Revelações e Emoções (Nícolas)

Quando Camille termina de falar, fico paralisado vou ser pai, algo que sempre desejei ser pai era meu sonho, mas não desse jeito queria estar casado de verdade, não por um contrato é claro, eu amo Camille, só estava esperando o melhor momento para falar a ela estou muito preocupado com o que vai acontecer só faltam dois meses para o contrato acabar saio dos meus devaneios quando vejo Camille aos prantos, e a abraço forte.

— Ei, calma vamos dar um jeito — falo, tentando confortá — la.

— Como, Nicolas? O contrato está quase acabando em breve vamos nos separar — diz ela entre lágrimas.

— Não vamos nos separar — afirmo, e ela olha para mim assustada. — Camille, você não percebeu? Eu te amo só estava esperando o momento certo para te dizer isso nunca amei alguém como amo você — declaro, puxando-a para mim e beijando-a o beijo é molhado pelas lágrimas, mas está cheio de emoção paro e olho para ela. — Vou ser pai ainda não acredito que vou ser papai.

— Sim, meu amor, você vai eu também te amo com todas as minhas forças — ela diz e me beija novamente, suas mãos entrelaçadas em meu cabelo, aprofundando o beijo. — Mas o que vamos dizer aos nossos pais? — pergunta preocupada.

— Não sei, mas não se preocupe que tal deitarmos? — proponho.

— Mas você não precisa voltar para a empresa? — questiona.

— Não, decidi passar a tarde com você — digo, abraçando-a.

Fomos para o quarto e passamos o resto da tarde deitados, assistindo TV assinar esse contrato foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida nunca pensei que me apaixonaria assim, e ainda por cima ser pai Camille está realizando meu maior sonho, o de ser pai mesmo que não seja o momento ideal, estou muito feliz continuo fazendo carinho nela até que ela adormece desligo a televisão e deito ao lado dela, abraçando-a amanhã é o dia da festa, o meu pai quis usá-la como oportunidade para falar com a imprensa aúnica coisa que quero é ter Camille só para mim, sem tramas de contrato e sem ninguém para atrapalhar estou cansado, só quero viver em paz com a mulher que amo será que é pedir muito?

Acoro com o sol batendo em meu rosto me movo um pouco e percebo que Camille está acordando aos poucos.

— Bom dia desculpa por te acordar — pergunto e ela balança a cabeça negativamente.

— Bom dia — ela responde, com um leve sorriso.

— E então, pronta para o dia de hoje? — pergunto, mexendo em seu cabelo.

— Nem um pouco o que vamos dizer? — está preocupada.

— Ei, não se preocupe vai dar tudo certo — tento tranquilizá-la.

— Assim espero — ela diz, aninhando-se em mim.

Levanto da cama e vou tomar um banho hoje é sábado, e não tenho nada a fazer na empresa posso passar a tarde inteira com Camille terminado o banho, vejo-a deitada aproximo-me da cama e beijo o pescoço dela, fazendo-a arrepiar.

— Não vai levantar? — pergunto, distribuindo beijos pelo pescoço.

— Não podemos passar o dia todo na cama? — ela propõe, fazendo um biquinho por um instante, quase me deixo levar pelo biquinho.

— Não, não podemos — respondo, decidido. — Já programei um dia legal para nós.

— Quando foi que eu não me lembro? — ela pergunta confusa.

— Tenho os meus contatos — digo.

Tomamos café da manhã e decidimos passar na mansão dos meus pais para ver se eles precisam de nossa ajuda no caminho, Camille coloca música e começa a cantar na verdade, mais do que cantar, ela quase grita eu só rio das suas loucuras no carro a primeira música é "Na sua Estante" da Pitty, e a outra, se não me engano, é "Perfect" de Ed Sheeran é incrível a capacidade dela de mudar de uma música animada para uma música calma ela é tão perfeita para mim por trás dessa mulher determinada e decidida, há uma menina assustada ela pode parecer forte agora, mas sei que quando voltarmos para casa, ela vai cair em prantos, e eu estarei lá para confortá-la.

— Você acha que devemos contar a eles sobre o bebê? — ela pergunta, fitando um ponto vago.

— Não vejo razão para esconder — respondo e a olho com ternura.

Alguns minutos depois, chegamos à mansão, que está muito agitada devido à festa vejo meu pai e o pai de Camille conversando na sala parece que é a hora certa para contar a todos, já que estão presentes vou até o microfone.

— Boa noite a todos — começo, chamando a atenção. — Principalmente, sejam bem-vindos espero que estejam gostando da festa em segundo lugar, quero compartilhar com vocês uma notícia boa sei que surgiram notícias sobre mim e minha esposa, e gostaria de esclarecer Camille e eu nos casamos rapidamente sim, foi porque sempre a amei mesmo ela não se lembrando de mim, mesmo ela não se lembrando do garoto indefeso que sofria bullying na escola pelas garotas populares — digo, provocando risos nos convidados olho para Camille, que está com um olhar surpreso e lágrimas nos olhos. — Mas, mesmo sabendo que sua reputação escolar ficaria ameaçada, ela me ajudou a partir desse momento, comecei a me apaixonar perdidamente vocês nem imaginam, tinha apenas 14 anos. — Faço uma pausa para uma piada, e todos riem. — No entanto, meu pai me transferiu de escola e me livrou dessas situações ela não se lembra de mim até que falei para meu pai que queria me casar com ela, de qualquer forma no começo, ele achou uma loucura, mas depois aceitou foi quando ele fingiu um contrato com o amigo dele, que o ajudaria, desde que ela se casasse comigo mesmo que meu pai fosse ajudar sem precisar de nada em troca, ela aceitou e bem, aqui estamos nós, como o jornal mostrou no entanto, o contrato pode não ser real, mas o casamento é. — Encaro Camille, que parece surpresa. — O casamento é de verdade assinado ou não, eu continuo amando Camille ainda mais e agora, ela vai me dar a coisa mais preciosa, um filho a quem amarei intensamente — termino, e todos aplaudem surpresos saio do palco e vou até Camille para explicar novamente.

— Por que não me disse isso antes? — ela pergunta assim que me aproximo.

— Porque, se tivesse te contado, você não teria aceitado — explico.

— Você me ama, ou foi uma encenação? — pergunta, com um toque de insegurança.

— Claro que te amo pensa que faria tudo isso se não a amasse? Amo você mais do que tudo, incluindo o bebê que está esperando — digo sinceramente.

— Desculpe, é que tudo está confuso — ela diz, tentando entender.

— Eu entendo. Sou eu que devo me desculpar por ter escondido isso de você — admito.

— Eu também te amo, Nicolas.

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