O troco

Ruivo

Estava tudo indo bem, eu estava curtindo e bebendo com meus irmãos, quando eu olhei pra baixo e vi meu pequeno no baile, ele estava a coisa mais linda, a barriguinha de fora, o cabelo rebelde, a boquinha ainda mais vermelha e os olhos marcados, me perdi olhando pra ele por um tempo, até perceber que não era o único. Eu já fiquei puto, só eu posso ver aquela barriguinha gostosa, só eu posso admirar ele. Porra, por que ele veio? Ainda mais vestido assim, hoje eu perco o juízo de vez!

Noah

Durante um bom tempo eu vi que o Ruivo estava bebendo, bebendo e olhando pra mim, não posso negar que fiquei feliz e muito orgulhoso dele, ele estava cumprindo o que me disse.

Mas a minha alegria durou pouco, vi a tal da Sthefany chegar, usando uma calça jeans clara, croped rendado, ela estava bonita, era peituda e tinha um bundão. Eu me senti murcho, pequeno e deslocado, minha insegurança tomou conta de mim e eu fiquei ali parado olhando pra ela.

Ela foi direto pro camarote, subiu e foi direto pro colo do Ruivo, sentou e deu um belo de um beijo nele. Naquela hora ne senti um idiota, me senti tão burro por acreditar nele, as lágrimas já escoriam do meu rosto, mesmo sem eu deixar. E eu só queria correr pra casa e me afundar na cama.

— Se você for pra casa que nem um frangote assustado, nunca mais olho na sua cara, Nono!

— O que você quer que eu faça Lorena?

— Dá o troco porra, tu não tem nada com ele, é solteiro e está num baile cheio de macho, vai caçar viado, mostra que tu também pode ficar com quem quiser.

Não quero mais me sentir fraco e inseguro, então decidi que vou fazer o que a Lorena falou, afinal eu nunca disse que ia ficar só com ele, e ele não me pediu isso também, pode dar muita merda e eu acabar levando um tiro? Pode, mas eu vou desistir? Não!

Olhei em volta e vi o meu ex de longe me olhando, era um idiota? Era, mas ia servir, tinha mesmo umas contas pra acertar com ele.

Fui dançado até ele que me recebeu até bem demais, já foi logo colocando a mão na minha cintura e me trazendo pra perto dele, me virei de costas e comecei a dançar e rebolar me esfregando no pau dele, e ele beijava meu pescoço, minha orelha, puxava meus cabelos como se a gente nunca tivesse se largado.

Ruivo

Estava conversando com o Marcelinho pra ele deixar de ser babaca com o Robson, quando do nada uma das minhas ficante chegou, já foi sentando no meu colo e me beijando, eu sei que deveria ter dado um fora nela, porque eu disse pro pequeno que ia ficar só com ele. Mas eu pensei no que a galera ia dizer de me ver rejeita uma mina, e também queria saber se depois de ter ficado com o pequeno eu ainda ia gostar de ficar com mulher.

Não foi bom, a boca dela estava estranha, as mãos pareciam lixa, estava uma merda, mas não parei, depois de um tempo vi que ela estava querendo mais, então mandei ela pegar uma bebida pra mim. Quando ela saiu, olhei pra baixo pra ver onde estava o pequeno, porra será que ele viu, ficou raiva e foi embora? Merda! Por que eu faço as coisas sem pensar? Levantei e fui pra sacada ver se achava ele, e quando eu achei, minha vontade era matar ele.

Ele estava se esfregando num macho como se fosse a puta dele, o filho da puta estava com a mão no que era meu, beijando o que era meu, e eu não aceito isso, mas é de jeito nenhum. Peguei minha arma e já ia descendo quando a Sthefany me segurou pelo braço.

— Gatinho, aonde você vai? Fica aqui comigo?

Olhei pra ela com um ódio, que ela até deu um passo pra trás.

— Vaza fora piranha, antes que eu te dê um tiro no meio da cara! — Desci feito um louco lá pra baixo, peguei o Noah pelo braço, e puxei pra longe daquele cara.

— Que porra você está fazendo? Está querendo morrer desgraça?

— Eu não estou fazendo nada de errado, me solta Ruivo!

— Nada de errado meu cu, tá achando que eu sou cego, eu estava vendo você se esfregando nesse pau no cu!

— E daí? Eu sou solteiro, não tenho compromisso com ninguém, então posso dar pra quem eu quiser, e você não tem nada a ver com isso! Volta lá pras suas putas e me deixa curtir o baile!

Solteiro o caralho! ele é meu, só meu e de mais ninguém. Apontei a arma pra cabeça do cara e disse cerrando os dentes, me segurando pra não atirar.

— Vaza caralho, e se eu te ver passando perto, olhando pra ele, ou pelo menos respirando o mesmo ar do Noah, eu acabo com a tua raça porra! — O cara saiu correndo, desesperado com medo de morrer. Eu ainda segurava o braço do Noah que ainda estava me olhando com cara de bravo pra ajudar. — E você vamos embora agora!

Comecei a andar, mas ele fincou os pés no chão sem se mexer.

— Eu não vou pra lugar nenhum com você seu mentiroso do caralho, me deixa voltar a dançar.

— Mas nem fudendo! Já chega, você vem comigo agora, porra!

— Não vou, você não é nada meu, então me deixa, eu vou voltar pro baile e arrumar um homem, um de verdade que não tem vergonha de mim!

Noah

Bom meus amigos, foi bom conhecer vocês, mas, acho que agora eu vou pro andar de cima. Ruivo estava descontrolado de raiva, seus olhos estavam vermelhos e sua respiração acelerada, ele apertou ainda mais meu braço, me puxou com tudo pra ele, eu bati contra o peito dele com violência, quando eu achei que ele ia me estrangular, ele me puxou pela nuca e me beijou. Porra, não foi só um beijo, foi um jeito de marcar território. Ele apertava minha bunda, puxava meu cabelo, mordia meu lábio inferior me fazendo gemer sem controle.

Quando ele me soltou, minhas pernas estavam fracas e quase caio se ele não me segura. Ele me pegou pela cintura, me jogou nos ombros e saiu comigo pelo baile. Me jogou dentro do carro, entrou e acelerou.

— Onde você está me levando? — Estava apavorado achando que ele ia me levar pra me matar e jogar meu corpo no rio.

— Vou te levar pra minha casa e te mostrar se eu sou homem de verdade ou não!

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