O beijo

Robson

Dei um beijo daqueles no meu gatinho, igual ao que os caras estavam dando nas minas deles, fiquei fazendo carinho, beijando o pescoço dele, namorando igual todo mundo.

— Mais respeito aí pô! — Marcelinho disse olhando para mim.

— Sai fora cuzão, por acaso estou beijando a tua mina, para te faltar com respeito? Presta atenção nela e me deixa, seu arrombado! — Dei as costas e fui para o outro canto, onde tinha umas meninas, logo o gatinho fez amizade e eles começaram a dançar, ele dançava para mim, rebolando e se esfregando em mim daquele jeitinho. —Ficamos ali nos beijando, ele cada vez mais safado, apertei aquela bundinha gostosa, e vi que já estava bom de dar show aqui no baile, vou levar essa delícia para minha casa e terminar o show lá. — Cambada, tô indo nessa!

— Já é mano, se deu bem né viado... — Marreta diz rindo.

— Vai tirar o atraso né, safado... — Juba diz com naturalidade.

— Já estava na hora de acabar logo com essa palhaçada, achei que você ia comer ele aqui mesmo na nossa frente. — Marcelinho fala ironicamente.

— Tu tem uns fetiches estranhos, Marcelo, não curto ficar me exibindo não, mano, procura outro, vou nessa seus cornos, falou! — Sai de lá deixando o Marcelinho fudido da vida e os cara zoando ele. Bem feito pra ele, quem manda ser um pau no cu homofóbico do caralho. Mas ainda é gostosinho que só, e eu pagava facinho. Mesmo acompanhado eu ainda penso nele, merda de coração idiota esse meu.

Ruivo

Foi massa ver o Robson hoje, ele parecia feliz, não estava tão sério que nem antes, não foi tão estranho como eu pensei ver ele com um cara, fora o Marcelinho ninguém deu muita moral para o assunto.

O tempo todo eu fiquei pensando como seria se fosse eu e o pequeno fazendo aquelas coisas, um sorriso besta apareceu na minha cara. Tô fudido. Um monte de gostosa dando em cima de mim, lutando pra chamar a minha atenção, e eu aqui com aquele moreno na minha cabeça.

Já deu de baile pra mim, não estou a fim de ficar aqui vendo geral se dando bem e eu de vela.

— Tô metendo o pé galera...

— Mas já chefe? — O Juba pergunta estranhando.

— Tenho que ir num lugar.

Sai do baile e montei na moto, sai andando e quando dei fé já estava na frente do trailer do moreno. Ele já estava guardando tudo para fechar, mas parou quando me viu, e abriu o sorriso mais lindo do mundo.

— Oi, achei que estivesse bravo comigo? Desculpa de novo por aquele dia... Você quer uma batida? Eu faço pra você...

— Não, tô tranquilo, já bebi um monte. Na verdade, queria falar contigo...

— Nossa! Eu fiz alguma coisa? Estou com problemas?

— Relaxa pequeno, tu não fez nada. Quer dizer, fez, mas não estou bravo, eu estava antes, mas agora não estou mais.

Noah

Eu não estou entendendo é nada... Ele veio aqui e não está falando coisa com coisa? Ele realmente não parece bravo, então acho que ele não vai me matar.

— Eu vou fazer uma batida de açaí para você.

— Já disse que não precisa. Só quero conversar.

— Está bem, vamos lá pra casa então, aqui fora é perigoso.

— Não comigo aqui.

Eu realmente duvido que alguém seja louco de fazer alguma coisa com ele aqui, mas mesmo assim, achei melhor entrar, é estranho conversar aqui no meio da rua. Entramos no quintal e fomos para minha casinha.

— Pode entrar, só não repara que é pequeno, mas está tudo limpinho viu... — Ele entrou e olhou em volta sem muito interesse, já foi logo sentando no sofá. — Vou pegar uma água.

Dei o meu melhor sorriso para ver se ele ficava mais à vontade. Estava encostado na pia em frente o filtro de água, pensando no que aquele homem lindo e poderoso poderia querer comigo. Quando me virei dei de cara com um morro de músculos na minha frente.

Olhei pra cima e ele estava me olhando estranho, tinha algo no seu olhar que eu não conseguia identificar, até que a coisa mais maluca aconteceu. Do nada, do nada mesmo, ele me abraçou pela cintura, segurou meu rosto com uma das mãos e me olhou nos olhos.

— O que você fez comigo pequeno? Você não sai da minha mente... Eu quero muito saber como é beijar você...

Puta que me pariu! O homem mais gostoso que eu já vi na vida está dando em cima de mim? Deus será que hoje é finalmente o dia que os humilhados serão exaltados? Os dias de glória chegaram para essa gay aqui? Olhastes para mim Senhor?

— Você quer me beijar? — Perguntei né, vai que eu estou delirando.

— Quero...

— Por quê? — Por que tem que ter algum motivo né? O cara tem quem ele quiser, é lindo, rico e poderoso, qual o motivo para ele me querer? Sei que feio eu não sou, mas também não sou bonito a ponto de chamar tanta atenção assim.

— Eu não sei...

Ruivo

Ele assim grudado em mim, estava me enlouquecendo, o rosto dele pertinho do meu, o rosto dele é bonito, o nariz fininho a pele branquinha, o cabelo dele cheira gostoso. E a boca, não consigo parar de olhar para a boca dele, é vermelhinha, lábios finos, boca pequena. Engoli em seco, porra não aguento mais!

Encostei ele ainda mais na pia, puxei ele pela nuca e beijei com força, quanto mais eu beijava, mais eu queria beijar, ele agarrou em mim, passando as mãos pelas minhas costas, acompanhando o mesmo ritmo do meu corpo, ele suspirava e soltava uns gemidinhos fininhos que estavam me deixando maluco.

Comecei a beijar o pescoço dele, o gosto dele é bom, e eu não consigo parar, desci os beijos pelo ombro dele, tem pano demais atrapalhando minha boca. Puxei ele ainda mais para perto de mim, senti que ele também estava duro.

Ele começou a me beijar no pescoço também, ele mordeu a minha orelha e eu o apertei de volta, ele riu safado e me puxou de novo para me beijar, eu já estava quase tirando a camiseta dele quando ouvimos a porta abrir.

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