jantar (1)

O dia estava um dia claro, com pássaros entoando melodias e flores desabrochando. Tudo parecia estar perfeitamente calmo, certo? … Errado!

Seraphius, o homem que eu não conseguia livrar-me nem por um único minuto, não parecia conhecer o significado de descanso. Ele usava-me implacavelmente, como se tivesse medo de que eu desaparecesse assim que deixasse suas mãos!

Isso é tão sério que agora me encontro numa fonte termal ao lado desse lunático! Quem leva uma espada numa fonte termal!? Mas o que é mais preocupante de tudo isso é uma das minhas descobertas mais recentes: não consigo falar... Com exceção do dia do festival, não consegui proferir uma única palavra.

O que torna a situação cada vez mais desesperadora. Estou preso em um silêncio que me oprime e não consigo entender por que perdi minha capacidade de falar. Seria obra de alguma magia? Ou um efeito colateral das circunstâncias que ocorreram naquele lugar?

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Eu agora me encontro flutuando em meio ao vazio da minha própria mente, incapaz de comunicar o penso. Enquanto isso observo Seraphius e tento entender como essa criança pode ser um vilão, ele continua a me chamar de forma doce e gentil.

Ele também sempre age como se fosse uma honra ser o portador da Sombra da Eternidade, no caso eu, ele e tão amável que não me larga nem mesmo por um momento mesmo que todos digam que é perigoso. Ele estende a mão para levantar me, e, ao ser tocado, sinto uma corrente quente me envolve.

Sempre sinto como se estivesse flutuando para algum lugar distante e calmo. Seraphius continua a sorrir, seus olhos ametistas brilhando com entusiasmo. Isso é tão diferente de qualquer coisa que já vivi.

"Sombra da Eternidade, toda a vez que eu lhe toco, sinto-me incrível... mesmo que o sacerdote tenha dito que espada como você tentam controlar a sua mente de seus portadores... Mas eu sinto-me tão leve, é exatamente o oposto do que ele disse." Seraphius começou a conversar comigo. Embora as pessoas ao nosso redor possam acreditar que ele está perdendo a cabeça ao falar com uma espada, essa interação me faz sentir um pouco mais humano, e isso é reconfortante.

Eu entendo as pessoas ao nosso redor. ༎ຶ⁠‿⁠༎ຶ

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Seraphius continuou a me abraçar como uma pelúcia, parecendo não se importar com as pessoas ao nosso redor. Ele se levantou, deixando a fonte termal e indo em direção a uma cabana de madeira para vestir as suas roupas. Enquanto olhava para mim, Seraphius sorriu novamente. "Sombra da Eternidade, sempre sonhei em empunhar uma espada, mas nunca imaginei que carregaria uma tão especial quanto você." Sinceramente, se alguém nos ouvisse, poderia facilmente pensar que ele está falando com uma pessoa, não com uma espada. Como alguém que pode expressar tamanho afeto pode ser um vilão?

Após se trocar Seraphius começou a se mover, parece que agora estamos indo para o quarto de Seraphius. Ainda não entendo como ele pode dormir comigo sem a bainha e não se ferir, mas isso não é realmente importante. Afinal, ele é um guerreiro habilidoso e deve saber como manusear uma espada com segurança.

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Enquanto caminhávamos, uma empregada nos interceptou. "Jovem mestre, o duque aguarda sua presença para o jantar," ela proferiu as palavras sem sequer se curvar em direção a Seraphius.

Isso é algo que tenho notado aqui em Sforza. O povo em si adoram Seraphius, mas os empregados desta casa parecem menosprezá-lo. Além disso, frequentemente tratam-no de maneira informal, o que, neste mundo, é um grande desrespeito.

No entanto, nunca ouvi uma palavra de queixa vinda de Seraphius sobre o tratamento que lhe era dispensado por seus subordinados. Nem mesmo quando ele era privado de comida ou forçado a usar água suja para lavar o rosto.

A frustração toma conta de mim todas às vezes que presencio essa cena. Por que Seraphius não reage, não grita, ou sequer levanta a voz contra essas pessoas maldosas? É algo que simplesmente não consigo compreender. Como pode o indivíduo conhecido como "O Monstro, da espada," suportar tais abusos?

"Entendo", responde Seraphius e sai, deixando a mulher desrespeitosa para trás. Eu, que sou um estranho nesse mundo, fico irritado com a calma desse rapaz. É frustrante quando esses empregados de baixo nível o tratam como se fosse insignificante, por que ele não se defende?

Como ele pode estar tão calmo? Nem sequer está sendo guiado por uma empregada... Que mulher, grosseira!

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Alguns momentos depois ele chega A porta que leva da entrada do castelo para a sala de jantar é majestosa e imponente. Feita de madeira maciça, talvez carvalho ou mogno, ela é ornamentada com entalhes intrincados e detalhes elaborados. No centro da porta, você encontra um grande e elaborado puxador de latão polido, que, quando girado, abre a porta com um rangido distinto. Como esperado de um jogo de fantasia medieval.

Seraphius e anunciado e entra na sala de jantar, a sala de jantar do castelo Ducal é uma cena de luxo e grandiosidade, com painéis de madeira entalhados, candelabros de cristal e janelas que oferecem vistas deslumbrantes. A grande mesa de jantar é adornada com prata reluzente e porcelana fina, enquanto tapeçarias e lareira completam a decoração. As cadeiras são estofadas de veludo. É o cenário perfeito para eventos importantes e decisões políticas no Ducado.

Uma visão verdadeiramente magnífica, no entanto, essa cena seria ainda mais espetacular se não fosse pela presença de um indivíduo olhando para Seraphius com o desdém de quem observa um mero cachorro.

Seraphius lança um olhar ameaçador em direção a Malachar e, com um toque de desdém, o cumprimenta: "Boa noite, 'pai', como tem passado". Durante todo o tempo que estive aqui hoje, e esse é o primeiro dia em que comemos juntos de Malachar, a atmosfera não poderia ser mais tensa.

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