantes de Sforza estavam em festa, afinal, seu jovem mestre Seraphius estava prestes a enfrentar a Provação da Espada, um evento aguardado com grande expectativa por todos na região. A atmosfera era eletrizante, repleta de antecipação e um toque de orgulho pela linhagem da Casa Sforz, que estava prestes a ser posta à prova.

A animação contagiava todos os habitantes do Ducado, e a expectativa atingia seu auge, pois faltavam apenas alguns minutos para o início da provação. A tensão no ar era palpável, com as pessoas se reunindo para testemunhar o momento crucial na vida de Seraphius, o jovem mestre do Ducado Sforza e o próximo Duque.

Então, um homem trajando vestes nobres, cabelos verdes tão escuros que pareciam negros, olhos profundos e linhas de expressão marcadas, como se já estivesse perto dos seus 40 e poucos anos, subiu em uma plataforma.O povo vibra pelo homem gritando seu nome "Malachar meu lorde".

Utilizando algum tipo de magia de amplificação, ele inflou o peito e pronunciou-se solenemente a multidão a sua frente:

"Com grande orgulho, dirijo-me a vocês, meu povo, para anunciar que meu filho, Seraphius Sforz, finalmente enfrentará a provação destinada aos filhos da Casa de Sforz. Foram dezesseis anos de preparação árdua, mas os preparativos finalmente chegaram ao fim. Chegou o momento de Seraphius provar o seu valor como o futuro Duque de Sforza. QUE A PROVAÇÃO COMECE!"

Após o discurso do patriarca da família Sforz, um grande círculo mágico vermelho-sangue surgiu acima das nuvens e espadas caíram dos céus, cravando-se no solo da praça. A provação havia começado. O público aguardava com olhos atentos, sabendo que este seria um evento que moldaria o futuro de seu Ducado.

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A sensação de torpor tomava conta de mim. Meus olhos se abriam lentamente, mas minha capacidade de movimento estava severamente comprometida. Meus membros pareciam inúteis, como se estivessem desconectados do meu corpo. Tentei virar a cabeça para observar o ambiente, mas ela também parecia aprisionada, incapaz de se mover. Uma sensação de pânico começou a se insinuar enquanto eu tentava entender o que havia acontecido.

...Então, surgiu à minha vista um jovem imponente que caminhava majestosamente entre uma grande variedade de espadas dispostas no chão. Seu traje nobre indicava uma posição de grande prestígio, caso seguisse a moda medieval, com tecidos ricos e detalhes meticulosos que refletiam sua herança nobre. Seu cabelo, da mais profunda escuridão, fluía em mechas perfeitamente cuidadas, caindo de forma elegante sobre seus ombros largos. No entanto, o que mais se destacava eram seus olhos, uma característica que não poderia passar despercebida. Possuíam uma tonalidade de roxo violento, como uma ametista, um matiz que hipnotizava quem ousasse olhar profundamente. Esses olhos pareciam esconder segredos obscuros, revelando uma determinação feroz que fazia eco naquelas pupilas monstruosas. Eles eram janelas para uma alma enigmática e poderosa, capaz de impor uma vontade intensa e inabalável....

...Seraphius?...

As palavras escaparam dos meus lábios antes que eu pudesse contê-las. O jovem que caminhava com determinação no meio daquelas espadas era uma encarnação viva da ilustração de Seraphius.

Seraphius Sforz era o antagonista principal e o chefe final do jogo "O Rei do Nascer do Sol", ou "ORN" para abreviar. Sua reputação o precedia, sendo conhecido por sua crueldade e implacabilidade, disposto a qualquer coisa para alcançar seus objetivos, sem se importar com quem ele precisasse derrotar ou pisar no caminho para alcançá-los.

O jovem garoto me olhou surpreso e, de algum modo, sua expressão parecia transmitir felicidade. A ansiedade começou a tomar conta de mim, crescendo como uma tempestade no horizonte.

Ele continuou a se aproximar, movendo-se vagarosamente, enquanto seu olhar adquiria um tom ameaçador e seu sorriso beirava a insanidade.

"Sombra da Eternidade, foi você quem me chamou?" Seraphius sorriu ainda mais, seus olhos brilhantes fixados em mim. Parecia que ele estava se referindo a mim, mas "Sombra da Eternidade" era uma referência à espada lendária, a espada do primeiro Duque de Sforza.

