Capitulo 13 — O confronto.

Sentados na sala, Rosa e Márcio ainda sentiam os efeitos das palavras de Pedro.

O que eles haviam acabado de descobrir sobre Beatriz os deixou atordoados e desesperados.

As lágrimas de Rosa já haviam secado, dando lugar ao medo e a incerteza .

Ela olhou para Márcio em busca de respostas, mas seu marido parecia tão perdido quanto ela.

— Márcio, o que vamos fazer? Como isso aconteceu com a nossa filha? — disse Rosa.

Márcio balançou a cabeça, ele não tinha respostas, apenas perguntas.

— Eu não sei, Rosa. Eu simplesmente não sei.

Eles sabiam que precisavam confrontá-la, descobrir a verdade por trás de Marlon e entender como sua filha havia se envolvido com alguém tão perigoso.

Márcio levantou-se da poltrona e começou a andar de um lado para o outro na sala.

— Precisamos falar com ela, Rosa. Não podemos mais ignorar isso.

— Você está certo, Márcio. Vamos chamar Beatriz para uma conversa após o jantar.

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Depois que o jantar foi servido e todos se sentaram à mesa, Márcio e Rosa trocaram olhares nervosos.

Beatriz estava distraída, mexendo na comida sem realmente comer. Ouvir as conversas ao redor da mesa parecia uma tarefa difícil para ela naquele momento.

Finalmente, quando o jantar chegou ao fim, Márcio e Rosa trocaram olhares mais uma vez. Era hora de confrontar a verdade, não importava o quão dolorosa fosse.

Rosa chamou Beatriz para a sala de estar, o medo apertou seu coração quando ela se juntou a eles na sala.

O clima na sala era tenso, e Beatriz estava confusa ao notar a expressão séria em seus rostos.

— O que está acontecendo? — Beatriz perguntou, a inquietação roubando sua voz.

Rosa olhou para Márcio, que assentiu com firmeza. Respirou fundo, buscando as palavras certas para começar aquela conversa angustiante.

— Beatriz, precisamos discutir algo muito sério. — Rosa começou — Descobrimos que você tem se encontrado com um tal de Marlon.

Beatriz manteve os olhos fixos em sua mãe, um nó apertando sua garganta. Ela estava ciente de que sua relação com Marlon havia sido descoberta.

— Como descobriram sobre ele? Ele é apenas um amigo! — Beatriz protestou, sua rebeldia começando a se manifestar.

Márcio tomou a palavra, sua calma habitual substituída por uma firmeza inabalável.

— Beatriz, descobrimos que Marlon está envolvido com o tráfico de drogas. — Ele disse diretamente, seu olhar perfurando o de sua filha.

A rebeldia de Beatriz atingiu seu ápice. Ela nunca havia visto seu pai tão furioso, e isso a impulsionou a contra-atacar com ainda mais fúria.

— Vocês estão loucos! Quem espalhou essas mentiras? Pedro, foi ele, não foi? — Beatriz chorou, seus olhos faiscando e sua voz ecoando com intensidade. — Ele não é uma pessoa má… vocês nem o conhecem… eu… eu…

— Beatriz, cale a boca! — Márcio rugiu, sua paciência se esgotando. — Você acha que isso é uma brincadeira? Você ouviu o que esse rapaz faz? Estamos decididos, não queremos que você se envolva com ele.

As palavras dela foram sufocadas pelo olhar severo de seus pais, que não cederam à sua raiva.

Seus olhos se arregalaram, sentindo-se acuada, ela correu para o quarto e trancou a porta.

— Márcio, precisamos pegar o celular dela. — Rosa disse.

— Sim! — Márcio concordou, sua raiva ainda palpável.

Márcio e Rosa estavam decididos a tomar medidas drásticas, conscientes de que não podiam permitir que sua filha fosse arrastada por aquele caminho.

Rosa se aproximou da porta do quarto de Beatriz e exigiu que ela entregasse o celular. Beatriz, aos berros, recusou-se a obedecer.

Márcio, vendo a recusa de Beatriz, pegou uma chave de fenda e se aproximou da porta do quarto.

Rosa olhou surpresa, compreendendo o que ele estava prestes a fazer.

Beatriz, do lado de dentro do quarto, percebeu os movimentos do pai.

— O que você está fazendo, pai? — Beatriz perguntou.

Márcio não respondeu. Em vez disso, começou a desparafusar a porta do quarto.

O som metálico dos parafusos sendo retirados ecoava, e Beatriz assistiu em desespero à destruição de sua privacidade.

— Vocês não têm o direito de fazer isso comigo! — Beatriz gritou.

Finalmente, a porta se soltou do batente, e seus pais entraram no quarto. Márcio, esticou as mãos exigindo o celular.

Beatriz estava chocada e temendo que mais revelação comprometedoras fossem descobertas, com um movimento rápido e desafiador, pegou o celular e o atirou com força contra o chão.

Márcio pegou os destroços do aparelho e deixou o quarto de Beatriz com Rosa em sua companhia.

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No quarto, agora sem porta, Beatriz se sentia vulnerável. A privacidade que ela tanto valorizava havia sido violada, e ela se sentia acuada em sua própria casa.

Ela se perguntava o que mais seus pais estavam dispostos a fazer para mantê-la longe de Marlon.

Beatriz, sentia-se mais perdida do que nunca.

Seus pensamentos estavam em Marlon.

Ela ainda queria acreditar que ele era alguém que podia mudar, alguém que tinha um lado bom.

Mas, ao mesmo tempo, uma parte dela sabia que ele estava envolvido em coisas perigosas, coisas que ela não podia ignorar.

As palavras de seus pais ecoavam em sua mente. “Marlon está envolvido com o tráfico de drogas.”

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O confronto estava longe de terminar.

A rebeldia de Beatriz havia sido inflamada, e a determinação de seus pais em protegê-la estava mais forte do que nunca.

O que o futuro reservava para essa família estava envolto em incertezas, mas uma coisa era certa: o drama estava apenas começando!

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