Minha mente traiu-me.

Marcelo Beltrão \=

Aquele dia só piorou, aquela garota conseguiu tirar a minha paz e o meu orgulho em simultâneo.

com a língua afiada, ela tem resposta para tudo, a proibir de falar com o Marcel Borges novamente, e a chamei pelo nome, ela irónica disse:

— há o senhor sabe o meu nome senhor Marcelo!

Pensei comigo, é claro que eu sei , só não lembrava dela, mas sabia que a filha do senhor João e dona Cláudia se chamava Naiane, eu não a reconheci, más também a culpa não é minha, quando ela saiu daqui, era uma menina, agora voltou assim.

Totalmente diferente parece que comeu ração. Em seguidaa ela fala que eu não mandava dela e que não me devia nada.

Pensei comigo, mora no meu, aras e tem coragem de dizer que nã me deve nada, para acabar com aquela marra dela, eu disse:

— é claro que me deve, mora no meu, aras então deve-me sim!

Ela olha-me com ódio e diz:

— já que é assim vou aceitar a oferta do senhor Marcel Borges, trabalharei-lhe e vou morar em seu, aras.

Eu parei o carro bruscamente ela reclama, mas eu não me importei, percebi que com ela não pode bater de frente, porque ela resiste e sempre se opõem.

Para ela não pensar que eu estava preocupado demais eu disse:

— pensa que me importo com você? Eu só estou preocupado com o seu pai, que não merece observar a sua única filha trabalhando com um marginal.

Mas falando a verdade eu realmente não gostei de ver ela, com aquele mau-caráter, não que eu goste dela ou esteja com ciúmes, não é isso, é que eu não desejo o Marcel Borges na vida de ninguém.

Sei que eu à proibir de tocar nos meus animais, foi agora que eu quebrei o meu orgulho e disse:

— está decidido você trabalhará para mim! Ela olha-me com um olhar de surpresa, mas debocha é diz:

— olha senhor, eu ainda não aprendi trabalhar por telepatia, para eu cuidar dos animais eu tenho que tocá-los e se eu me lembro bem o senhor proibiu-me de tocar nos seus animais.

Com muita raiva daquela reposta que me deu, vou acelerando o carro chego no aras ainda discutido com a garota, que recusava a proposta.

Ela abre a porta e saí do carro andando rapidamente, falando que não era um fantoche para eu manusear de um lado para outro.

Eu saio atrás dela fiquei enfurecido porque ela virou as costas e sai a andar, com isso chamou atenção de alguns trabalhadores que olhava atentos para aquele espetáculo e para acabar a discussão eu disse:

— não adianta reclamar já está decidido a senhorita vai trabalhar aqui e morre o assunto.

A garota volta a cuspir fogo, fica frente a frente comigo e disse:

— há senhor Marcelo isso veremos!

Dona Cláudia aparece e sem saber o que aconteceu disse:

—a minha filha o que ouve?

A mãe da garota me olhando esperando eu falar algo, eu disse está tudo bem dona Cláudia, eu e a sua filha já nos entendemos, viro as costas e vou para o casarão.

Entro no meu quarto ainda intrigado e pergunto a mim mesmo, o que está a acontecer comigo? Depois que a Luiza morreu eu não me importava com ninguém, não era egoísmos, mas a dor sufoca-me e tira o foco de tudo.

Eu até pensei em seguir, eu disse para mim mesmo vou-me levantar e amanhã será tudo diferente, mas quando me vejo ainda estou prostrado.

Deito um pouco então comecei a pensar na marra daquele garota e como ficou diferente muito bonita, logo percebo que depois de quatro anos hoje é a primeira vez que deito nesta cama e não penso em Luiza, a minha mente traiu-me.

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