Eu cedir

Naiane Lira

Sair a correr da cachoeira, conversando comigo mesma, pergunto-me porque tanta implicância? Este homem é maluco já virou perseguição! Preciso trabalhar com urgência, ficar longe daqui.

Ao chegar papai estava-me esperando para conversar, dou-lhe um beijo, ele pede para me assentar, estava muito sério me deixando preocupada, então começou a falar:

— filha o senhor Marcelo, procurou-me.

Me levanto rápido e falo:

— o que papai? Qual foi a reclamação desta vez?

— se acalma filha deixa eu terminar.

— sim, me desculpe papai.

Ele continua a falar:

— o senhor Marcelo disse que viu você conversando, com Marcel Borges, eu sei que é maior, adulta e toma as suas próprias decisões, mas o senhor Marcelo, está certo!

— como assim eu só conversei.

— Filha o Marcel Borges, é um homem perigoso, por favor filha, não trabalha para ele!

— calma pai, eu não vou trabalhar para o senhor Borges, conversei com a mamãe e decidi não ir.

— e, porque não trabalha aqui connosco filha, perto do seu pai?

— É o que eu mais queria pai, mas como posso trabalhar para ele?

— O senhor constatou o quanto ele foi grosso comigo, proibiu-me de tocar nos animais, me expulsou daqui.

— filha o Senhor Marcelo não é uma pessoa ruim.

— pai ele é difícil de conviver, e o senhor não sabe! Ele trouxe-me a força para o aras, no dia em que eu estava a conversaro com o senhor Marcel.

— filha não leve isso a sério, ele agiu assim devido ao luto pela esposa.

— pai, mas ele, não tem o direito de nos arrastar para está dor com ele, falar o que quer connosco, e ofender a todos e ninguém fala nada.

— Eu sei que você tem razão minha filha.

— eu posso aceitar o trabalho por sua causa pai, eu sempre quis trabalhar aqui com o senhor, mas eu vou entrar em conflito com ele, sempre que precisar, aí vai ser ele, que não vai querer trabalhar comigo.

O meu pai aproxima dar-me um beijo e diz:

— Tenta, meu amor vai ser bom para a nossa família.

— Não se preocupe pai pelo Senhor eu vou tentar, te amo.

fiquei com raiva do senhor Marcelo, com que direito ele foi reclamar com papai, sair para tomar um ar, e quem eu encontro o senhor Marcelo, fui em sua direção:

— como você foi capaz de envolver o meu pai nisso? Eu falei pra você que não iria trabalhar aqui!

Ele olha para os lados e com uma Calma que eu nunca vi ele fala baixinho creio que só para me provocar:

— fala baixo não grite! vamos conversar no meu escritório.

— não vou entrar aí, nunca.

Ele pega o meu braço e sai me puxando, eu relutante.

Ele me olha e diz:

— vai parar com isso? Ou quer que eu te leve nos meus ombros?

Então parei e o seguir, pois não queria ser carregada por ele novamente.

A casa enorme, linda como eu lembrava, nada foi mudado, os porta-retratos estavam lá intactos fotos espelhadas por toda a casa.

Fiquei em silêncio até o escritório estava cobertos por foto da falecida esposa.

Detalhe ele ainda segurava o meu braço, só que de leve, chegamos em seu escritório ele pede para eu sentar:

— prefiro assim, estou muito bem.

— por favor senta-se.

Eu com deboche falo:

— nossa! conhece a palavra por favor!

Só então eu me sentei. e

Ele pega um papel e caneta e disse:

— aí está o contrato de trabalho, assine, eu sei que o seu pai lhe convenceu.

Olho para ele e pergunto:

— qual o objetivo disso? Porque faz tanta questão que eu assine este contrato, quando já deixou bem claro, que não me quer aqui? e também não quer que eu toque no seus animais?

Sem me olhar, ele responde:

– eu estou pensando no seus pais, e não em você.

Eu com muito nervoso falo:

— saiba que sou uma ótima profissional e posso trabalhar em qualquer lugar.

Ele fica bravo comigo e diz:

— você quer trabalhar pra quem? Pro Marcel Borges?

— Não existe somente o Marcel Borges aqui sabia? Já visitei muitos aras, e cuidei de vários animais, na última semana, e todos demonstrou interesse em contratar-me.

— eu vou proibir você sair deste aras sozinha, entendeu?

Meu Deus quem é esse homem pensa que é? será que pensa ser o meu pai?

— pensa qie é o meu pai? Não pode me proibir de nada! Onde quer chegar com isso?

— é para o seu bem, aquele bandido está atrás de você! Agora senta aí e assina este bendito contrato, porque com você as coisas nunca são fáceis?

Eu pego o contrato e digo:

— vou ler primeiro, depois vou assinar.

Ele olha-me sem paciência e diz:

— assine agora por favor, eu tenho que levar hoje para o contador.

— Vou assinar senhor, mas tenho algumas exigências

Sem nenhuma paciência me olha eu digo:

— calma são exigências normais não tenha medo, olha fora do meu orário de trabalho, vou atender em outros lugares e eu exijo respeito para comigo, não aceito insultos ou grosserias.

— tido bem garota já acabou?

— há e tenho que tocar nos animais para cuidar deles.

Falei e sorrir, ele olha-me e muito sério e diz:

— aceito, agora assine, e vem porque vai sair comigo.

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