Lembro-me que no jogo "ORN" ela foi descrita como.

..."A espada conhecida como "Sombra da Eternidade", é uma obra-prima da forja mágica. Sua lâmina escura é forjada a partir de um metal desconhecido, de uma tonalidade negra profunda que parece absorver toda a luz ao seu redor. O metal é excepcionalmente resistente e durável, capaz de cortar até mesmo as substâncias mais rígidas com facilidade....

...***A lâmina da espada é ricamente entalhada, com intrincados padrões que parecem dançar à medida que a luz incide sobre eles. Esses entalhes não são meramente decorativos; eles contêm runas antigas que concedem à espada sua incrível resistência e a capacidade de absorver e amplificar magia. Vinhas sinuosas e escuras, quase como sombras vivas, serpenteiam pela lâmina ***junto a pequenas flores vermelhas que mais pareciam gotas de sangue, dando à espada uma aparência misteriosa e sinistra....

...A magia que permeia a espada é tão antiga quanto o tempo. Ela é capaz de absorver e armazenar energia mágica, tornando-a uma arma temível nas mãos de um usuário habilidoso. Quando empunhada por alguém que domina seu poder, a "Sombra da Eternidade" pode liberar rajadas de energia que despedaçam seus inimigos....

...A empunhadura da espada é adornada com gemas de obsidiana e rubis, cada uma delas contendo uma runa com uma pequena porção da magia ancestral de Sforz, que flui através das vinhas parecendo até mesmo veias que perpetuavam por toda a lâmina. Ela é envolta por uma empunhadura de couro negro, que se ajusta perfeitamente à mão do usuário, proporcionando um controle firme e confortável ao seu portador....

...Esta espada é mais do que uma simples arma; é a relíquia mais antiga da casa de Sforz. Ela é temida por seus inimigos e reverenciada por aqueles que compreendem sua natureza única. A "Sombra da Eternidade" é um mistério, resisti até os dias de hoje, uma lâmina que desafia o próprio tempo."...

Lembro-me de que era a única espada que era absolutamente impossível de usar. Mas por que ele está me chamando de Sombra da Eternidade? Tudo isso é tão confuso e assustador. Tudo o que quero é voltar para casa!

Bem, talvez eu deva pedir desculpas. Pode ser que ele me conceda uma morte rápida e indolor. Conhecendo a personalidade dele, isso seria o maior ato de misericórdia que ele poderia me dar.

Então, abri a boca novamente para falar. Apesar de não sentir nada, minha voz ainda saiu, uma voz etérea e sutil, diferente do meu tom usual. Mas ignorei isso e falei com um grande temor.

...Desculpe-me, meu senhor. Cometi um erro. Peço-lhe que me perdoe....

Tentei ser o mais educado e respeitoso possível, com a esperança de que ele não se irritasse.

Mas, por algum motivo, o jovem parecia surpreso e rapidamente começou a negar com as mãos e a cabeça, agitando-as vigorosamente. "O que você está dizendo?! Sombra da Eternidade, estou incrivelmente honrado por ser o seu portador! Não há necessidade de se desculpar; é uma verdadeira honra para mim."

Disse o jovem de olhos ametistas, evidenciando sua surpresa. Para ele, a lendária espada do primeiro Duque deveria ser arrogante e autoritária. Nunca imaginou que a Sombra da Eternidade seria alguém tão educado, com uma voz tão agradável e gentil.

Logo, o medo deu lugar à confusão. Eu não conseguia entender como o rapaz podia estar me tratando com tanta educação e, principalmente, por que ele continuava a me chamar de "Sombra da Eternidade". Isso era um mistério que eu simplesmente não conseguia decifrar.

Seraphius deu uma falsa tosse e continuou: "Hmm, serei o seu mestre com muito orgulho. Não se preocupe, vou me esforçar para ser tão forte quanto o seu último portador."

A confusão aumentava à medida que ele falava. "Portador?" Eu não entendia nada. No entanto, quando Seraphius estendeu a mão, fechei meus olhos esperando alguma dor, mas, para minha surpresa, o toque era quente e reconfortante, uma sensação muito agradável e acolhedora.

O aperto tornou-se mais firme e, em seguida, uma poderosa corrente de vento me envolveu. A sensação era incrivelmente agradável, proporcionando uma calma e liberdade que jamais havia experimentado antes.

