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Beatriz se tornava cada vez mais resistente às ordens e regras impostas por seus pais, causando tristeza e preocupação para a família.
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Ela chegou da escola por volta de meio-dia, tirou seus sapatos e meias, jogou a mochila no sofá e foi direto na cozinha onde estava sua mãe.
— Estou morta de fome! — Beatriz falava enquanto mexia nas panelas.
— Ainda não está pronto, Bia! Pegue sua mochila, sapatos e leve para seu quarto.
— Mas deveria, você está de férias. O que faz o dia todo? QUE SACO! — Beatriz grita e entrando em seu quarto bate à porta.
— Pode bater à porta e gritar, mas hoje quero que limpe o seu quarto todinho! — da cozinha sua mãe exige.
— Aham, espera sentada! Eu estava estudando até agora e você em casa, ainda quer que eu arrume o meu quarto? Você é insuportável, por isso o papai já quis te deixar!
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Deitada em sua cama, no meio de uma bagunça de roupas espalhadas, copos e pratos embaixo da cama, Beatriz pega o celular e começa a conversar com sua amiga Júlia por mensagens.
— Júlia, não aguento mais essa casa! Minha mãe quer que eu faça tudo, só sabe reclamar e exigir o tempo todo.
— Ah! Amiga, por isso vim morar com a minha avó, ela me deixa livre. Mas mudando de assunto, e sobre a festa na casa do Iago? Será demais, vários gatos de fora, bebida e não precisaremos levar nada, tudo por conta dos homens. — Júlia fica eufórica enquanto fala.
— Como eu vou? A bruxa da minha mãe não deixará e o banana do meu pai acompanha tudo o que ela decide.
— Tem que dar um jeito, vai ser ótimo! Diz que dormirá aqui em casa.
— Vamos ver, amiga! Bajular a bruxa para ver se libera a Cinderela. — Achando graça, Beatriz se despede.
— Tenta mesmo, Bia! Eu sempre falo: a vida é uma só!
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Beatriz se levanta num salto da cama e arrumar o quarto. Depois desce e almoça com a sua mãe.
Conta sobre a escola e de como sentia falta dos seus irmãos mais velhos.
Eles já eram casados e não viviam mais na casa dos seus pais. Rosa ficava muito feliz quando a filha interagia.
O seu pai chegou quase oito horas da noite, devido a uma reunião, pegou trânsito e chegou tarde.
Beatriz estava na sala assistindo TV com a sua mãe, isso surpreendeu, era raro ela fazer isso.
— Chegou tarde, pai!
— Coisas da vida, minha filha. — Márcio responde enquanto dá um beijo em Rosa e em Beatriz.
— Márcio, deixei seu jantar na cozinha. — informa Rosa.
— Comi qualquer coisa por lá mesmo, hoje só quero banho e cama. — Sentando e se esticando na poltrona.
— Mãe, pai, aproveitando que vocês dois estão aqui, a Júlia quer fazer uma festa do pijama na casa dela. Só terá meninas e eu quero ir. Será no sábado à noite. Posso ir? — Beatriz pede, juntando as mãos em sinal de súplica.
— Beatriz, dormir fora não é permitido, é uma das nossas regras, por favor, é importante que você respeite nossas decisões. — Rosa preocupada, nega.
— Filha, estamos fazendo isso porque queremos o melhor para você. — Márcio concorda com firmeza.
— Vocês nunca entendem! Qual o problema, só terá meninas e a avó dela estará em casa. Por favor, deixem eu ir? — Beatriz começa a chorar.
— Você pode ficar lá e mais tarde eu e o seu pai a buscamos.
— NÃO! Todas as meninas estarão lá. Não tem perigo numa casa… Por isso, prefiro a morte. Não tem graça viver.
— Deixa, Rosa. Realmente não há perigo em dormir em uma casa com meninas e uma idosa!
— Tudo bem, Beatriz! Confiaremos em você. Não é para sair de casa e de manhã quero você de volta. Combinado?
— Sim, combinado! Juro que não sairei e de manhã estarei de volta.
Sem qualquer remorso, Beatriz mente e tenta, em pensamentos, justificar os seus atos: “Odeio esta casa e odeio vocês dois me prendendo. Eu não sou prisioneira. Nunca me entendem e, já que me proíbem de tudo, farei escondida. Já tenho 16 anos, não sou mais criança”.
Levantando-se toda feliz, agradece e beija seus pais. Corre para o seu quarto, querendo contar a novidade para Júlia.
Beatriz acreditava que os seus pais não entendiam as suas vontades e desejos.
Sua arrogância era evidente e ela parecia estar determinada a seguir o próprio caminho, independentemente das consequências.
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EM SUA CAMA, MANDA MENSAGEM PARA JÚLIA
— Júlia, consegui convencer meus pais a dormir na sua casa. Mas como vamos sair sem sua avó nos ver?
— Mentira, jura? Será demais a festa, só caras mais velhos e gatos. Nada desses garotos chatos da nossa idade. A minha avó é o de menos. Depois que ela dorme, pode a casa cair que ela não acorda mais.
— Nem acredito que estarei em uma festa dessa. Tenho que ir com uma roupa sua. Meus pais não podem desconfiar de nada. Então, nem considerar levar roupa de festa para sua casa. Minha mãe é uma bisbilhoteira.
— Claro, Beatriz! Nem acredito que você conseguiu permissão para dormir fora de casa. A noite ficará pequena para nós duas.
— Sabe, eu estou cansada de seguir as regras deles. Quero viver a vida do meu jeito!
— É isso aí, amiga! Você tem que fazer o que te faz feliz. Eu sempre falo: “A vida é uma só”.
— Aham… Beijos! Que amanhã tem aula! — Beatriz se despede.
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Beatriz estava animada com a ideia de ir à festa, sem limites e com garotos mais velhos.
Mas o destino reservava-lhe uma armadilha, e ela era imprudente.
Não lhe bastava a grosseria com que tratava os seus pais, seus gritos e rebeldias.
Provocar o destino era uma das suas especialidades, e o preço seria alto, muito alto.
Será que Beatriz estava preparada para as consequências?
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Giselda Wolmann Leão
Pior que eu tenho uma sobrinha assim acabou com a vida do pai de tanto brigar com a mãe e o pai
2024-01-27
1
Shirlei
Que menina mimada…
2023-12-24
2
Melina Mello
não, e não vejo a hora dela quebrar a cara
2023-12-03
1