Capítulo 17

Com a minha cunhada fora da casa do meu sogro passamos a ter a nossa paz novamente, embora algumas vezes ela viesse em casa para lavar roupa ou jogar conversa fora mesmo.

Tudo ia bem e meu esposo, fixo no serviço, passou a prover mimos para meninas.

Eu continuava os meus afazeres é uma correria diária entre limpar uma casa, levar as crianças para a escola, e de segunda o tratamento da Eleonora em São Paulo.

Conforme o tempo foi passando estava ficando desgastante para a minha pequena enfrentar comigo o trem lotado, e metrô até chegar ao local do tratamento.

Eu ia firme e forte e passava essa força para ela.

Foi quando eu soube que na minha cidade tinha tratamento também para o PTC, e segundo uma conhecida me falou o nome do médico é César e atende tanto no particular como no público.

A animação foi grande, pois realizando o tratamento na minha cidade, não ia deixar a minha pequena tão cansada e irritada, pois querendo ou não criança se cansa e fica enjoadinha.

Passei com ela pela pediatra no posto, e ela fez a guia pedindo a transferência de tratamento para a minha cidade atual, Jundiaí.

Fui a recepção e entreguei a guia.

— Pode demorar um pouco mãezinha, mas eles chamam, no São Vicente tem o Dr César e a Dr Júlia, ambos são maravilhosos.

Para mim não importava se ia demorar muito, o que importa é que dei o primeiro passo para minha pequena dar continuidade ao tratamento na minha cidade.

Fomos para casa aguardar, os meses foram passando e quando minha bebê estava com quase dois anos fomos chamadas.

A princípio passamos no Nis com o ortopedista, que achou estranho o dedinho da minha bebê, ficar abertinho para o lado.

— Mas não há indícios de reicidiva os pés dela são perfeitos.

Para desencargo o médico pede um raio-x que só confirma as suas suspeitas, me fez várias perguntas e preencheu a nova guia que ia para o hospital São Vicente.

— A dois profissionais excelentes lá mãe, a Júlia e o César, mas depois que eu fazer a guia demora um pouco para chamar, eu recomendo que não deixa de passar na Santa Casa de São Paulo.

Mas espera, somos fortes.

Continuei o tratamento da minha bebê na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Quando sua órtese DB ficava pequena, lá na Santa Casa mesmo eles encontravam a numeração no banco de órteses do local.

O médico pedia e o técnico ia procurar, seguindo a recomendação que a barra fosse removível, pois eles regulam o grau conforme a evolução dos pés da criança, normalmente a órtese e regulada no terceiro furo, quando a barra é fixa na bota a possibilidade do ângulo não ser o adequado é grande.

Hoje a minha Eleonora irá substituir a órtese, pois a dela está muito pequena.

Para a nossa sorte a órtese que o técnico encontrou foi a adequada e demos seguimento ao tratamento.

Tinha que fazer corretamente as quatorze horas para que ela logo só usasse para dormir.

Logo, a consulta com o Dr César saiu e eu fui, mas marcarão errado, o Dr estava de férias.

Como a minha pequena precisa do tratamento, remarcaram para o período da tarde com a Dr Júlia.

Liguei para a Santa Casa para que eles me enviassem o prontuário do tratamento para o São Vicente.

— Melhor a senhora vir buscar aqui, posso até enviar pelo correio, mas o documento pode extraviar.

— Tudo bem eu busco.

— Me passa o nome completo da menina e eu peço para a Dr Jordana separar, a senhora pode vir buscar na segunda de tarde.

Agradeço a atendente e desligo a ligação.

Aliviada por conseguir o acompanhamento na minha cidade.

Logan ficou contente também rindo até 2050 como ele gosta de falar.

Meu marido ficava preocupado por eu sair para ir para São Paulo todo o dia de madrugada.

Nunca sabemos quando podemos encontrar alguém que nos quer fazer mal, mas se eu pensasse assim eu nunca sairia de casa, nem para trabalhar.

Mas o que me deixa leve é a praticidade, só um ônibus para ir e outro para voltar.

Até dá para ir a pé, mas aí se torna cansativo e desgastante, porque ia a pé se temos ônibus para o mínimo de conforto.

Diferente da Santa Casa, a Eleonora vai passar na ortopedista as quartas-feiras, no período da tarde, o que já alivia e muito, pois não precisarei sair com a minha pequena no sereno da manhã.

— Como foi no seu serviço amor?

— Puxado viu, lá no Maceió sempre chega material para desmontar, hoje mesmo desmontei três máquinas de lavar.

— Poxa Logan e nenhuma funcionava.

— Não, se uma funcionasse eu traria uma para casa, a Rose cobra baratinho.

— Não vai nos faltar oportunidade de comprar uma máquina de lavar, sempre chega no Maceió.

Acabamos desenvolvendo uma relação de amizade com a Rose, ela é uma mulher maravilhosa, sempre lembra das minhas filhas e sempre que pode manda um agradinho para elas, às vezes um brinquedo, às vezes doces, mas ela o que ela ama mandar é arroz-doce e as minhas filhas adoram.

A moda pegou e sempre que meu marido chega, elas perguntam:

— A tia a Rose mandou arroz-doce?

Agora a patroa do meu marido e chamada carinhosamente até por mim de tia Rose.

A nossa anjo da guarda

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