"Sombra da Eternidade, você é verdadeiramente incrível!" Abri meus olhos e percebi que não estava mais no chão; em vez disso, flutuava no ar!? Não, era Seraphius quem me sustentava. Nesse momento, finalmente entendi... tornei-me a "Sombra da Eternidade," a espada que jamais alguém ousou tocar em toda a história de "ORN."

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Seraphius ergueu a Sombra da Eternidade acima de sua cabeça e, com um gesto amplo, desfez o círculo mágico que pairava acima das nuvens. O sol poente irradiava sua luz dourada, pintando o horizonte com tons quentes de laranja e vermelho. Quando os habitantes de Sforz testemunharam a revelação de sua espada, não conseguiram conter os gritos de admiração e alegria. Os céus ecoaram com seus elogios e vivas, celebrando a visão deslumbrante da Sombra da Eternidade e seu jovem mestre.

Malachar, o patriarca da família Sforza, observou a cena com surpresa estampada em seu rosto envelhecido. Ele nunca poderia ter previsto que seu filho fosse ser reconhecido pela espada do primeiro Duque, uma vez que a Sombra da Eternidade raramente reconhecia alguém, sendo o primeiro Duque o primeiro e único a ser escolhido. Bom, até hoje. Aquele momento era inédito e deixava todos os presentes boquiabertos, provando o caráter e a força excepcional do jovem mestre Seraphius.

Após o momento de reconhecimento do jovem mestre como filho da Casa Sforza, Seraphius ergueu a Sombra da Eternidade sobre sua cabeça e bradou aos céus: "O FESTIVAL COMEÇA AGORA!" Suas palavras ecoaram pela praça, desencadeando uma explosão de alegria e celebração entre todos os presentes. A multidão irrompeu em festa, com músicas animadas preenchendo os ouvidos de todos, o aroma no ar das deliciosas comidas sendo servidas, criando um ambiente de festividade que se estenderia por horas. Era uma celebração que marcava tanto o reconhecimento de Seraphius como o início de um novo capítulo na história do Ducado Sforza.

Mesmo estando apenas no começo das festividades, Seraphius foi em direção à uma contrução em tons escuros. Malachar agarra o braço de seu primo primogênito e, com um rosto severo, diz: "Não pense que é alguém só porque essa espada te reconhece." Seraphius solta seu braço com agressividade e responde ao patriarca da família: "É melhor manter um sorriso, todos olhando para nós." Seraphius se retira irritado.

Rostum, um dos jogadores casuais de "ORN", observou a situação com crescente interesse. Ele sempre foi fascinado pelo rico universo do jogo, mas nunca entendeu o foco total de Arthur Thalassoria, o protagonista de "ORN".

Ele se perguntava o que estava acontecendo, a história de Seraphius parecia mais complexa agora, o vilão e último chefe filho de Malachar Sforz um personagem que sempre foi uma incógnita pós quase não avia informação sobre ele era uma mensagem que se obtia quando você vai um quadro no corredor da mansão

...da família Sforz. a mensagem era: [você encontrou uma pintura nela tem um homem de aproximadamente 40 anos exibia uma aura de autoridade e elegância inegáveis. Seus cabelos, de um tom verde escuro quase preto, caíam em mechas cuidadosamente penteadas, refletindo uma atenção meticulosa aos detalhes. Usava roupas de corte impecável, que destacavam sua figura esguia e altiva....

...Seus olhos, profundos e penetrantes, eram tão escuros quanto a meia-noite, revelando uma determinação feroz e uma mente afiada. Sob sua expressão séria, escondia-se uma afeição rígida, como se estivesse sempre no controle de suas emoções e ações, sem espaço para vacilações. Seu porte ereto e a maneira como comandava a atenção de todos ao seu redor só reforçavam a ideia de que ele era um homem que não tolerava desordem e expectativas não cumpridas....

...na legenda deste quadro está escrito: décimo oitavo Duke Malachar Sforza]...

Esse era o maior registro e também a única ilustração de Malachar Sforz, o décimo oitavo Duque.

No entanto, Rostum não estava pronto para lidar com isso no momento; ele precisava desvendar como chegara a essa situação peculiar primeiro.

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Comments

Rosimary Da Silva

Rosimary Da Silva

Nossa, não imaginei que ele se tornaria uma espada de fato! Achei que o título, fosse apenas uma referência 🤔

2024-05-03

1

sem rosto

sem rosto

tive uma ideia maligna

2023-12-31

1

Ver todos

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