Micaeli não é minha ex- noiva. É apenas uma Submissa que eu tive por 2 anos. E quando eu não quis mais nada com ela, ela surtou. Ele diz.
- Mas você não falou nada sobre ela. Você escondeu de mim.
- Você quer mesmo falar sobre esconder? A mulher que é casada, e disse que era solteira, está querendo me cobrar por não falar as coisas. É sério isso?
- Sim....mas é que...
Ele me interrompe.
- É que nada. Esse assunto acabou. Eu não falei sobre ela e nem você falou sobre seu marido. O que importa é que agora estamos juntos. Estou indo dormir. Ele diz já saindo.
- Posso dormir com você?
Ele para de andar e sem olhar para trás responde:
- Não! Meu quarto é proibido, sabe muito bem disso.
Ele volta a andar, coloca a chave na fechadura, abre a porta e entra. Eu fico chateada com sua frieza, e me deito no quarto pensativa e triste.
Preciso fazer alguma coisa para levantar um dinheiro. Mas não sei o que. Não quero depender de Carlo como aconteceu com Jr. Sei que a mulher quando é dona do seu próprio dinheiro. Tem muito mais opções na vida.
E eu queria fazer a faculdade. Então preciso de dinheiro.
Pego meu celular e começo a olhar as redes sociais até que uma postagem me dá uma grande idéia.
- É isso! Eu digo a mim mesma.
Eu me troco, pego o restante do dinheiro que eu tinha e saiu para ir ao supermercado. Ao sair chamo um carro por aplicativo. No elevador do prédio, um rapaz branco, de olhos azuis, cabelo preto, vestido de terno e gravata, entra, logo no andar abaixo e ao entrar me cumprimenta.
- Bom dia moça! Ele diz.
- Bom dia. Eu digo.
- Você é nova no prédio? Ou está trabalhando para algum morador? Ele pergunta
Não costumo ligar muito para a opinião das pessoas, e menos ainda para o que elas pensam. Mas Carlo já havia me irritado. Eu acabo respondendo.
- Porque visto roupas simples, você deduziu que sou uma empregada?
Eu não tinha preconceito e nem achava as empregadas inferiores. Mas não ia deixar aquele riquinho, esnobe me diminuir.
- Me perdoe. Não foi o que eu quis dizer. Perguntei por que muitas pessoas trabalham aqui. Meu nome é Renato. Sou morador do Ap 190. Seja muito bem vinda.
- Prazer! Sou a Maria Luiza e moro no Ap 200.
- Você é parente do Sr. Carlo? Ou ele vendeu o Ap para você? Ele pergunta. A porta do elevador se abre e eu apenas digo já saindo:.
- Tenha um ótimo dia.
Passo pela portaria e entro no carro de aplicativo que já me esperava. Vou até o supermercado e compro vários ingredientes e embalagens. Ao todo gasto 500 reais. Chamo um carro por aplicativo novamente e retorno para casa. Quando estava subindo no elevador, ouço alguém gritar.
- Segura o elevador por favor!
Eu levo a mão a porta e seguro.
Quando olho é o Renato, novamente.
- Caramba Maria Luiza o destino está querendo a gente perto.
- Não acredito em destino. Eu respondo.
- Mas pode me chamar de Malu. Maria Luiza é muito formal. Eu concluo.
- Perfeito Malu. Você estuda ou trabalha por perto?
- Não trabalho no momento. E pretendo iniciar o curso superior agora nesse semestre.
- Poxa isso é muito bom. O que deseja cursar?
- Medicina! Eu respondo.
- Nossa parabéns um ótimo curso. Bom chegou no meu andar. Até mais.
- Até!
Eu chego no apartamento Carlo ainda dormia. Eu guardo todos os ingredientes. Amanhã eu começo a fazer tudo.
- Sra. Rosa, eu quero preparar o almoço. Tudo bem para você?
- Sim. Fique a vontade. Ela diz.
