Eu não esperava

Naiane Lira

Nossa! Está mulher deixou-me tão ‘stressada’, que se o senhor Marcelo, não chegasse, eu com certeza iria fazer uma besteira, podia processar aquela megera para ele nunca, mas, chamar alguém de ladra sem prova.

E ele o que pensava, ao dizer está tudo bem Beatriz, tudo bem, eu fui chamada, de ladra e ele diz está tudo bem só atendi a sua ordem de vir para o carro, para evitar mais confusão, também por que pediu por favor.

Recuso-me voltar com o senhor Marcelo, vou de táxi, vou até andando, mas com ele eu não volto. Falando dele já está vindo.

Eu estava furiosa ainda então eu disse não vou voltar com o senhor. Quando eu estava daindo de perto elw pegou-me pela cintura colocou-me contra o seu carro.

Naquele momento ficamos muito perto um do outro eu podia senti a sua respiração. Senti ele se aproximar de mim mais ainda.

Juro, não esperava aquilo, mas quando sinto o seu cheiro me perdi, fechei os olhos e deixe-me levar pelo momento, um calor inesperado aparece em mim.

Estou totalmente dominada por aquele momento. Quando der repente aparece o senhor Marcel Borges:

— está tudo bem Naiane? Precisa de ajuda?

Foi um susto terrível, perdi o chão:

— está sim, senhor Marcel.

Neste exato momento o senhor Marcelo se vira para ele, e diz:

— ela parece precisar de ajuda? Ela não é responsabilidade sua, Marcel, fica bem longe, só é um aviso.

O senhor Marcel se altera e diz:

— o que Marcelo? está-me ameaçando? A Naiane é minha amiga, ou não pode?

— para com isso Marcel, sei a sua intenção...

Eu interrompi e digo:

— vamos senhor Marcelo temos muito a fazer ainda hoje.

Neste momento aparece a megera, a tal dona do Pet Shop, a mesma mulher que me acusou de roubo agora a pouco:

— está tudo bem Marcelo?

Olho-a com raiva, o senhor Marcelo diz:

— sim, Beatriz, está tudo Vamos Naiane por favor.

Eu entro no carro e fomos embora, o silêncio predomina o caminho, mas eu sentir que ele queria falar algo, ele olhava-me e depois passava a mão no seu cabelo, então não resiste e diz:

— então é amiga dele? Viu ele depois daquele dia?

Eu olho-lhe e pergunto:

— o quê?

Penso comigo depois daquela cena de romance, que eu não esperava, ele está preocupado se eu e o senhor Marcel somos amigos.

Pensei que ele iria falar do clima que rolou entre nós. Fico em silêncio:

— reponde Naiane, vocês viram-se depois daquele dia?

—não vi ele depois daquele dia, e não somos amigos.

— então porque ele disse serem amigos?

— não sei! É mesmo sobre isso que quer falar? E o que aconteceu lá no carro antes do senhor Marcel chegar? Não vai falar sobre isso?

Ele olha-me com a cara sem-vergonha nenhuma e diz:

— não aconteceu nada Naiane! nem vai acontecer!

Olho para ele faço cara de quem não se abalou e digo-lhe: