A discussão

Naiane Lira

Assim que eu observei os meus pais conseguir soltar-me das mãos daquele louco. Abracei os meus pais com tanta vontade, com tanto amor que o meu coração parecia querer parar.

Aquela terrível aflição que experimentei a pouco não ia tirar a alegria e a emoção de observar os meus pais depois de seis longos anos.

A minha mãezinha olhou-me com o rosto molhado de lágrimas e acariciando o meu rosto que também estava molhado disse:

— Naiane como pode ser tão linda? O meu Deus! Parece uma boneca a minha filha.

A emoção tomou conta de mim que eu não tinha palavras só lágrimas para chorar o meu pai abraçou-me e disse:

— filha que mulherão pelo celular não dava para ver você direito!

Eu ainda em pranto olho para o lado está o senhor Marcelo Beltrão, parado frio sem um pingo de sentimento por ser tão rude, olha para o meu pai e diz:

— matem a sua filha longe do meu cavalo, o senhor entendeu senhor João?

Quando eu ia abrir a boca para responder à altura mamãe faz sinal para eu ficar em silêncio.

A minha mãe entrelaça o seu braço ao meu então a curiosidade tomou conta de mim:

— o que ouve com este homem?

— longa história, depois eu conto quero saber de você com uma beleza dessa deixou muito coração partido na capital?

— para mãe! Assim a senhora deixa-me sem graça sabe que eu sou muito focada quando quero algo corro atrás. Tive um romance, mas quando percebi atrapalhar os meus estudos terminei, e estou sozinha desde então.

Fomos para casa ficamos horas e horas conversando a matar a saudades. Novamente entro no assunto do Senhor Marcelo Beltrão, na verdade, eu sabia que ele perdera a sua esposa.

Fiquei triste porque gostava muito dela, era uma ótima pessoa, ele também era muito gentil fiquei surpresa ao vê-lo tratar-me assim.

A minha mãe relatou o restante da história que eu não sabia. Eles não me contaram que ele se fechou para mundo, eu até entendo a dor dele, mas as outras pessoas não têm culpa e a vida tem que seguir.

Fui dormir a pensar o quanto o mundo da volta eles eram tão felizes e hoje ele está aí sozinho, que triste!

Amanheceu eu acordei cedo muito empolgada para matar a saudades das pessoas que eu conheço naste Aras.

Primeiro observarei os animais, os lugares que eu gostava de ficar, cada detalhe da minha infância eu queria rever.

Fiz a minha higiene pessoal coloquei uma calça (jeans) uma blusa branca e uma bota de montaria deixei os meus cabelos soltos.

Desci beijei a minha mãe ela disse:

— vai para onde sem tomar café? Venha logo toma o seu café e depois você vai.

Concordei tomei o café o, mas rápido possível e sair a correr antes que ela me impedisse novamente.

Saio da casa sinto um cheiro maravilhoso da natureza, do campo encontro vários rostos conhecidos os comprimento conversando com todos.

Rindo e relembrando algumas travessuras que eu já aprontei vi rostos novos que eu não conhecia os cumprimentei de igual modo.

Chego perto do curral vejo um bezerro com a pata bastante machucada penso tenho que cuidar disso agora, ou vai piorar.

Volto para casa pego a minha maleta com todos os meus equipamentos de trabalho e volto para lá.

O bezerro estava deitado começo a examinar o ferimento limpo e estou a tratar para não piorar, em seguida ouço os gritos atrás de mim.

— Quem lhe deu ordens para tocar nos meus animais, sua insolente!

Me levant tentei ser educada explicando:

— senhor!

Mas ele nem deixou eu falar foi logo sendo grosso:

— cala a boca! Não lhe dei o direito da palavra.

Fiquei tão furiosa que resolvi lhe falar umas verdades:

— arrogante, mal-educado, grosso, eu estava a ajudar.

Ele olhou-me com ódio no olhar e começou a dizer:

— vai embora do meu aras agora! Pega as suas coisas e some.

Nesta hora o meu pai aparece e diz:

— se a minha filha querida não pode ficar aqui eu e a minha esposa também não ficamos.

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