Eu começo a cortar os ingredientes, e preparo um strogonoff de carne, outro de frango, arroz, feijão, a batata palha caseira, e uma salada de verduras e tomate. E para sobremesa um mousse de maracujá e suco de caju.
Carlo acorda, vem até a cozinha e me vê no fogão mexendo na panela. Ele me abraça por trás e beija meu pescoço.
- Hum! O cheiro está muito bom querida.
- Espero que goste Carlo, eu fiz com carinho.
Eu digo e me viro lhe dando um beijo.
- Sente - se, eu já vou por na mesa. Eu digo.
A mesa já estava quase toda pronta. Faltava apenas o strogonoff de carne. Eu finalizo, coloco na forma de ceramica e levo a mesa. Pego um prato e sirvo Carlo.
- Vou chamar a Sra. Rosa. Eu digo. Ele segura minha mão.
- Não! Ela não come com a gente.
- Por quê?
- Ela trabalha para nós. Não é minha amiga ou convidada. Ele diz baixinho
- Está zuando né? Eu pergunto indignada.
- Estou falando sério! Ele diz.
Eu puxo a minha mão e digo:
- Meu lugar também não é aqui.Na mesa com o patrão.E eu não tenho nem onde cair morta, com licença Sr. Eu respondo e me afasto, retornando a cozinha.
Eu começo a lavar a louça.
Quando ele me puxa pelo braço.
- Que palhaçada é essa Maria Luiza?
- Não fiz nada. Só não me sinto digna de me sentar a mesa com o chefe.
- Não me provoque Maria Luiza! Ele grita.
Sra Rosa se aproxima.
- Sr. eu tenho uma consulta mais tarde queria sair uma hora antes. Posso ir?
- Pode ir agora! Está liberada. Ele diz sem tirar os olhos e a mão de mim.
- Ainda precisa retirar a roupa da máquina e cuidar da louça.
- Eu cuido Rosa. Obrigada. Pode ir. Eu digo, olho para ela e dou um sorriso.
Ela olha para mim e para a mão de Carlo ao meu braço e pergunta:
- Tem certeza Sra?
- Sim. Pode ir. Eu confirmo.
Ela pega a bolsa dela e sai. Quando ela tranca a porta Carlo me puxa pelo braço.
- Por que você tem que ser assim? Ele diz me puxando.
- Eu? Você está ai tratando as pessoas com diferença, se esquecendo que eu sou mais pobre que ela. Visto que ela tem emprego e provavelmente onde morar.
- Maria Luiza eu NUNCA disse nada a você. Nunca nem insinuei que você era pobre, ou não tinha nada. Eu só não quero empregados comendo a mesa com a gente. Em uma ou outra ocasião, ok. Mas não sempre. São as regras da casa, e só você seguir.
- Mas eu segui. Não trouxe ela para a mesa. Só não quis comer com você.
- Você tem noção do que está dizendo? Isso tudo é ridículo e sem sentido. Para quem você fez o almoço, me responda?
- Para você, para te agradar.
- E eu só queria comer o almoço que foi feito para mim, sozinho com a minha namorada. O que tem de errado nisso? Pode me explicar?
Eu não tinha o que explicar. Eu não estava chateada pela Sra. Rosa, mas por não ter uma resposta digna sobre Micaeli.
- Podemos almoçar por favor. Ele diz
- Sim, claro!
Seguimos para a mesa de jantar e fazemos a refeição em total silêncio.
- Vi que já comeu. Posso servir a sobremesa?
- Você fez sobremesa?
- Sim. Mousse de Maracujá.
- Nossa que delicia. Pode trazer sim, por favor.
Ele responde.
- Vou trazer!
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Atualizado até capítulo 96
Comments
Andréa Debossan
Eu não acho certo ninguém é melhor do que ninguém quando morrer vamos tds pro mesmo buraco, deixando claro que tem q ter respeito não vejo nada de mais comer tds juntos
2024-12-11
0
♡Pyetra♡
O destino? Sei😑
2025-02-19
0
Maria De Fatima Almeida
🙋♀️eu
2024-11-05
0