Sou surpreendido.

Marcelo Beltrão

Eu com tantas coisas para resolver e está garota, fazendo drama para assinar um contrato de trabalho, impondo condições.

Como eu estou com pressa, aceitei todas, olhando para ela, e com o pouco de paciência indo embora, falo:

— assine logo vamos sair.

Ela olha-me um pouco assustada:

— para aonde vamos? Eu vou começar a trabalhar agora?

— Sim, vai! Aqui tem outro veterinário, trabalhará com ele o senhor Carlos, depois os apresento.

— tudo bem senhor mais alguma coisa?

— não sei se você sabe, nas próximas semanas haverá um leilão neste aras, e estamos com muito trabalho, tenho uma manada para ser leiloado, e você os examinará hoje, tenho que saber como estão os cavalos, que irei leiloar.

Atenta a tudo que eu falo ela demonstrar muito interesse:

— claro senhor, só me dá um instante, vou trocar de roupa e sigo-lhe, pode ser?

— tudo bem lhe espero lá fora.

Ela sai, percebo que ainda está com maiô da cachoeira e o vestido por cima, penso comigo ela é linda, como ficou tão diferente?

Era uma menina quando saiu daqui e agora volta desse tamanho, eu estou velho! Saio dos meus pensamentos, digo para mim mesmo: O que estou a pansar? Vou esperar do lado de fora.

Depois vou lhe apresentar tudo. Ela volta eu olho-a estava com cabelos soltos, blusa cinza, calça jeans, botas de montaria, tudo nela fica bonito, fico a olhar tanto, que me perdi, ela chega perto e diz:

— está tudo bem senhor Marcelo?

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Fico com raiva de mim mesmo por permitir acontecer isso, a olho para com raiva por ela me causar esta sensação:

— se estou bem, ou não, isso não é da sua conta, agora vai fazer o que foi paga para fazer.

Ela com fúria no olhar diz-me:

— olha aqui! Eu não sou sua escrava, pensa que, só porque assinei este maldito contrato vai fazer comigo o quer? Eu não aceito grosseria de ninguém senhor! Se não me quer aqui, porque não rasga o contrato? E não terá que conviver comigo.

Eu vejo-a tão nervosa e digo:

— calma Naiane! Eu sou assim, desculpe-me.

Então ela chegou bem perto de mim frente e diz:

— não faça isso novamente, não vai gostar da minha resposta.

Sair a mostra tudo ali, ela examinou algumas animais, receitou remédios, tinha um filhote que a preocupou:

— senhor terá que comprar está lista de remédios hoje ainda, este filhote precisa ser tratado ou vai perdê-lo.

— tudo bem! você irá comigo

— eu!

— Sim! Tenho muitas coisas para resolver, enquanto eu resolvo compra os remédios, pode ser?

— Claro senhor.

Entrarmos no carro e fomos, no caminho o silêncio predomina ela olha a paisagem rir sozinha, chegamos na cidade:

— como já conhece a cidade resolver aí a questão dos remédios e outras coisas que precisa comprar.

Entrego-lhe um cartão:

— é só aproximar tá bem?

— Tudo bem senhor Marcelo, Mas dependendo do valor com certeza vai pedir a senha.

Pega uma caneta e digo-lhe:

Por favor me dê sua mão.

Ela me olha estranho, mas estende a sua mão e eu escrevo a senha.

— obrigado senhor, já vou.

— Espera Naiane, dá-me o seu número ou pega o meu.

Ela dá-me o seu número eu salvo e agradeço.

Muito correria, encontrei com tio Miguel, fomos junto resolver alguns assuntos da organização do evento, após resolvido despedimos-nos ele foi-se.

Já cansado, resolvo tratar o último assunto, depois irei ligar para a garota e vamos embora. Entro em uma petshop de um amigo meu ele tem uma rede de pet shop em toda a região, vou para falar do patrocínio do evento, ouço um barulho de confusão.

Aproximo-me observo a Naiane e a Beatriz Navarro discutindo, ela é a filha do dono, meu amigo Paulo Navarro.A Beatriz dizia:

— quem é você? Eu não vou autorizar a compra e não vou devolver este cartão, não é seu, eu conheço o senhor Marcelo Beltrão, ele jamais daria o seu cartão a você, me fala o que você é dele?

— Eu não vou falar nada para você, isto é uma humilhação, eu estou autorizada a usar este cartão, e se você o conhece tão bem liga pra ele, e pergunta, mas uma coisa eu te digo linda, eu vim com o cartão e eu vou leva-lo de volta me devolve agora.

Meu Deus está garota é brava demais ela arrancou o cartão da mão de Beatriz, resolvo interferir para não piorar a situação digo:

—o que está acontecendo? A sua amiga, está me acusado de roubo, por causa droga deste cartão.

Ela olha a Beatriz e diz:

— no dia que você me acusar de novo, você vai conhecer-me.

— Marcelo, ela está a ameaçar-me eu só estava preocupada, tive medo do seu cartão ter sido roubado.

Eu olho para a Beatriz e digo:

— tudo bem, Beatriz só foi um mal entendido.

Mas quando a Naiane ouviu a minha resposta vem a minha frente e diz:

— tudo bem? Tudo bem que não foi você!

— calma Naiane! Espere-me no carro.

Ela não se move, eu olho-lhe:

— por favor!

Ela sai, vai para o carro.A Beatriz vem se desculpar:

— Marcelo, perdoe-me por favor!

— está tudo bem Beatriz, onde está mercadoria que a Naiane comprou?

— Está aqui.

Uma moça pegou e me entregou, mas quando vou sair a Beatriz vem se despedir, pedindo desculpas novamente dá-me um beijo e abraça-me.

Ela declarou-se para mim, um ano depois que perdi a Luiza, e desde então seNãoe mostra o seu interesse.

Sair pensando, lá no carro está o meu verdadeiro problema, este daqui eu já resolvi deixei bem claoro para a Beatriz que não teríamos nada.

A Naiane estava em pé a esperar-me e quando eu me aproximo ela diz:

— não vou com o senhor!

— como?

— Não vou ir, agora com o senhor.

— isso eu já ouvir, vai com quem?

— Não sei ainda, vou dar jeito.

Eu sinceramente Estou sem paciência para essa garota:

—entrar no carro agora! Veio comigo, vai comigo!

Ela finge que não escuta e vai saindo, a pego pela cintura e a pressiono contra o carro, chego perto sinto o seu cheiro tomando conta de mim,

O que eu estou fazendo? Pensei, não vou resistir vou beijá-la, aproximo-me quando ouço uma terrível voz:

— está tudo bem aí Naiane?

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