A Ultima Ômega
Diz a lenda que por conta de uma profecia de uma bruxa amargurada a caçada deu início contra todos os ômegas vivos, em desespero e temendo pela vida da sua Luna o rei Madadh mandou levar a sua amada ômega Gaol para terras distantes.
Ele sabia muito bem que não veria mais a sua amada, pelo menos não nessa vida, após a sua morte Gaol foi acusada de traição e todos os que estavam com ela foram mortos, ou quase, já que poucos conseguiram se esconder, se tornando assim a Matilha dos Bòcans.
Esses mesmos foram condenados como rebeldes e muito perigosos, apenas por carregar a promessa que os ambos os amantes mais poderosos iriam reencarnar para conseguir desfrutar do amor e recuperar o poder que lhes foram negados.
Não se sabe mais onde isso é apenas uma história para fazer crianças terem medo ou se é realmente verdade, de qualquer forma eu sou a rainha dos Bòcans, a minha lycana é a reencarnação de Gaol.
Mas não encontrei o meu companheiro, também não sai a procura dele, estou ocupada no momento me escondendo para me manter viva, mas agora já não sei se isso faz tanto sentido hoje.
Quando completei os meus dezesseis anos fui enviada para os cuidados da minha madrinha que vive justamente nos domínios dos Madadh, por ironia do destino todos os anciãos da minha matilha acredita que não existe lugar melhor para se esconder do que debaixo do nariz deles.
Claro que isso não foi nada fácil, mas também não é o final do mundo, talvez um desastre. Sempre fui cobrada e treinada para passar desapercebida e claro não demonstrar a minha verdadeira natureza e força.
Aos olhos de todos sou apenas uma lobisomem normal que quando completou os seus dezoito anos foi promovida a assistente do rei, ou como os humanos os chamam CEO, já que ele está a frente de todos os negócios da matilha.
Sei que Dìon tem muita mais idade do que aparenta e força também, ele me explicou isso quando assumi oposto como a sua assistente, ele é uma pessoa fechada e extremamente sério.
Mas também um verdadeiro safado, ele saí com qualquer coisa que seja do sexo oposto, o meu papel é bem claro, não deixar ninguém interromper e não ver nada, essa última parte eu faço com pr@zer.
Essas últimas semanas vêm sendo as piores já que o baile em comemoração ao extermínio dos meus irmãos de matilha é hoje e o meu querido calculista, frio e rude chefe faz questão que eu o acompanhe.
Como já não bastasse ter o aguentado estas últimas semanas surtando com quem ele era obrigado a falar, não consegui segurar o meu sorriso quando ele percebeu que todas as suas tr@nsas causais vão ficar em duas mesas.
Como castigo ele me escalou como a sua companhia neste baile, de acordo com ele sou uma ótima companhia já que não falo, mentira ele quer me punir por rir da sua desgraça, sendo que vai sobrar para o seu irmão manter todas elas na linha enquanto ainda lutam por um espaço na sua cama.
Tive que mudar completamente a minha personalidade quando vim, a minha madrinha no começo teve muito trabalho comigo, afinal nunca fui assim, não sou de abaixar a minha cabeça.
Mas quando se tem um alvo desenhado na sua cabeça é impossível não querer se esconder. Não posso reclamar de tudo, ele é chato para caramba, mas também nunca me assediou ou me desrespeitou.
A sua atual companhia para o s€xo é a Tàir Sannt, uma mulher linda, não… Maravilhosa, uma verdadeira gostosa que tem mais chifres na cabeça do que o se juntar todos os gados do mundo.
Digamos que Dìon mesmo não sendo novinho como aparenta, não se preocupou em encontrar a sua companheira ou marcar a pobre da Tàir que está sempre correndo atrás dele como se fosse um cachorro.
Ela não gosta de mim, por ficar muito tempo com o seu amado, mal sabe ela que o meu contato é apenas ficar ao seu lado nas reuniões em completo silêncio, os outros momentos que ela sonha que ele está comigo, estou do lado de fora da sala proibindo a entrada para não interromper a sua f0da com as outras.
— Vamos — por falar no diabo…
Saio da minha mesa o acompanhando alguns passos atrás, pois ele odeia toque físico, quando vim trabalhar aqui passei dias me perguntando como ele fazia para tr@nsar já que ninguém pode tocar no seu corpo.
— Pelo que me lembro Fìor este não é o seu primeiro evento ao meu lado.
— Não senhor.
— Então por que estou vendo a necessidade de te lembrar que você não é meu rabo?
— Me perdoe — dou alguns passos mais rápido, ficando ao seu lado mesmo me sentindo uma formiga perto dele pela nossa diferença de altura.
— O que tanto pensa?
— Nada de importante, senhor, assim que entramos vou estar atenta, peço desculpas — odeio quando ele me olha de canto de olho, mas quando a sua mão puxa a minha de uma única vez, fazendo os nossos corpos se tocarem sinto uma faísca que não deveria acontecer.
A nossa entrada foi triunfal, muitos o aplaudiram e muitas queriam me matar, uma em específico me acompanhava com o olhar de forma tão intensa que acabei dando alguns passos para trás.
— O que pensa que está fazendo? — a sua voz sussurrada era um claro sinal que uma enorme bronca vinha pela frente.
— Deve ter algo de errado, Tàir não desvia o olhar do meu corpo.
— Não tem nada de errado, ela apenas queria estar aqui no seu lugar, agora volte ao meu lado.
— Sim, senhor — faço como ele me falou e o acompanho em todas aquelas conversas chatas, seja com os lobos ou com os humanos, era sempre a mesma chatice.
O evento passou mais lento do que eu esperava e sinceramente já estava ficando ofegante com tanto falatório e sorrisos falsos. Peço licença avisando que vou tomar um ar e saio para o terraço que graças a deusa estava vazio.
Fechos os meus olhos sentindo aquele vento gelado bater contra o meu rosto e quando abro os olhos começo a suar frio, püta merda a lua estava lindamente azul no céu, não pode ser…
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Atualizado até capítulo 60
Comments
José Ailton
oi
2024-05-31
1
Biatriz Luiz Bia
Tô amando
2024-05-02
1
Evandra Trentin
muito boa história
2024-04-07
2