O clima só aumenta.

Marcelo Beltrão

Eu não pode resistir, é ela que está nos meus pensamentos diariamente, eu não quero viver algo novo, não quero esquecer a Luiza, mas aquele momento, dominou-me completamente.

Quando passou tão perto de mim, é o seus longos cabelos tocaram-me com um cheiro suave, não pensei duas vezes, a tomei coloquei contra o carro, foi sem dúvida o melhor momento que vivi daqueles quatro anos a frente.

Mas aquele marginal conseguiu estragar o nosso momento. Perguntou se ela precisava de ajuda, que audácia! Ele falou um monte de bobagens, provocou-me, mas o que não saiu da minha cabeça é ele dizer que eles são amigos.

A tirei dali, no caminho o silêncio imperava, eu queria tirar isso a limpa, já virava angústia aquela dúvida, então eu perguntei se eram amigos ela nega.

Por que estava querendo saber o que foi aquele clima emtre nós. Mas eu queria esquecer porque não estava disposto a viver nada novo com ninguém, não quero esquecer a Luiza.

Eu olho-lhe tentando mostra normalidade, eu realmente gostei do momento amei, queria não estar amargurado, queria viver aquele momento completamente e sem culpa.

Mas sinto-me culpado em apagar o meu passado e viver algo novo, entao eu lhe disse:

— não aconteceu nada Naiane, e nem vai acontecer.

ela olha-me, como se nada estivesse acontecido:

— está certíssimo, não aconteceu e nem vai, acontecer e o senhor não faz o meu tipo!

Fiquei bravo e disse:

— quem faz o seu tipo, o Marcel?

— Isso não lhe diz respeito senhor.

Pensei comigo ela com certeza viu aquele bandido, só em pensar nessa impotese eu fico nervoso, olho para ela e a aviso novamente:

— falei para você ficar longe dele.

Ela desconversa e diz:

— esquece isso senhor, já chegamos, vamos ao que interessa.

Não me conformei com essa resposta. Ela desce do carro e vai para as baías, eu observo-a, ela cumprimenta os trabalhadores, uns à admira, outros a olha com olhar de cobiça.

Chegamos até o filhote doente, o outro veterinário senhor Carlos, já nos aguardava, cumprimentámo-nos, ele agradece-a por adiantar os remédios ela díz:

— não se preocupe senhor Carlos estou aqui para somar.

Já era tarde, quase escuro quando terminamos. Umas garotas lá do aras, apareceu e disse que iria para uma festa na cidade e perguntou a Naiane, se ela queria se juntar a elas.

— muita gentileza de vocês, lembrar de mim, sou muito grata, só tenho uma pergunta:

—nesta festa tem comida? É que morro de fome não almocei hoje.

— tem comida, tem bebida, tem muito gato para você aproveitar.

Elas rir, parece não se importar com a minha presença a Naiane então decidi ir:

— há então eu vou meninas, espera um pouco vou falar com os meus pais, e me arrumar pode ser?

— claro vai lá estamos lhe esperando.

Elas ficaram ali conversando como senhor Carlos.

Penso, que raio de festa é esta? Para onde ela vai uma hora dessas? E se o Marcel estiver nesta festa?

Eu sei, isso não é ciúmes, não quero que aconteça nada com ela, mas se aquele bandido estiver lá, e fazer alguma coisa com ela, eu vou me sentir culpado.

Eu fiquei ali esperando com as meninas de propósito, elas olhava-me, eu quieto, arrumando algumas coisas.

Quase uma hora depois ela aparece, quando eu a olho parece que está vindo em câmera lenta. Esta lindíssima, penso comigo, todos vão olhar para ela, nesta maldita festa.

Uma saia deste tamanho já é uma afronta, àquela situação incomoda-me, como dona Cláudia e o senhor João, deixou sair assim? Está sensual demais, não quero falar nada, mas não aguento, e a chamo:

— Naiane! Posso fala com você?

Ela se afasta das meninas vem a até mim:

— claro senhor Marcelo, o que deseja?

Falei já irritado, pois eu nãoestava satisfeitocom a sua ida a esta festa:

— é assim que responde às pessoas? O que deseja? E se uma pessoa maliciosa, falar-lhe o que realmente deseja?

Ela olha-me com um sorriso no rosto e diz:

– se eu puder realizar.

Eu olhei-lhe com raiva que eubsei que não devia esta sentindo e digo:

— é capaz?

Ela rindo, sabe que estou balançado disse:

— estou brincando! Você não rir nunca?

— Eu não estou brincando Naiane, para aonde vão?