Invasores

Ruivo

Eu estou virado no demônio, não consigo falar com meu moreno, mandei os pivetes procurar ele no mercado e ele não foi trabalhar, os piões disseram que um carro de luxo parou na entrada do morro e um bacana engomadinho subiu para a casa do Noah. Não gosto nada disso, passei o dia todo sem falar com ele, não sei como a gente ficou depois de ontem, e fico sabendo que tem outro macho indo na casa dele.

Me avisaram que os gêmeos saíram com o tal bacana no carro de luxo. Não fui com a cara daqueles dois mela cueca, tudo uns sangues suga do caralho. O que será que está acontecendo? como será que está o meu pequeno?

Noah

A casa está tão vazia, eu também me sinto vazio, sempre vivi para trabalhar e sustentar meus irmãos, o sonho deles era meu sonho, e eu vivia para eles. O que eu vou fazer da minha vida agora? Sinto como se eu não tivesse mais um motivo para lutar.

— Eu não acredito que aqueles dois pedaços de merda foram embora desse jeito, sem nem olhar para trás, sem te agradecer, sem nem te dar um abraço... — Lorena diz indignada.

— Eu sei, não vou mentir e dizer que a ingratidão deles não me dói, porque dói e muito, mas agora eu estou com medo, não sei o que fazer, não tenho mais um objetivo de vida Lory, o que eu faço?

— Uai, agora você pode fazer o que você quiser.

— E o que eu quero?

— Nono, deixa de ser besta, você pode fazer o que você quiser agora, pode descansar, parar de trabalhar tanto, pode começar a viver para você mesmo!

Lory passou o resto da tarde comigo, me fazendo companhia, ela fez brigadeiro e a gente assistiu série. Mas ela tinha que trabalhar então foi embora umas oito da noite.

Continuei na sala vendo TV, meu celular não sei nem onde anda, sei que ninguém vai me ligar mesmo, só a Lory, e as vezes os gêmeos pedindo alguma coisa. Pessoal do trabalho, mas fora isso nada de importante. Isso me deixou ainda mais triste, não consegui segurar as lágrimas que voltaram a cair. Já tinha chorado tanto, mas não importa, a única coisa que eu posso fazer agora é chorar mesmo.

Ouvi um barulho alto de moto lá fora, e do nada a porta se abrindo, e o ruivo mais lindo que já vi na vida entrou feito um furacão.

— Pequeno, o que foi? Está chorando porquê? — Era até fofo ver, ele veio como um raio sentando do meu lado no sofá, segurando meu rosto com a mão. — Me fala quem foi o desgraçado que eu o mando direto pro inferno...

— Calma, ninguém me fez nada ruivo, está tudo bem.

— Como que está bem, moreno? Você está chorando aí com a cara toda inchada.

— Eu só estou triste, só isso.

— Triste por quê?

— O pai dos meus irmãos levou eles embora, é por isso que estou triste.

— Então o bacana que estava aqui é pai dos seus irmãos?

— Como você sabe disso? Estava me vigiando ruivo?

— Estava, tu sumiu, te procurei no trabalho, te liguei e nada, queria o que?

— Me ligou como se eu não te dei meu número?

— Se liga pequeno, o que eu quiser dentro desse morro eu consigo.

Uau, agora eu estou me achando, ele estava atrás de mim, ele me procurou, é a primeira vez que alguém se importa tanto assim comigo, eu estou gostando. Resolvi provocar um pouco, já que ele estava me procurando e acabou de achar. Sentei mais perto dele, coloquei as mãos na coxa dele, me inclinei para bem perto do rosto dele

— E para que o dono do morro estava atrás de mim? Posso saber?

— Moreno, não provoca ...

Ruivo

Esse pequeno está querendo provocar, se jogando assim para mim, no tesão da porra que eu estou. Beijei aquela boquinha deliciosa, esse pequeno é tão gostoso, todo assanhado assim eu não aguento. Ele beijando meu pescoço, descendo os beijos, indo para o meu peito, tirando a minha camisa, ele se ajoelhou na minha frente e me olhou com uma carinha safada.

— O que você quer pequeno? — Perguntei e ele de mansinho enfiou a cara no meu saco cheirando forte, e gemendo. Eu não aguentei aquilo, me deu um tesão da porra, depois de cheirar, ele tirou meu pau para fora e começou a chupar, caralho, o jeito que ele fazia, ele se lambuzava fazendo barulho, gemendo chupando ainda mais fundo, era como se ele estivesse com fome do meu pau, como se meu pau fosse o doce mais gostoso que tem, Caralho eu estou quase gozando com ele me chupando assim, porra é um tesão. — Caralho pequeno! Se você não parar eu vou gozar na sua boca.

Ele continuou chupando ainda mais foste, eu o segurei pelos cabelos e comecei a socar forte na boca dele até não aguentar mais e gozar. Ele olhou para mim com um sorriso tão safado, depois sentou no meu colo agarrando meu pescoço e me enchendo de beijos.

— Porra pequeno, você uma hora dessas me mata.

— Fica aqui comigo hoje?

— Já é pequeno, hoje eu sou todinho seu.

A gente vai passar a noite junto, e eu estou nervosão, nunca fiquei com um cara até hoje, e o moreno já mostrou que manja dos bagulhos, o que que eu faço?

Estava com ele deitado no meu colo, fazendo carinho no cabelo dele e estava muito bom, mesmo em silêncio não estava um clima chato, ele é bem carinhoso e manhosinho. Estava pensando no que fazer quando meu telefone tocou.

— Ae chefia, deu ruim aqui no baile, pegamos três milicianos infiltrados no baile, estou achando que tem mais.

Era só o que faltava, estava tranquilo demais essa porra!

— Como é a história juba?

— O Marreta e o Marcelinho estão indo atrás de fazer busca no morro para ver se acham mais algum.

— Leva esses porra pra boca que eu já estou chegando lá. — Desliguei o celular com um ódio da desgraça, vou perder a minha noite com o meu pequeno por causa desses porra. — Pequeno, eu tenho que ir não vou poder ficar contigo hoje, está tendo miliciano no morro e eu tenho que cuidar disso.

Ele fez um beicinho tão bonitinho.

— Tá bom... Mas você vai voltar?

— Eu vou voltar pequeno, e nós vamos fuder a noite toda, pode apostar.

Puxei ele para dar um beijo bem demorado, e sai pra boca. Hoje eu mato aqueles desgraçados, invadindo a minha quebrada, atrapalhando meus esquemas, esses desgraçados hoje vão conhecer o Monstrão bem de pertinho.

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