Me Tornei A Espada Do Vilão!?

Me Tornei A Espada Do Vilão!?

prólogo

"Rostum!", gritou um homem de meia-idade com olhos furiosos, pegando um jovem ruivo que jogava em seu celular, o pegando de surpresa.

"Rostum, seu idiota! Como você se atreve a cortejar a namorada de outra pessoa?", o homem disse, agarrando o garoto pela gola de sua camisa. O ruivo parecia atordoado; ele nunca havia tentado cortejar alguém antes e não tinha autoconfiança suficiente para fazê-lo mesmo se quisesse, na verdade, ele nem acreditava que alguém o notaria e apenas pensaria que era uma piada de mal gosto.

"Senhor Eugênio, eu nunca fiz nada com ninguém! Eu juro!" disse o ruivo, visivelmente exasperado. No entanto, o homem não parecia disposto a ouvi-lo, continuando a gritar e berrar com o jovem garoto. Todos no escritório estavam perplexos, observando com expressões confusas enquanto os dois faziam uma cena.

"Silêncio! Você é apenas um maldito pervertido!" o homem esbravejou, enquanto uma morena de olhos verdes surgia atrás dele, tentando disfarçar seu sorriso malicioso. Ela se aproximou lentamente e segurou o braço do homem mais velho.

"Chefe, por favor, não faça um escândalo por causa disso, eu estou realmente bem", Rostum testemunhou a mulher fingindo estar abalada, com lágrimas artificiais escorrendo por seu rosto. "Tenho certeza de que foi apenas um mal-entendido." Ela estava tão frágil naquele momento que ninguém ousaria contestar a sua interpretação naquela situação, embora fosse evidente que ela não havia sofrido dano algum.

Esse ato fez aparentemente o homem de meia-idade ficar ainda mais furioso. "Como você se atreve a fazer minha pequena Nina chorar?", ele rugiu. O ruivo estava claramente confuso. Afinal, essa tal Nina sempre o intimidava, e ninguém ousava enfrentá-la; ela parecia intocável. Como poderia ele sequer cogitar cortejá-la, ou melhor dizendo, como ousaria ele pensar em falar com uma mulher como ela?

Era evidente que tudo isso era um teatro muito bem ensaiado pela garota. Rostum se encontrou em uma situação em que não podia se defender das falsas acusações, e ninguém estava ao seu lado ou demonstrava preocupação por ele. Ele estava completamente sozinho naquele momento.

A raiva do homem parecia inabalável, e ele continuou a repreender Rostum com palavras ásperas e cruéis. "Você é um covarde, Rostum! Mexer com minha Nina é imperdoável. Não quero ver seu rosto por aqui de novo. Está demitido, seu canalha de merda!"

Rostum estava atordoado, e seu coração afundou ainda mais em seu peito. Não havia ninguém para defendê-lo naquele momento. Ele sentiu a solidão e a injustiça o envolvendo como um manto que não parecia querer soltá-lo.

Nina permanecia ali, com um sorriso vitorioso nos lábios, enquanto observava a saída humilhante do ruivo do escritório. Ela ainda teve a ousadia de fingir estar sentida por Rostum, e o ruivo se encontrava agora sem emprego e vagando pelas ruas, até achar um bar.

Rostum então refugiou-se neste pequeno bar de esquina. Ele pediu umas três cervejas, finalmente, começou a se sentir mais relaxado. Ele pensou que provavelmente não deveria beber mais, mas as memórias da quela acusação injusta que sofreu o fizera voltar a beber. Com lágrimas de frustradas nos olhos, elas escorriam por seu rosto de forma constante, então ele murmurou para si, "Devido a uma mulherzinha qualquer... Eu não acredito... Tão... tão... injusto" Sua frustração era avassaladora e parecia querer atingir os céus.

Rostum estava afundando em um misto de raiva e tristeza, incapaz de entender como tudo havia acontecido tão rapidamente, como avia perdido tudo sem nenhuma razão.

Rostum saiu daquele bar com os olhos inchados e uma garrafa na mão. Enquanto caminhava até sua casa, ele deparou-se com uma ponte florida, coberta de borboletas. Rostum se aproximou da ponte e olhou para a lua, com lágrimas nos olhos. Com a voz trêmula, ele perguntou para o céu, "Me diga, por que sou tão miserável? Fiz algo errado? Por favor, me responda!" Suas palavras eram acompanhadas de lágrimas grossas que pintava o corrimão da ponte florida de dor e tristeza.

Rostum buscava desesperadamente respostas, esperando que o universo pudesse oferecer alguma explicação para a injustiça que havia sofrido. As borboletas na ponte pareciam testemunhar sua dor silenciosamente, enquanto a noite continuava a envolvê-lo em seu manto estrelado.

O garoto caiu para trás e se deitou na ponte. "Haha, eu não acredito, sou apenas patético", ele riu de sua própria miséria, um riso amargo que se misturava com as lágrimas. Suas lágrimas formaram uma poça no chão enquanto ele virava uma das garrafas vazias. Rostum limpou a boca com as costas da mão e, finalmente, conseguiu se levantar.

A noite estava envolta em um silêncio pesado, e a ponte florida parecia ser o único refúgio para ele naquele momento de desespero

A cena se tornou ainda mais sombria quando o corrimão que Rostum estava apoiado cedeu com um alto "CRACK". Ele caiu no rio com o corrimão. Enquanto afundava nas águas escuras, uma estranha sensação de aceitação tomou conta dele. Por algum motivo, ele não lutava contra o destino que parecia tê-lo levado.

Enquanto afundava cada vez mais fundo, as lágrimas de Rostum se misturavam às águas do rio, como se estivessem se tornando uma só. Apesar da água gélida ao seu redor, ele sentia um calor reconfortante, como se o rio o estivesse abraçando e acalmando sua dor.

A escuridão envolveu Rostum, e ele não sentia mais medo. A paz parecia estar ao seu alcance agora. Lentamente, ele fechou os olhos, saboreando o gosto amargo da morte que se aproximava, aceitando-a como um refúgio da dor e das injustiças que haviam o dominado durante sua vida inteira

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