Meu Dominador

Eu toco se rosto. Dom Carlo podia até não acreditar. Mas ele é realmente muito lindo.

- Você não se importa mesmo, com o fato deu ter uma mancha enorme no rosto?

- Já lhe disse que não.

- Você é mesmo real? Ele pergunta me beijando.

- Desde quando você tem vitiligo? Eu pergunto.

- Surgiu a primeira manchinha aos 5 anos. E aos 12 anos já estava da forma que é hoje. Chegou nessa medida e não evoluiu mais.

- Eu tentei todos os remédios, mas você sabe que vitiligo é uma doença auto imune. Eu preciso controlar meu temperamento e impulsividade. Sou muito estressado e me irrito com facilidade. Então isso não me ajuda. É uma auto defesa do meu corpo, contra toda a sobrecarga de cortisol.

- Verdade o estresse faz muito mal. Mas no seu caso é ainda pior. Já pensou em fazer terapia?

- Eu fiz da adolescencia até ficar adulto, mas não ajudou. Faço Muay Thai, Meditação e Yoga. Mas o que me relaxa mesmo, é o BDSM. Dominar é minha terapia Malu. Ele diz com um olhar de desejo.

- Eu sofri muito preconceito e bullying. Me chamavam de mancha, cyborg, o fantasma da opera. Entre outros. Foi uma fase bem dificil. Ele conclui.

- Imagino que não tenha sido fácil. As pessoas são malvadas. E sempre dão ao outro aquilo que mais possuem. Nesse caso apenas ódio.

- Só quero dizer uma coisa. Você fez eu cortar a perna e quebrar uma mesa de vidro por nada. Porque você é lindo demais. Eu concluo.

Ele se joga sobre mim, levanta meus braços para cima e segura os dois pulsos com apenas uma mão.

Dom Carlo deixa o peso do seu corpo cair sobre mim. E com as suas pernas fortes, ele afasta as minhas.

- Eu sou tudo isso mesmo? Porque até agora só ouvi elogios.

- Sim! Você é perfeito. Pelo menos fisicamente. Eu digo rindo.

- Ah é! Ele diz beijando meu pescoço.

- E quais os meus defeitos, fora do contexto fisico? Minha submissa. Ele diz mordendo meu queixo.

- Você é mandão, ciumento, teimoso e chato.

- Chato??? Agora eu sou chato?

- Agora não! Sempre foi, desde a nossa primeira conversa. É que eu sou bem tolerante. Eu digo rindo.

- Vamos ver então...até onde você tolera!

Ele começa a acariciar meu clitóris. Eu ainda estava nua, Dom Carlo tinha fácil acesso ao meu corpo inteiro.

- Huuummm! Eu começo a gemer e fecho os olhos sentindo o seu toque.

- Olhe para mim. Não disse que sou lindo, então não tire os olhos de mim.

Eu estou gemendo, me contorcendo, quero fechar os olhos, mais seu toque é intenso, mágico e certeiro.

- Abra os olhos Maria Luiza. Ele diz com seriedade.

Eu sabia que quando ele diz Maria Luiza é porque já está se irritando.

Ele me toca com mais rapidez. Meu corpo responde, treme, aquece, minha respiração fica ofegante.

Quando vou pedir autorização ele diz:

- Goze submissa. Mas não ouse fechar seus olhos. Goze olhando para mim!

E eu tenho um orgasmo delicioso, grito bem alto.

Ele sorri de satisfação.

Ele me puxa e me beija.

Eu sabia que cientificamente olhar nos olhos do outro durante o sexo, faz a pessoa se apegar ainda mais a outra. Faz a pessoa se apaixonar. E não olhar nos olhos é a técnica mais utilizada por pessoas que só querem curtir o momento sem se apegar a ninguém.

Eu sabia que a sua intenção era exatamente, me fazer se apaixonar.

- Você é perfeita Malu. Eu...estou longe disso!

- Somos opostos...você é um anjinho de luz...já eu, um anjo das trevas! Ele diz e se posiciona para chupar meu sexo.

Sua língua circula a minha entrada molhada do orgasmo. Ele abre os lábios e passa sua língua no meio, me penetrava com sua língua. Me fazendo delirar.

- Sr. eu posso te tocar?

- Não! Ele responde.

Eu respiro fundo, insatisfeita, frustrada. Tento me concentrar no que ele fazia. Mas fico tão confusa, que não consigo curtir o que estava acontecendo. Paro de gemer e minha cara dizia que eu não estava feliz.

Ele para de me chupar e me olha.

- O que foi Malu? Ele pergunta.

- Eu...eu não estou entendendo. Achei que não houvesse mais essas coisas entre nós.

- Que coisas? Ele pergunta.

- Esse lance de não poder tocar. Entre outras. Achei que haviamos superado.

- Se você realmente achava...porque pediu autorização para me tocar?

- Eu...eu não sei!

- O que você espera que realmente exista entre nós Maria Luiza?

- Eu não estou entendendo, onde quer chegar Sr.

- Maria Luiza eu sou Dominador e nunca vou deixar de ser. Isso é o que me deixa feliz. Onde tenho satisfação pessoal e sexual. Quero ter um relacionamento sério e duradouro com você. Mas sem que eu deixe de ser dominador. Eu estou apaixonado por você Malu, eu já lhe disse, só que não consigo deixar de ser dominador. Você consegue entender?

- Não! Eu sempre sonhei em ter um relacionamento de contos de fada.

- Ha Ha Ha. Ele dá uma gargalhada.

Isso eu posso te dar. Só que será com o lobo mau e não com o príncipe encantado.

Eu olho para ele e reviro os olhos.

- Não faz assim! Ele diz

- O lobo mau é perfeito. Ele te vê melhor, te ouve melhor e te come muito melhor. Ele diz me beijando.

- Olha Carlo eu nunca julguei você e provavelmente nunca vou julgar. Eu só não quero mais sofrer. Eu digo com a voz presa a garganta, tentando conter o choro.

- Malu eu não sou nenhum psicopata. Eu gosto sim de afligir a dor, se esse for o seu prazer. Se não for, não tem sentido para mim. Enquanto estivermos juntos vou fazer tudo que eu puder, para você crescer como pessoa, profissionalmente e realize os seus sonhos. E não é porque eu seja um ser iluminado ou algo assim. Mas porque eu gosto mesmo de você e quero te ver bem. Agora se nosso relacionamento vai ser para a vida inteira, só o tempo vai dizer.

Eu o abraço, bem apertado.

- Você me tocou sem permissão. Ele diz sorrindo. E agora você será severamente punida. Ele diz lambendo os lábios.

Dom Carlo me joga no colchão, abre as minhas pernas e volta a me chupar com mais intensidade que dá outra vez. Mas agora me penetrando com o seu dedo. Ele fazia um movimento com o dedo que me causava um certo incômodo. Mas aos poucos com a sua língua no meu clitóris, a sensação foi se tornando de prazer.

- Hummm!

- Sr!

- Goze submissa. É uma ordem!

Meu corpo se aquece, sinto aquela sensação mágica invadir o meu corpo e tenho um orgasmo intenso. Meu corpo inteiro treme enquanto recupero o fôlego.

Dom Carlo me beija com carinho.

- Temos muita coisa para conversar e definir. Já que agora algumas coisas mudaram. Mas não precisamos ter pressa. Ele diz me beijando novamente.

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