Capítulo 18

Rose, a patroa de meu marido, mima as crianças sempre, coisa que nem o avô biológico delas não faz, dá brinquedos, na páscoa lembra do ovo de páscoa, dia das crianças faz doces, é uma mulher excelente, claro que ela tem seus próprios netos, mas já são homens feitos, sendo que o mais novo tem quinze anos e se chama Gabriel, mas sempre que se lembra dos cavalões dos seus netos ela lembra das minhas também, e elas se sentem amadas por tia Rose como se fosse a sua própria avó.

Quando ganha roupas lá vem a Rose e o Douglas de Jeta trazer para a minha casa, quando faz um pudim ela dividi metade para ela e metade para o Colega, é assim que ela chama o meu esposo.

O começo de seu trabalho no Maceió sucatas não foi fácil, meu marido ficou quinze dias afastado por problemas nas juntas, não conseguia nem mexer as suas mãos de tão pesado que é o seu trabalho lá.

Tive medo dele perde o serviço, mas quando ele voltou o seu Douglas explicou que no início é assim mesmo que ele e a Rose passaram pelas mesmas dores quando começaram o pequeno depósito de sucata, mas que ele iria se adaptar.

Comprou a pomada canela-de-velho e deu para meu esposo passar nas mãos e enfaixar sempre antes de dormir.

— Colega é tiro e queda, disse ele para o meu marido.

Conheço bem o seu Douglas e quando eu o conheci eu achava ele meio carrancudo, mas conforme o tempo foi passando fui percebendo que é o jeito dele mesmo.

Douglas foi motorista de ambulância por muitos anos em São Paulo e quando ele aposentou ele e a Rose abriram o Sucatas Maceió, local que meu esposo trabalha atualmente.

Rose ou tia Rose como as minhas filhas a chamam é muito animada, e gostas das meninas, às vezes comete algumas burradas como comprar as coisas que ela acha que esconde do Douglas, mas que ele sempre sabe que ela compra essas coisas.

Isso ele confidenciou para o marido e ele me contou.

— A Rose acha que eu não sei o que ela compra, eu sei, mas finjo que não sei.

— Palavras do meu Patrão Diana.

Eu me divirto com o que o meu marido conta sobre o dia de serviço, lá ele aprende muita coisa com o Vanderlei, o filho da dona Rose.

— Amor, eleei ensina do jeito mais difícil e faz do jeito mais fácil.

— Esse é o Vanderlei, filho da dona Rose e adora complicar as coisas, pode ser o serviço mais simples que ele complica e dificulta.

Hoje recebemos uma notícia maravilhosa, meu sogro finalmente conseguiu se aposentar.

A filha dele, Alessandra, veio aqui para falar para a gente.

— Pai não fala para a Paula que se não ela vai fazer você dar dinheiro para ela.

— Não Lê, eu não vou falar, eu quero comprar as minhas coisas.

Foi a Alessandra ir embora, ele pegou o celular e correu ligar para a Paula para contar.

— Mas é um trouxa mesmo, disse o Logan quando escutou a ligação.

— Quem quer sofrer sofre, eu completei.

Mas a princípio ele não dava um tostão para ela. Quem comprava as coisas para ele eram a Alessandra e seu esposo, e não deixavam faltar nada para ele.

Ele até conseguiu comprar a Smart TV que ele tanto sonhava em ter.

Mas todo que é bom dura pouco, certa vez ele pediu para a Alessandra lhe trazer o cartão e a senha, que meu esposo Logan ia receber para ele.

Toca o Anderson vir com a Alessandra para visitar e já deixar o cartão com ele.

— Olha Logan, a gente tentou segurar o cartão o quanto deu para ele não dar dinheiro para a Paula, pois ela é folgada, mas ele pediu o cartão e disse que você ia receber para ele.

— Que jeito Anderson, eu trabalho e quem cuida dessa parte financeira para ele é a Diana.

Na época eu recebia para ele o bolsa família e pagava a conta de seu telefone celular, o dinheiro do bolsa família era para pagar a conta e comprar o que sobrasse de cigarro.

Sem juízo total, e eu percebo que a minha cunhada teve a quem puxar então.

— Amor vem cá.

Vou até o quintal, pois o Logan está me chamando.

— Que foi amor?

— Não é você quem cuida da parte financeira do meu pai?

— Sim, por quê?

— Ele falou para a Alessandra e para o Anderson que eu vou receber para

 ele! Eu não posso, pois eu trabalho.

Acaricio as costas do meu marido e falou:

— Eu recebo para ele a aposentadoria também sem problema nenhum.

Pronto, está resolvido o problema, agora todo dia seis eu recebo a aposentadoria, e no dia vinte e três o bolsa família, esse último até suspender, pois quando a pessoa adquiri outra fonte de renda o bolsa família é cancelado pelo governo e a aposentadoria é bem comprovada.

Mesmo sabendo qual vai ser a direção desse dinheiro quando ele receber, não podemos deixar o pai dele que mau anda direito sem fonte de renda.

Nesse dia o André trouxe uma despeda feita no mercado para ele.

Ajudamos a guardar as compras e meia hora depois que o André chegou, a Paula chegou na desculpa de que ia dormir para fazer faxina na casa dele.

O André foi embora e no dia seguinte a Paula foi embora cedo, não limpou a casa do meu sogro, porcaria nenhuma.

Ela saiu com a mochila nas costas que de tão pesada que estava ela andava com as pernas abertas tentando manter o equilíbrio e as costas arcadas.

A sem vergonha estava levando as coisas que o André, seu filho mais velho, comprou para ele.

Mas o que não contávamos é que um amigo de serviço do André viu ela saindo com a mochila cheia e pesada e contou para o André que falou para a sua esposa Dayana e ela afirmou que não ia ajudar mais com nada, pois aonde já se viu eles comprarem as coisas para o seu Dori e vir a Paula e levar tudo?

Fiquei sabendo disso, pois o Logan foi pintar o quarto da filha do André e me contou.

— Quem quer sofrer sofre, eu repeti para o Logan.

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